[OSTRAVA11] Chuva e Ribeiro com medalhas

Sexta, 15 Julho 2011
[OSTRAVA11] Chuva e Ribeiro com medalhas

Duas medalhas portuguesas e bons desempenhos.

No segundo dia do Europeu de Sub-23, bons resultados da comitiva nacional, que até agora tem estado muito próxima da sua superação máxima. 

Foi um dia muito feliz para as cores portuguesas e que tornam esta uma das melhores prestações nacionais em Europeus de Sub-23 de sempre. O mérito ocorreu pelas medalhas de Marcos Chuva e Catarina Ribeiro, mas também para os lugares de finalista alcançados por Carla Salomé Rocha e Irina Rodrigues...e Rasul Dabó mostrou-se bem nos 110 metros barreiras...

A PRATA DE CHUVA APÓS O BRONZE DE RIBEIRO...

Portugal voltou às grandes medalhas nos saltos, depois dos feitos alcançados no passado por Nelson Évora e Carlos Calado, os dois maiores atletas de saltos horizontais que Portugal já teve...Essa virtude foi de Marcos Chuva e foi conseguida ao final do segundo dia de provas. Depois de uma qualificação modesta, hoje o português soltou a sua garra e abriu muito bem o concurso a 7.60 metros, num concurso onde esteve sempre em lugares medalháveis. Ao segundo ensaio “saíram” os 7.94 metros que durante a segunda ronda sempre o manteve no Ouro, não fosse ao terceiro ensaio o russo Alexandr Menkov alcançar os 7.96 metros e de seguida os 8.08 metros. O português ficou-se pelos 7.94 metros, que ainda assim permitiram o segundo lugar, uma medalha de prata merecida, deixando o francês Guillaume Victorin a oito centímetros. A desilusão desta prova foi o espanhol Eusebio Cáceres, que fez apenas um salto válido a 7.64 metros. “Estou bastante feliz com a medalha de prata, muito mais depois de uma qualificação difícil. O dia de ontem e a manhã de hoje foram complicadas para mim, ontem no aquecimento para a qualificação lesionei-me numa perna, e não tinha a certeza se devia participar na final”, disse o português no final, que durante o concurso se debateu com dores.

Mas se a medalha de Marcos Chuva foi importante, a de Catarina Ribeiro nos 10000 metros foi também muito importante. A portuguesa desde cedo tomou as rédeas do ritmo do pelotão, para tentar impor os ritmos certos para a sua participação, sempre com Carla Salomé Rocha no seu encalce, além das suas adversárias. Desde os 3000 metros que a vencedora, Layesh Abdullayeva (Azerbeijão) fez passagens seguras na frente, para um novo recorde dos campeonatos , em 32.18,05 minutos, a pouco mais de meio segundo do recorde da Europa que está na posse da russa Tatyana Petrova (32.17,49 minutos) desde 2005. A portuguesa Catarina Ribeiro usou da sua persistência para uma excelente chegada no terceiro lugar, com o registo de 34.10,39 minutos, após uma “luta” com a alemã Lisa Hahner (34.12,05 minutos) e com a grega Ourania Rebouli (34.15,15 minutos), ambas com recordes pessoais, inclusivamente a portuguesa. À frente da portuguesa, além de Abdullayeva, terminou a ucraniana Lyudmyla Kovalenko (33.35,36 minutos). “Foi uma corrida muito difícil, foi complicado. Estávamos a correr em grupo e a apenas alguns metros da meta eu consegui sair e tive mais resistência do que as minhas adversárias. Eu estou muito feliz!”, disse Catarina Ribeiro no final. A outra portuguesa presente, Carla Salomé Rocha, era também à partida uma das fortes candidatas à medalha, mas acabou por cair na classificação e ficar pelo 7º lugar, com o tempo de 34.46,29 minutos, atrás ainda da croata Matea Matosevic (34.28,94 minutos), que alcançou recorde nacional.

FALTOU POUCO A IRINA RODRIGUES, RASUL DABÓ CUMPRIU PASSAGEM À MEIA-FINAL

Nos 110 metros barreiras foi Rasul Dabó o participante português, que passou à meia-final, com o sétimo melhor registo da primeira ronda (13,98 segundos), após um segundo lugar na segunda eliminatória,onde partiu na pista 4. Desta forma o barreirista nacional ficou dentro dos três primeiros lugares com qualificação directa em cada eliminatória e disputará amanhã a segunda meia-final, novamente na pista 4, a partir das 16:30 horas (hora portuguesa). Caso passe à fase seguinte, a final será disputada também amanhã, às 17:50 horas.

Para Irina Rodrigues a final do lançamento do disco poderia até ter sido mais saborosa, quando se olha para a terceira classificada, a hungara Anita Márton, ficando com escassos 54.14 metros, marca que a portuguesa já ultrapassou várias vezes esta época. Apenas durante a primeira ronda de ensaios a portuguesa esteve na zona de medalhas, mas acabou com os 52.71 metros que fez no primeiro ensaio, concluíndo no 5º lugar. Venceu a competição a alemã Julia Fischer, que fez um novo recorde pessoal a 59.60 metros e ficou no segundo lugar do pódio a bielorrussa Nastassia Kashtanava (56.25 metros).

Participaram ainda outros portugueses no dia de hoje. Marta Onofre completou a qualificação no salto com vara no 15º lugar, depois de ter conseguido um novo recorde pessoal na disciplina com 3.95 metros. Todas as 12 qualificadas completaram abaixo da marca de qualificação directa e apenas uma ficou-se nos 4.10 metros, enquanto que as restantes ficaram nos 4.15 metros.

Pior estiveram os participantes portugueses na prova de 3000 metros obstáculos, onde estiveram em cada uma das séries Paulo Lopes e Daniel Gregório. Na primeira série foi Paulo Lopes, que ocupou a última posição dessa série, terminando com o registo de 9.11,26 minutos. Melhor esteve Daniel Gregório, que na segunda série correu abaixo dos 9 minutos, em 8.57,66 minutos. Desta forma Daniel Gregório obteve o 17º lugar, enquanto que Paulo Lopes obteve a 22ª posição.

Neste momento Portugal ocupa a 13ª posição na tabela de medalhas, liderada por Rússia (3 ouros), enquanto que na tabela de classificação (até aos oito primeiros por evento), Portugal está num honroso 7º lugar, com 19 pontos, a sete pontos de Polónia e Grã-Bretanha.

RESULTADOS (15/07):

Masculinos :

110 m Barr – Rasul Dabó (7º-Ronda 1) – 13,98 -> Meia-Final 2 : 16/07 (16:36)
3000 m Obstáculos – Daniel Gregório (17º) – 8.57,66 | Paulo Lopes (22º) – 9.11,26
Comprimento – Marcos Chuva (2º) – 7.94

Femininos :
10000 m – Catarina Ribeiro (3º) – 34.10,39 | Carla Salomé Rocha (7º) – 34.46,29
Vara – Marta Onofre (15º) – 3.95
Disco – Irina Rodrigues (5º) – 52.71

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Comentarios (1)add feed
... : simão silva
Lá se vai tapando o sol com a peneira. Quem vir estas classificações poderá pensar no excelente trabalho da federação. No entanto tal deve-se ao trabalho dos treinadores pessoais e apoio dos clubes
Julho 16, 2011
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