Carlos Silva trabalhou ao Domingo, Salomé Rocha estreou-se.
O atletismo saiu a ganhar com a disputa da primeira edição da Corrida do Sporting, prova que terá sido das provas portuguesas com mais adesão à primeira edição.
Foram 3320 os atletas que cortaram hoje a meta no Estádio Alvalade XXI, meta que só pecou pela localização, imposta por um relvado que o clube salvaguarda no topo das suas prioridades. A partida realizou-se no exterior, na lateral do estádio, com a prova a ir de encontro ao Saldanha, onde fazia o seu retorno antes do Marquês de Pombal, para regressar ao Estádio, no Campo Grande, numa extensão de dez quilómetros.
Com um tempo formidável para a corrida a chamada aos atletas resultou na perfeição e a festa fez-se, sem distinção de clubes, sem incidentes clubísticos ou querelas visíveis. A presença de alguns dos símbolos do clube na partida, como Francis Obikwelu ou Naide Gomes deu o mote para um evento grandioso e imponente.
CARLOS SILVA NÃO TEVE FOLGA, ENQUANTO QUE SALOMÉ ROCHA SE ESTREOU A GANHAR
Competitivamente a prova masculina trouxe um grupo de quatro atletas, compacto até meio da prova, constituído por Rui Silva, Carlos Silva, Mário Teixeira (todos do Sporting) e ainda Ricardo Vale (SC Braga). Ao longo da segunda metade da corrida este grupo desfez-se e a primazia da vitória, nesta primeira edição, foi mesmo para Carlos Silva (38.10 minutos), atleta que partilha ainda a sua vida leonina como funcionário do clube. Rui Silva (30.28 minutos) chegaria pouco depois, com a entrada na porta da Maratona e, para destoar o pódio integralmente leonino, classificou-se no terceiro lugar o bracarense Ricardo Vale (30.36 minutos).
Já a fundista Carla Salomé Rocha tinha no corpo novas cores, depois de trocar a JOMA pelo Sporting e foi uma contratação valiosa, tendo-se estreado logo com uma vitória, numa prova em que venceu com o tempo de 33.45 minutos. A atleta passou uma grande parte da prova isolada e já distante chegaria Sandra Teixeira (35.33 minutos), seguida por Joana Costa (SC Braga), esta última a terminar com o registo de 36.49 minutos.

DOS MAIS PEQUENOS À DESCLASSIFICAÇÃO DO PRESIDENTE...
Antes da prova principal decorreu uma prova para os mais jovens, Corrida Jubas, que também tiveram direito a pisar a relva do Estádio Alvalade XXI. Após isso partia a prova principal, com alguns dos ilustres do clube como Sá Pinto, Pedro Barbosa, Madjer, além dos atletas do clube e ainda dos actuais dirigentes e treinadores, como Mário Patrício (director das modalidades), Abreu Matos (director-técnico do atletismo) e ainda o presidente Godinho Lopes. Só que ironicamente este foi um dos atletas que não fez o retorno no sítio certo, por opção, encurtando a sua prova para oito quilómetros. À agência Lusa o presidente justificou esta situação : “Regressei às três da manhã de Famalicão e preferi fazer apenas 8 quilómetros em vez de tentar os dez e não conseguir”.
Esta prova evidenciou de novo o sucesso da parceria Atleta-Digital/HMS Sports/ASICS, que tem permitido a colocação de um marco de mudança da qualidade dos eventos de corrida de estrada em Portugal, uma actividade cada vez mais na “moda” e que ajuda os portugueses a esquecerem no exercício físico todas as dificuldades impostas pelo actual estado de situação no país. Afinal, no dia anterior Lisboa estava invadida de manifestantes e hoje foi o atletismo a fazer esquecer essas imagens...
RESULTADOS (10 KM)
Masculinos:
1. Carlos Silva (Sporting) – 30.10
2. Rui Silva (Sporting) – 30.28
3. Ricardo Vale (SC Braga) – 30.38
4. Mário Teixeira (Sporting) – 30.45
5. João Pereira (ASICS) – 31.54
Femininos :
1. Carla Salomé Rocha (Sporting) – 33.45
2. Sandra Teixeira (Sporting) – 35.33
3. Joana Costa (SC Braga) – 36.49
4. Joana Marques (GARMIN Olímpico Oeiras) – 37.23
5. Susana Francisco (NS Lourinhã) – 37.25


Enviados Especiais : Edgar Barreira (texto) e Telmo Rocha (fotos)
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Cumprimentos
Na partida também acho que não correu bem, aquele afunilamento tem que ser evitado no ano que vem, sobre o resto até que não foi mau, tirando é claro o Sr. Presidente ter encurtado caminho e mesmo assim ter passado pela meta. O exemplo deve vir de cima.