No segundo dia Portugal com presenças nas ‘meias’ das barreiras.
No Europeu de Juniores o segundo dia até podia ter sido melhor para cores nacionais, mas faltaram algumas ‘estrelinhas’ de campeão...
A presença na final dos 100 metros, por parte de André Biveti, marcou a parte mais positiva, de um dia onde nos dois géneros se marcou presença nas meias-finais das barreiras altas (100 e 110 metros barreiras) e ainda a qualificação directa de Rubem Miranda. Para já Portugal já figura em 26º lugar na tabela de classificação, mas Sábado e Domingo serão fundamentais...
BIVETI, PÉ ANTE PÉ CHEGOU AO RECORDE PESSOAL...RUBEM MIRANDA MARCOU PELA DIFERENÇA...
A final dos 100 metros marcava o grande momento competitivo português do dia e André Biveti esteve à altura da sua responsabilidade, correndo em 10,62 segundos, um novo recorde pessoal que vem mostrar o trabalho do velocista sportinguista, que bem poderá ser um elemento válido para a estafeta nacional, não só demonstrado pelo que fez hoje. Esta marca permitiu-lhe um improvável 6º lugar, conseguindo a máxima superação, face a uma final de 100 metros forte, onde o 5º lugar ficou a um centésimo, mas onde quatro atletas correram abaixo dos 10,50 segundos e o vitorioso foi o francês Jimmy Vicaut com 10,07 segundos, uma marca espantosa, a três segundos do recorde europeu de juniores pertencente a Christophe Lemaitre...No final, Biveti era obviamente um atleta feliz, para além da sua felicidade natural : “Tenho estado constipado mas isso não me impediu de estar no meu melhor. Corri relaxado, sem pressão, e o resultado foi um 6º lugar com recorde pessoal. É muito bom conseguir esta classificação na minha primeira internacionalização”. Agora Biveti tem pela frente os 200 metros, onde deverá ter menos facilidades, como o próprio assinala : “Para os 200 metros penso que tenho o pior tempo de entre todos os inscritos. A final é difícil mas estou cá para lutar pela melhor classificação”, disse também à FPA.
Quem também esteve muito bem foi Rubem Miranda, que ainda assim chegou a estar no fio da navalha, quando fez dois nulos a 4.95 metros, só acabando por transpor à terceira tentativa.Depois de ter feito os 5.05 metros o atleta estava até já apurado para a final, mas face à tentativa única de fazer marca de qualificação directa por parte do alemão Daniel Clemens, também Rubem Miranda tentou os 5.15 metros. Desta forma marcou um momento pela diferença, pelo infortúnio do alemão que ficou eliminado após três derrubes, ficando já de parte um dos favoritos, e pela virtude do português que passou 5.15 metros à primeira tentativa, o único com a marca de qualificação directa. “Apesar das condições difíceis que estavam, com vento lateral, por vezes contra e com muito calor, consegui a marca de qualificação. Usei apenas uma Vara, o que me dá muita confiança para a final. Agora é recuperar e dar o máximo da final”, disse o varista português à FPA, uma declaraão reforçada pelo seu treinador, Pedro Pinto, que explica o porquê da tentativa a 5.15 metros : “Estávamos a seguir os resultados e sabíamos que depois dos 5.05 metros à primeira tentativa a qualificação estava quase garantida. E fazer 5.15 metros na primeira tentativa, com as condições climatéricas que encontrámos hoje, deixa-nos bastante satisfeitos e confiantes de um bom resultado na final de Domingo. Agora na final é arriscar tudo”. A final do português será disputada pelas 14:55.
Nos 110 metros barreiras, sorte diferente para os três participantes portugueses. Samuel Remédios foi o primeiro em acção, na primeira série da primeira ronda, acabando desclassificado por um desiquilibrio já perto do final, que acabou por fazê-lo passar por baixo da barreira, numa altura que já estava fora da corrida. Esta desclassificação foi seguida por um desempenho menos bom de André Costa, que terminou em 14,89 segundos, completando no 27º lugar entre qualificados e na última série Hugo Espírito Santo acabaria repescado com o tempo de 14,56 segundos. Na meia-final o nível de Espírito Santo não foi tão elevado e o tempo de 14,87 segundos não lhe permitiu melhor que o 21º lugar, ainda assim o melhor dos portugueses, depois de partir de Portugal como um dos menos candidatos...
Os 3000 metros obstáculos tmbém estiveram longe de ser a melhor prova portuguesa, com a presença de Diogo Lourenço (14º) e Manuel Fernandes (16º). Na primeira série Lourenço ficou com 9.37,13 minutos, enquanto que na segunda série foi Fernandes, completando em 9.43,71 minutos, ambos os tempos muito distantes da repescagem, que ficou a quase 20 segundos...
EVA VITAL PASSOU À ‘MEIA’ MAS NÃO DEU PARA MAIS...
Apesar de qualificação directa na 1ª Ronda, ao obter o terceiro lugar na quarta série, a portuguesa escapou-se por um centésimo a essa classificação, com o registo de 14,06 segundos, uma marca que até se poderia considerar positiva pela sua lesão prolongada que limitou a sua época. Contudo na meia-final a portuguesa acabaria por nem confirmar a marca, nem melhorar, terminando em 14,10 segundos, a doze centésimos da qualificação para a final que, por exemplo, há um ano seria uma forte candata ao top-5 ou mesmo à medalha...
RESULTADOS
Masculinos:
100 m (Final) – André Biveti (6º) – 10,62
3000 m Obstáculos (Ronda 1) – Diogo Lourenço (14º) – 9.37,13 | Manuel Fernandes (16º) – 9.43,71
110 m Barreiras (Ronda 1) – Hugo Espírito Santo (24º) – 14,56 | André Costa (27º) – 14,89 | Samuel Remédios (DQ)
110 m Barreiras (Meia-final) – Hugo Espírito Santo (21º) – 14,87
Vara (Qual.) – Rubem Miranda (1º) – 5.15 -> Final (23/07 – 14:55)
Femininos :
100 m Barreiras (Ronda 1) – Eva Vital (9º) – 14,06
100 m Barreiras (Meia-final) – Eva Vital (12º) - 14,10
|
Pelo menos deviam de ver as provas antes de escreverem estas barbaridades. O Samuel nao estava fora da corrida quando caiu, bem pelo contrario estava a lutar pelo 3 lugar e quase de certeza que iria bater o seu recorde pessoal ou talvez baixar dos 14. Esta gente precisa de ver e pensar antes de vir para cá escrever estas coisas.