Quénia passou a Rússia na tabela de medalhas.
Com resultados de hoje Portugal passou de 40º para 25º na tabela de classificação (até ao 8º lugar), quando tudo está em aberto colectivamente a partir do 10º lugar.
Hoje foi o sétimo dia de competições e já se comçam a aproximar os dois derradeiros dias de competições, que podem definir muita coisa ao nível colectivo e onde particularmente Portugal ainda pode ter algumas esperanças com a presença de Nelson Évora na final do triplo salto...
O triplo salto foi mesmo a primeira prova masculina do dia a ter começo onde o português Nelson Évora foi o segundo a saltar mais longe com a marca de 17.20 metros, só ultrapassada pelos 17.31 metros do cubano Alexis Copello. De resto desaire para o romeno Marian Oprea e para o cubano Arnie Girat, que não conseguiram um lugar na final, que se disputa Domingo. Os 200 metros masculinos tiveram hoje duas fases, as eliminatórias e as meias-finais. Nas eliminatórias ninguém de relevo ficou pelo caminho, com o regresso de Usain Bolt após a falsa partida nos 100 metros, fazendo aqui 20,30 segundos. Nas meias-finais o mais rápido foi o francês Christophe Lemaitre (20,17) que fez a sua melhor marca da época com vento contra, enquanto que, sem forçar, Usain Bolt (20,31) foi o mais rápido da segunda série e Walter Dix (20,37) o mais rápido da terceira série, apurando-se os principais atletas para a final dos 200 metros, que terá lugar amanhã. A sessão da tarde começou com a final do lançamento do peso, onde os norte-americanos dos EUA ficaram fora do pódio, uma raridade na história da disciplina, que hoje foi radiantemente substituída pelo Ouro do jovem alemão David Storl (21.78), com apenas mais três atletas acima dos 21 metros : o canadiano Dylan Armstrong (21.64), o bielorrusso Andrei Mikhnevich (21.40) e o norte-americano Christian Cantwell (21.36), que desta forma perdeu o título que havia ganho há dois anos em Berlim. O salto em comprimento teve hoje também a sua final e aqui o destaque vai inteiramente para o norte-americano Dwight Philips (8.45) que alcançou hoje o seu quarto título na especialidade, caminhando para ser uma das lendas do atletismo. O pódio foi completo pelo australiano Mitchell Watt (8.33) e pelo atleta do Zimbabwe, que com 8.29 metros aproveitou a ausência de alguns dos candidatos para arrecadar a medalha de bronze. O dia acabou em polémica novamente, uma polémica intrínseca mas que se espalha por toda a comunidade do atletismo. Depois do amputado Oscar Pistorius ter conseguido lugar para Daegu, após ganhar um processo em tribunal, de ter chegado à meia-final nos 400 metros planos e de ter feito parte da equipa que ontem obteve o recorde sul-africano de 4x400 metros, o atleta viu-se excluído da equipa sul-africana para a final. Esta correu-se com uma vitória pouco esclarecedora dos EUA (2.59,31), com uma equipa composta por Greg Nixon, Bershawn Jackson, Angelo Taylor e LaShawn Merrit, com a África do Sul (2.59,87) a arrecadar a Prata, que bem podia ter sido Ouro com Pistorius. Não muito longe terminaria a Jamaica (3.00,10), que conseguiu ficar com o Bronze em detrimento da selecção russa, que ficou a 12 centésimos desse objectivo (!).
O dia começou com a prova feminina do lançamento do martelo, com a disputa do grupo A, onde a chinesa Wenxiu Zhang (74.17) foi a atleta que lançou mais longo dos dois grupos. No grupo B seria a cubana Yipsi Moreno (73.29) a melhor, numa qualificação sem grandes surpresas. Os 100 metros barreiras tiveram a disputa das suas eliminatórias com as principais atletas a passarem à fase seguinte. A australiana Sally Pearson (12,53) foi nitidamente a mais rápida e é uma grande candidata ao Ouro, sem esquecer a actual campeã, a jamaicana Brigitte Foster-Hylton (12,96) e a norte-americana Kelie Wells (12,73). Nos 4x400 metros, como é já hábito, a selecção russa foi a mais rápida com o tempo de 3.20,94 minutos, um novo máximo da época, com uma equipa composta por Kseniya Vdovina, Ksenia Zadorina, Lyudmila Litvinova e Antonina Krivoshapka., equipa que não parece ser possível de bater por qualquer outra na final. A final mais emocionante do dia foi mesmo a do lançamento do dardo num duelo titânico entre a russa Maria Abakumova e a checa Barbora Spotakova, as duas melhores atletas de sempre da disciplina. Spotakova abriu muito bem com 68.80 metros e Abakumova respondeu ao segundo ensaio com espetaculares 71.25 metros que pareciam arrumar com a final. Mas ao quinto ensaio Spotakova mostrou-se disponível a estragar a festa à russa, lançando 71.58 metros, que só seriam a festa do Ouro se Maria Abakumova não chegasse aos 71.99 metros no mesmo ensaio, um novo recorde dos campeonatos que deu o Ouro à russa e a Prata a Spotakova, que aplaudiu o grande lançamento da russa. Também surpreendente apareceu a medalha de bronze, a sul-africana Sunette Viljoen, que bateu o recorde do continente africano com 68.38 metros, deixando a alemã Christina Obergfoll fora do pódio, por mais de três metros de diferença. A meia-final dos 800 metros foi dividida em três séries e já deixou algumas boas atletas de fora, até porque todas as qualificadas para a final correram abaixo de 1.59 minuto. A melhor da primeira série foi a russa Yuliya Rusanova (1.58,73), onde a britânica Jennifer Meadows (1.59,07) ficou de fora da repescagem. Na segunda meia-final foi outra russa a conseguir atravessar a meta em primeiro lugar, Mariya Savinova (1.58,45). A meia-final mais rápida acabou mesmo por ser a terceira, com a sul-africana Caster Semenya a mostrar que pode muito bem renovar o título, depois de hoje correr com alguma facilidade em 1.58,07 minuto. A Rússia será o país mais representado na final, já que além das duas anteriores atletas apurou-se ainda Ekaterina Kostetskaya (1.58,50). A final dos 5000 metros bem poderia ser a de há dois anos, não fossem as quatro primeiras classificadas as mesmas e pela mesma ordem...Novamente as quenianas deram uma lição às etíopes, com a terceira classificada, Meseret Defar (14.56,94) a nem sequer dar a volta de honra, visivelmente aborrecida. Na frente ficaram as mesmas duas quenianas, que acabaram por ter uma ponta final mais forte que todas as restantes atletas. Desta forma Vivian Cheruiyot venceu o Ouro com 14.55,36 minutos, enquanto que Sylvia Kibet arrecadou a Prata com 14.56,21 minutos. Uma grande prestação das quenianas, muito importante para ultrapassar a Rússia colectivamente, estando agora o Quénia no segundo lugar da classificação por medalhas, apenas ultrapassado pelos EUA.
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