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Investimento pessoal tem permitido recuperação.
O Mundial de Ar Livre parecia quase uma miragem, depois de em Yokohama ter feito uma das melhores marcas nacionais de sempre em Maratona...
19 de Março foi o fatídico dia em que Marisa Barros parou de treinar, após um mês da data da Maratona de Yokohama (Japão) onde fez uma marca impressionante, 2:25.04 horas. Foram dias e meses de sofrimento para a portuguesa que tentou dar o tudo por tudo para perceber o que se passava com o seu joelho. “No início da lesão não me sentia minimamente acompanhada”, disse a portuguesa relembrando os “momentos de muito desespero” pelos quais passou. A lesão poderia até invalidar para sempre a sua carreira e é a própria quem o admite : “Pensei que ia ser isto que me ia deixar fora do atletismo”.
“A incerteza, a recuperação, o diagnóstico que nunca nos satisfez...”, foi o que levou à tentativa de, sem apoios senão os próprios, Marisa Barros tentar diagnosticar o seu problema noutro lado e tudo começaria na Finlândia : “Fomos à Finlândia por iniciativa própria a um médico especialista em joelhos. Ele dizia-nos que o joelho estava perfeito...”, diz o seu treinador António Ascensão. O esforço financeiro que fez permitiu a Marisa Barros conhecer o seu problema e tem sido com tratamento diário que tem conseguido controlar o seu problema e Ascensão enaltece o empenho de uma equipa de profissionais portugueses, composta por um médico e fisioterapeuta que espera um dia poder divulgar para agradecer o trabalho feito pela maratonista portuguesa.
Marisa Barros recomeçou a treinar em Junho e a sua preparação atrasada traz ainda a incógnita na participação no Mundial, embora tanto atleta como treinador sejam convictos que se marcar presença é porque está “minimamente bem”, embora a própria atleta tenha essa crença. “Prometemos um trabalho incansável até ao limite do corpo, pela sua resistência”, diz Ascensão confiante na sua atleta que, contudo, nesta altura da época tem tido dificuldade em encontrar uma meia-maratona, que não se torne ao mesmo tempo num risco à integridade física da maratonista. Foi por isso que participou no passado dia 30 de Julho na Prova do Bodo, em Pombal, uma prova de 10 quilómetros onde triunfou visivelmente satisfeita com o trabalho desenvolvido.
Até ao último momento existirá sempre a dúvida se Marisa Barros fará ou não parte da convocatória para o Mundial de Ar Livre, mas o que é certo é que há um ano, no Europeu, a maratonista obteve um honroso 8º lugar e no Mundial, há dois anos, surgiu um importante 6º lugar e numa grande competição de Maratona tudo pode acontecer, assim Marisa Barros se encontre num momento bastante aceitável de forma e o seu joelho não ceda de novo à lesão...
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