Britânico brilhou ao longo da época.
Mo Farah teve uma época quase perfeita com recordes nacionais e europeus, tanto na pista coberta, como no ar livre.
Foi uma grande época para o fundista britânico, o único europeu que parece capaz de acompanhar os ritmos frenéticos dos atletas africanos e a esperança de manter “vivo” o fundo europeu, a viver uma larga crise de valores, principalmente nas distâncias de 5000 e 10000 metros.
A época de Farah começou bem com um recorde europeu nos 5000 metros, em pista coberta. O tempo de 13.10,60 minutos, obtidos em Birmingham, deram-lhe alento para no Europeu de Pista Coberta, em Março, defender o seu título de 3000 metros. O Ouro de Paris acabaria por ser apenas o primeiro grande momento da época...A caminho do Verão o fundista foi participando em alguns meetings e nos EUA, no Meeting de Oregon, pertencente à Liga Diamante, bateu o recorde europeu dos 10000 metros, ao correr em 26.46,57 minutos. Este era o segundo recorde da Europa para Mo Farah, que quase o conseguia nos 5000 metros, correndo no Mónaco em 12.53,11 minutos, ainda assim recorde nacional e segundo melhor marca de sempre entre europeus.
O ponto alto da época acabaria por acontecer no Mundial de Ar Livre, disputado em Daegu, com duas medalhas. A primeira prova, os 10000 metros, quase lhe dava uma vitória, com uma última volta forte, mas acabando por ceder e concluir no segundo lugar. Mas dias a seguir o desejado Ouro acontecia, nos 5000 metros, numa prova em que os europeus não reinavam há cerca de duas décadas.
A todos estes sucessos, de referir ainda que Farah alcançou sempre um pódio nas provas de pista desta época e em apenas três momentos não subiu ao lugar mais alto do pódio, das 13 provas realizadas em pista, um marco notório tendo em conta que são provas de fundo, muitas vezes tácticas e com uma enorme dificuldade de manter uma estabilidade, face ao forte poderio dos atletas africanos.
Esta é a sétima vez que um britânico arrecada a distinção de melhor atleta europeu do ano, das 18 edições já realizadas. Sucede assim a nomes como Linford Christie (1993), Colin Jackson (1994), Jonathan Edwards (1995 e 1998), Dwain Chambers (2002) e Philips Idowu (2009).
Ranking final de melhor atleta europeu:
1. Mo Farah (GBR)
2. Christophe Lemaitre (FRA)
3. David Greene (GBR)
4. David Storl (GER)
5. Robert Harting (GER)
6. Matthias De Zordo (GER)
7. Pawel Wojciechowski (POL)
8. Teddy Tamgho (FRA)
9. Kevin Borlee (BEL)
10. Valeriy Borchin (RUS)
11. Sergey Bakulin (RUS)
12. Krisztian Pars (HUN)
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