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Falta de financiamento poderá comprometer selecções.
A Federação Portuguesa de Atletismo divulgou esta semana os critérios de selecção que vão ser aplicados para os principais eventos internacionais.
O ano de 2012 é de Jogos Olímpicos, mas sem esquecer os Europeus de Ar Livre e Mundiais de Pista Coberta, além de todas as outras provas. Este ano, talvez numa das primeiras vezes da história, a Federação Portuguesa de Atletismo sentiu necessidade de justificar as dificuldades orçamentais, como um possível factor limitador de equipas alargadas aos eventos internacionais.
Num orçamento calculado em 250 mil euros, numa previsão de mais de 200 atletas participantes, a FPA levanta algumas dúvidas sobre se conseguirá ter todos os atletas com mínimos nos principais eventos : “A Direcção da FPA, considerando os pesados cortes financeiros decididos para 2011 pela Administração Pública Desportiva cessante, perante o agravamento da situação económica e financeira de Portugal, prevista para 2012, entende dever alertar a Família do Atletismo para a possibilidade de se ver obrigada, a contragosto, a restringir a participação internacional adequando-a imperativamente ao orçamento real.”
Para já a FPA aguarda as verbas estatais e privadas, mas o cenário de limitação das selecções nacionais acaba por ser muito real e com consequências devastadoras para as preparações dos atletas, caso o cenário ocorra.
Apesar disso, os mínimos tiveram ajustes pouco significativos na maioria dos casos, menos ainda para o caso do Mundial de Juniores. A concentração nos Jogos Olímpicos, com passagem no Europeu de Ar Livre, leva a que, por exemplo, a ida aos Iberoamericanos seja mesmo pontual, face à distância do evento (será realizado na Venezuela), o que leva a que não existam sequer mínimos, até porque as datas de 8, 9 e 10 de Junho esbarram com a realização da final do Nacional de Clubes.
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