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Polémicas ficaram de parte no dia de hoje...
Entre surpresas e confirmações, o dia de hoje deste Mundial de Ar Livre trouxe despiques mais interessantes que em dias anteriores...
Se os dois dias anteriores tinham trazido a polémica ao de cima, por desclassificações importantes, hoje o dia mais pareceu finalmente um ambiente de Mundial, numa altura em que as finais são mais e outras provas se encontram em fases avançadas.
Nos homens a primeira prova do dia foi a qualificação do salto em altura, onde nove atletas alcançaram a marca de qualificação directa que estava fixada em 2.31 metros e que por exemplo permitiu ao inesperado Edwards Darvin (Santa Lúcia) chegar a essa marca, um novo recorde nacional do seu país. No plano contrário a desilusão foi a não qualificação de Dusty Jonas (EUA), que não foi além de 2.16 metros (!).Nos 1500 metros as eliminatórias puseram de fora o francês Mehdi Baala, mas no geral os principais candidatos passaram à fase seguinte, com o melhor a ser o queniano Daniel Komen (3.58,54), entre os outros dois líderes de eliminatória : o queniano Asbel Kiprop (3.41,22) e o marroquino Amine Laalou (3.39,86). Os 400 metros barreiras tiveram hoje uma boa disputa e o actual campeão mundial, Kerron Clement (EUA), acabaria por ficar em última da segunda série, onde além do mais rápido, o britânico David Green (48,62), esteve em evidência a qualificação do mítico Feliz Sánchez que marcará novamente presença na final. O mais rápido da meia-final acabaria por ser o peruano Javier Culson (48,52) que evidencia a capacidade de ser candidato a uma medalha. Uma nova vitória no lançamento do disco para o alemão Robert Harting, que dominou de princípio ao fim, terminando com 68.97 metros e rasgando a camisola no final, em vez do transporte da tímida mascote do evento, como fizera há dois anos em Berlim. Gerd Kanter (Estónia) terminou com a Prata, com 66.95 metros e o Bronze ficou justamente para o iraniano Ehsan Hadadi (66.08). O queniano David Rudisha confirmou o título nos 800 metros, com um perfeito domínio do atleta que terminou em 1.43,91 minuto, apesar da boa ponta final do sudanês Abubaker Kaki (1.44,41) que ultrapassou o russo Yuriy Borzakocskiy (1.44,91). LaShawn Merrit (EUA) acabou surpreendido na final dos 400 metros, já que foi ultrapassado por Kirani James (Granada), com um tempo de 44,60 segundos. Foi seguido pelo norte-americano Merrit (44,63) e o Bronze foi para uma das revelações do evento, o belga Kévin Borlée, com 44,90 segundos.
Após o começo da segunda jornada do heptatlo, a primeira prova feminina foi a qualificação dos 5000 metros, depois de se terem realizado os 10000 metros, sem surpresas negativas. Na primeira eliminatória o ritmo forte imposto no último quilómetro por Amy Hastings (EUA) permitiu maior número de repescadas, com a etíope Meseret Defar (15.19,46) a marcar o tempo mais rápido das duas eliminatórias, redimindo-se da má final dos 10000 metros. Na segunda eliminatória foi também etíope a atleta mais rápida, Genzebe Dibaba (15.33,06). A qualificação do triplo salto teve apenas três atletas com passagem directa, entre elas a que mais saltou hoje na qualificação, a cubana Yargeris Savigne, com 14.62 metros. Na meia-final dos 400 metros barreiras nenhuma surpresa, apesar da fraqueza demonstrada pelas jamaicanas Kaliese Spencer e Melaine Walker que irão integrar a final, mas no limite. Hoje a norte-americana Lashinda Demus foi a mais rápida com 53,82 segundos e assume-se como natural candidata ao Ouro. A final do salto com vara esperava uma vitória de Elena Isinbaeva, mas o público viu foi a russa a ficar fora do pódio, num modesto 6º lugar, com 4.65 metros. Foi vencedora a brasileira Fabiana Murer, que ao obter os 4.85 metros alcançou novo recorde sul-africano, bem como uma enorme prestação da medalha de Prata, a alemã Martina Strutz, que chegou aos 4.80 metros, novo recorde da Alemanha. No melhor da época a russa Svetlana Feofanova teve ainda a capacidade de colocar Jessica Suhr (EUA) fora das medalhas, voltando ao domínio russo em Mundiais, depois de Isinbaeva falhar as medalhas. A meia-final dos 1500 metros teve o afastamento de duas das três quenianas, qualificando-se para a final apenas Hellen Obiri (4.08,93), a desistência da etíope Gelete Burka e também ficará ausente da final a espanhola Nuria Fernandez. A mais rápida foi exactamente a espanhola Natalia Rodrigues (4.07,88), numa série em que oito atletas chegaram afastadas por menos de um segundo (!). Nos 3000 metros obstáculos a final foi totalmente dominada pela russa Yuliya Zaripova, tomando a dianteira do grupo e que aproveitou as últimas duas voltas para um forte ataque que a levou ao Ouro com o tempo de 9.07,03 minutos, seguida da tunisina Habiba Ghribi (9.11,97) que alcançou o recorde nacional e a fechar o pódio a queniana Milcah Chemos (9.17,16).
O Heptatlo teve hoje o segundo dia e depois de um primeiro dia em que Jessica Ennis (Grã-Bretanha) dominou, o segundo dia trouxe algumas surpresas. A russa Tatyana Chernova começou muito bem com uma vitória no salto em comprimento, onde fez bons 6.61 metros, apesar de Ennis ter obtido 6.51 metros. O dardo acabaria por ser decisivo, já que Ennis não foi além de 39.95 metros, contra os 52.95 metros de Chernova, com a melhor a ser mesmo Antoinette Ida (França). Nos 800 metros Jessica Ennis já estava em desvantagem e tentou lutar para marcar a diferença sobre Chernova, mas a diferença foi de 23 centésimos apenas e Chernova acabaria campeã mundial, numa prova onde a mais rápida foi a polaca Karolina Tyminska (2.05,21), um tempo canhão para o Heptatlo. Chernova terminou este Heptatlo com 6880 pontos, o melhor mundial da época, seguida de Ennis (6751 pontos) e a fechar o pódio a alemã Jennifer Oeser (6572 pontos).
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![[DAEGU11] Cinco finais no quarto dia](/images/arquivo/2009/eventos/berlim2009/harting.jpg)
