Estocolmo entre recordes e estrelas

Foi mais uma boa disputa na Liga Diamante, desta vez em Estocolmo, com alguns recordes continentais e até máximos mundiais do ano. 

Após ter recebido a Superliga do Campeonato da Europa de Equipas, Estocolmo voltou a ter na sua pista quase centenária alguns dos astros mundiais do atletismo. Com apenas mais duas provas por disputar (Londres e Zurique), a Liga Diamante caminha desta forma para o seu fim, um projecto ambicioso que tem permitido uma importante receita para a IAAF, o principal organismo internacional da modalidade.

Os recordes continentais caíram por intermédio do australiano Mitchell Watt (comprimento) e da colombiana Caterine Ibarguen (triplo salto). Watt foi implacável no concurso de salto em comprimento, derrotando alguns dos favoritos à vitória do Mundial deste ano, com 8.54 metros, um novo recorde australiano. Já Ibarguen não venceu a sua prova, o triplo salto, mas com os seus 14.83 metros (quase no limite do vento homologável) bateu o recorde sul-americano e ainda o recorde de meeting, já que as duas primeiras classificadas conseguiram apenas marcas ventosas, com nova vitória de Olha Saladukha (15.06 metros ventosos).

Caíram ainda duas melhores marcas mundiais do ano, por intermédio do norueguês Andreas Thorkildesen, na prova de lançamento do dardo, com 88.43 metros, apenas mais 13 centímetros em relação à anterior marca que também era sua. O outro máximo mundial foi obtido pela queniana Vivian Cheruiyot, que obteve também recorde queniano, com os 14.20,87 minutos na prova de 5000 metros, uma marca espetacular que ajudou a terminar em bem este meeting.

Destaque ainda para o recorde de meeting da jamaicana Kaliese Spencer, nos 400 metros barreiras. A jamaicana correu em 53,74 segundos, um segundo mais rápido que a homóloga e credenciada Melaine Walker, o que demonstra a força desta marca que derrotou o recorde do meeting que já perdurava desde 1985.

As duas estrelas deste meeting, Usain Bolt (200 metros) e Yelena Isinbayeva (Vara) acabaram por vencer, mas de forma muito económica, dando imagem que não deverão estar tão bem como em grandes competições internacionais anteriores, o primeiro pelo atraso da forma após uma lesão, a segunda após uma forte queda emocional e psicológica que a obrigaram a uma quebra na carreira para se recompor...

Comentarios (2)

Ver/Ocultar Isinbayeva : António Joaquim Sampaio Rocha Temos mulher! A forma categórica como Yelena Isinbayeva venceu com 4,76 m em Estocolmo, colocando-sa a apenas 2 cm da líder mundial do ano, Martina Strutz (que, antes desta marca nunca fizera melhor que 4,55 m) e derrotando claramente as suas mais directas adversárias, a brasileira Fabiana Murer, a alemã Silke Spiegelburg e a americana Jennifer Suhr, mostram que o pior já passou e que, possivelmente irá regressar, até ao Mundial, às alturas de 5 metros. Julho 30, 2011 Isinbayeva : António Brandão Desculpe caro António Rocha, se temos mulher isso nunca foi questionado, e é um facto que o que ela faz é muito bom, mas o problema dela estava mesmo no facto de competir em Campeonatos do Mundo ou Jogos Olímpicos, pois bloqueava e não conseguia saltar... Temos que aguardar pelo Mundial para percebemos se de facto ela regressou ao mais alto nível :S Julho 30, 2011

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