Montanha também pode ser afectada.
Muitas suspeitas e poucas confirmações num contexto em que o atletismo português parece estar a passar ao lado...
Mais recentemente o atletismo português conheceu as condenações por doping dos atletas Eduardo Mbengani e Nuno Costa. Ambos acusaram EPO, uma forma de doping muito facilitada no mercado espanhol e francês, onde atletas e treinadores aconselham outros atletas e treinadores a optar por esta forma para melhoria dos rendimentos desportivos. Tanto Eduardo Mbengani como Nuno Costa sofreram dois anos de paragem, que se vai estender até 2013. Eram dois dos principais fundistas portugueses em actuação, depois de uma época de corta-mato de nível elevado com Mbengani a ser 7º no Europeu de Corta-Mato e Nuno Costa 34º no Mundial de Corta-Mato. O resultado de Nuno Costa, apesar de ainda estar nas classificações oficiais, é considerado nulo, o que fará descer Portugal para fora do top-10 de equipas na prova de séniores masculinos.
Depois da Operação Galgo, em que as suspeitas iniciais sobre Francis Obikwelu se revelaram sem fundamentação, a avaliar pelo que o velocista português competiu nesta época, com várias desconfianças entre o seio de atletas, o facto é que apenas dois atletas, Eduardo Mbengani e Nuno Costa, foram punidos. O percurso de alguns atletas no atletismo português acaba por ser suspeito, com contrastes entre marcas feitas num curto espaço de tempo, ausências de última hora de convocatórias de selecção ou de clube. O Atleta-Digital sabe que um dos últimos casos ocorreu na corrida de montanha, que poderia inclusivamente colocar em causa o terceiro lugar colectivo no último Europeu de Montanha. A dúvida que se mantém é se o caso terá efeitos práticos, que penalizem o atleta como já ocorreu no passado.
O recente Mundial de Ar Livre já provocou alguns embaraços ao atletismo europeu, com a ausência “estranha” de alguns atletas, à última hora, após picos de forma que indiciavam a melhor presença na competição. Não terá sido por acaso a fraquíssima participação europeia, em termos de número de atletas presentes, nas provas de fundo realizadas em pista, como por exemplo os 5000 e 10000 metros.
Cada vez mais o doping tem demonstrado ser uma prática relativamente corrente entre atletas portugueses, que têm poucos controlos em solo nacional para a maioria das provas, com alguns colegas de desporto a serem cúmplices dessa actividade e com os treinadores a “fecharem-se em copas” relativamente ao assunto. Apesar de tudo o atletismo foi a terceira modalidade com mais controlos em Portugal em 2010, a seguir ao futebol (371) e ao ciclismo (212). Segundo a IAAF, os portugueses mais controlados fora de competição no ano de 2010 foram Nelson Évora, Helder Ornelas e Naide Gomes, com 4 ou mais controlos. Neste momento a Autoridade de Antidopagem de Portugal deverá encontrar-se a colocar na prática o plano do “passaporte biológico”, que poderá apurar algumas das lacunas de detecção de casos no desporto nacional, uma medida que segue as normas internacionais e poderá colocar a nú mais casos do que aqueles que têm sido oficialmente anunciados...
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Porquê todas estas insinuações e suspeitas , sem depois dizer nada?
Francamente não percebo , e assim perdem credibilidade ou estão a fazer algum frete? Não percebo!!!!
Não devem ter nada para notícias, sempre me ensinaram levantar suspeitas sem fundamenta-las não fica bem a ninguém… pior ainda sem ter autor, enfim é o jornalismo que temos, de facto a credibilidade vai faltando a quem escreve sobre atletismo, e este site está a cair de dia para dia… com tantos assuntos interessantes para fazer sobre atletismo e nada… nada de útil.
Com este tipo de noticias, perde grande parte da credibilidade não pela noticia em si mas sobretudo por ser um tipo de noticia do "disse que disse", do boato e das meias palavras.
As insinuações não o devem ser. Ou se calam ou então dizem o que sabem. Agora, "... Atleta-Digital sabe que um dos últimos casos ocorreu na corrida de montanha..." não diz nada. Se sabe, diz. Se não quer dizer, cala-se.
Alguns, se trabalharem, talvez consiguessem alguma coisa. Outros nem assim.
Agora vamos ver a quem assentar a carapuça