Duas portuguesas poderão fazer história no dia 6.
Jéssica Augusto e Dulce Félix são as duas atletas à procura da felicidade como maratonistas, a pensar em Londres, na Maratona de Nova Iorque.
A presença portuguesa na Maratona de Nova Iorque teve honras de presença em Portugal de Mary Wittenberg, CEO dos New York Runners e directora da competição. Na altura foi só apresentada Jéssica Augusto, mas Dulce Félix já estava também confirmada. As duas prepararam a competição com afinco e se para Jéssica Augusto a última competição foi a Corrida do Tejo, no passado fim-de-semana, Dulce Félix tem de cumprir amanhã o último passo antes da Maratona, participando na Taça dos Clubes Campeões Europeus de Estrada.
A verdade é que as duas portuguesas podem tentar em Nova Iorque buscar o seu sonho americano, para justificar presença nos Jogos Olímpicos de Londres, mas também para incremento de recordes pessoais. Mas será que este incremento chegará às 2:23.29 horas da mítica Rosa Mota, o que constituiria novo recorde nacional? Em semelhanças, a marca de Rosa Mota foi alcançada no Outono (no mês de Outubro) e também em solo americano, mais precisamente na cidade de Chicago.
Jéssica Augusto é das duas portuguesas a que possui melhor recorde pessoal, de 2:24.33 horas, alcançadas neste ano, na Maratona de Londres. A portuguesa já correu em Nova Iorque, mas na meia-maratona, quando correu em 1:10.00 hora, uma marca boa se forem equacionados os declives desta prova. Por outro lado Dulce Félix traz a experiência da desistência de há um ano, neste mesmo evento, tendo entretanto corrido este ano em 2:26.30 horas, na cidade europeia de Viena. A felicidade de uma será com toda a certeza a felicidade da outra, porque as une uma amizade muito forte, mas a felicidade de ambas será com toda a certeza o que desejam e a incógnita, sendo uma Maratona, acaba por ser o maior atractivo do evento. Para mais, aqui não existirão lebres o que torna a prova totalmente aberta, em que cada atleta luta por si.
Mas o evento valerá com toda a certeza mais, não só pelos mais de 40 mil atletas a correr nas estradas da capital financeira, mas pelo forte cartaz de atletas presentes. Por ordem de marca o sector masculino apresentará Emmanuel Mutai (2:04.40), Gebre Gebremariam (2:04.53), Geoffrey Mutai (2:04.55), Tsegaye Kebede (2:05.18), Feyisa Lilesa (2:05.23), Jaouad Gharib (2:05.27), Viktor Rothlin (2:07.33), Juan Barrios (2:14.20), Bobby Curtis (estreia), Matthew Kisorio (estreia), Ed Moran (estreia), entre outros, onde também consta o português António Sousa. No sector feminino marcam presença, além das portuguesas, Mary Keitany (2:19.19), Galina Bogomolova (2:20.47), Inga Abitova (2:22.19), Buzunesh Deba (2:23.31), Isabellah Andersson (2:23.41), Firehiwot Dado (2:24.13), Caroline Rotich (2:24.26), Kim Smith (2:25.21), Misiker Demissie (2:25.21), Werknesh Kidane (2:26.15), Jo Pavey (2:28.24), Jen Rhines (2:29.32), Lauren Fleshman (estreia), Molly Pritz (estreia).
Os recordes de prova estão, assim, ao alcance de alguns dos atletas convidados pela Organização, mas sem lebres e numa corrida em aberto, onde todos querem uma boa classificação, tudo se tornará mais complicado. Será que é desta que Mary Keitany tenta atacar as marcas de Paula Radcliffe, principalmente agora sabendo que pelas novas regras da IAAF o recorde mundial recuará para as 2:17.18 horas?
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