Mary Wittenberg passou por Portugal.
Jéssica Augusto e Dulce Félix irão marcar presença na ING Maratona de Nova Iorque no próximo dia 6 de Novembro.
Com uma história de 40 anos, a ING Maratona de Nova Iorque tornou-se uma das mais distintas maratonas do mundo, superando-se pela sua boa organização e espírito. Esta prova atrai muitos atletas, perto de 100 mil candidatos, inovando pela diferença. Enquanto muitas outras contratam lebres para impor o ritmo, a ING Maratona de Nova Iorque, prefere a escolha de atletas de alto nível. Para esta maratona os atletas precisam de força, velocidade e determinação, por isso estudam os vários atletas e algumas estatísticas, escolhendo assim os de melhor condição física para correr sem a “famosa” lebre, como diz Mary Wittenberg, presidente e CEO dos New York Road Runners e Directora da ING Maratona de Nova Iorque, presente em Portugal para anunciar a presença das Portuguesas.
Nunca houve vencedores portugueses na maratona de Nova Iorque. Este ano a portuguesa Jéssica Augusto, estreante nesta maratona, acabará por ter um sonho tornado realidade e as expectativas são algumas, espera chegar entre as dez melhores. O desafio é grande e Jéssica não tem dúvidas quanto à sua carreira : “Quero-me assumir cada vez mais uma maratonista”. Depois da desistência do ano passado, Dulce Félix diz estar preparada para este desafio, oportunidade de cortar a meta da maior maratona do mundo.
MARY KEITANY SERÁ REFERÊNCIA NO SECTOR FEMININO
Na edição passada perto de 35 mil atletas cortaram a meta, tendo como vencedores Gebre Gebremarian (Etiópia) com 2:08:13 horas e Edna Kiplagat (Quénia) com 2:28:20 horas. Esta maratona também tem uma perspectiva solidária e foram angariados perto de 22,2 milhões de euros para solidariedade social. Este ano a grande atleta do sector feminino será Mary Keitany (Quénia), atleta que venceu este ano a Maratona de Londres e que persegue o recorde do Mundo da distância, além do recorde mundial na meia-maratona. A atleta fará antes participação na Meia-Maratona de Portugal, como preparação para Nova Iorque.
APÓS DEZ ANOS SOBRE O 11 DE SETEMBRO
A Maratona de Nova Iorque, sempre foi muito acolhida pela população nova-iorquina, essa vertente foi mais evidente após o 11 de Setembro de 2001, tinham passado menos de 2 meses do ataque terrorista. Esta maratona tornou-se um lençol de esperança e renascimento para os participantes e espectadores, que sairam à rua, num espantoso número calculado em dois milhões de espetadores nas ruas. Nesse mesmo ano ainda houve festa por ter sido batido o recorde da Maratona de Nova Iorque por Tesfaye Jifar (Etiópia), que correu em 2:07.43 horas, marca que até hoje ainda não foi batida.
CEO DA MARATONA DE NOVA IORQUE EXPERIMENTOU CORRER NA CIDADE DE LISBOA
Vem sendo um hábito de Mary Wittenberg, que percorre o Mundo a promover as provas da New York Road Runners, onde a mais expressiva é naturalmente esta Maratona de Nova Iorque. E o hábito é a corrida nas cidades para onde viaja, algo que foi para si um prazer. "Adorei correr no Parque Eduardo VII, vocês em Portugal têm imensa sorte pelo clima e pelos espaços que têm", não se tendo apercebido, porém das colinas de Lisboa, essas menos interessantes para o treino. Na preocupação de conhecer os melhores sítios para correr, Wittenberb não saiu de Lisboa sem antes agradecer todo o interesse dos portugueses residentes nos EUA pela Portugal Day Race, um evento que reuniu milhares de atletas e que foi apoiado pela New York Road Runners. Amanhã viajará para a Suiça, em Zurique, onde irá continuar a promover a Maratona de Nova Iorque.
Enviados Especiais : Joana Oliveira (texto) e Marcelo Silva (fotos)
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