Meeting de Madrid teve participações portuguesas.
Realizou-se hoje o meeting de Madrid, que ficou marcado pelas fortes rajadas de vento, que impediram marcas melhores em algumas disciplinas.
O final de tarde foi preenchido em Madrid com um meeting que teve presentes alguns dos melhores valores mundiais da modalidade, entre eles quatro atletas portugueses : Rui Silva (3000 metros), Edi Maia (vara), Sónia Tavares (100 metros) e Sílvia Cruz (dardo).
No salto com vara Edi Maia acabaria por ser o português em maior destaque, já que com alguns dos “tubarões” internacionais, acabou num honroso terceiro lugar, igualando o seu recorde pessoal de 5.60 metros, ameaçando de novo o recorde nacional a 5.66 metros, altura a que acabaria por sucumbir. Ainda assim ficou um bom concurso para o português, que só não conquistou o segundo lugar por mais um derrube a 5.60 metros que o cubano Lazaro Borges, que também se ficou pelos 5.60 metros. A vitória acabaria por pertencer ao russo Evgeniy Lukyanenko, com 5.72 metros.
Outra das participações muito aguarda era a de Rui Silva, na prova dos 3000 metros. Para ganho de ritmo esta prova acabará por ter servido ao português, que não foi além do 7º lugar. O tempo de 7.56,68 minutos é, ainda assim, o melhor da sua temporada, ainda que com uma grande quebra na última volta, em prova disputada ao sprint e com vitória a sorrir ao espanhol Sergio Sanchez (7.49,45 minutos).
Uma das vítimas do vento acabou por ser Sónia Tavares, atleta que até passou à final com uma meia-final corrida em 11,80 segundos, com o vento a soprar contrário à corrida a 2.1 m/s. Essa tendência não melhorou na final, onde a portuguesa ficou-se pelos 11,83 segundos, com vento contrário de 2.3 m/s. A prova acabaria por ser vencida em lentos 11,23 segundos, por Schillonie Calvert (Jamaica). Continuam, assim, por obter os mínimos nesta prova, para o Mundial de Ar Livre, ainda que o objectivo fundamental da atleta sejam os 200 metros.
A pior prestação portuguesa acabaria por ser a de Sílvia Cruz, que no lançamento do dardo não foialém do 6º lugar e com 53.85 metros, muito homogéneos já que durante o concurso a atleta nunca mudou muito de registo...
CORRIDA ENTRE EX-CONDENADOS E UM RECORDE DE MEETING
No geral este meeting acabou por se situar muito na segunda linha de meetings mundiais, faltando as verdadeiras estrelas, que permitiriam marcas ao nível das alcançadas na Liga Diamante.
O maior motivo de interesse acabaria por ser o embate entre Justin Gatlin (EUA) e Dwain Chambers (Grã-Bretanha), dois atletas já antes punidos por doping e que após as penas cumpridas tentam provar ao mundo que ainda devem ser olhados como atletas novamente limpos e capazes de grandes feitos. Ambos são rejeitados em muitos meetings europeus por essa condição de ex-condenados, mas Madrid acolheu este duelo, com resultados interessantes. Mesmo com vento contra de 1.6 m/s três atletas correram abaixo dos 10,20 segundos, com vitória de Gatlin em 10,10 segundos, logo seguido de Chambers (10,13 segundos) e de Travis Padgett (10,18 segundos). Um sério aviso aos adversários mundiais do hectómetro...
Foi batido ainda um recorde de meeting, através do italiano Nicola Vizzoni, que arremessou o martelo a 78.82 metros, uma marca que em termos mundiais se situa entre as melhores da época.
RESULTADOS:
3000 – Rui Silva (7º) – 7.56,68
Vara – Edi Maia (3º) – 5.60
100 m – Sónia Tavares (7º) – 11,83 | Meia-final 1 : 11,80
Dardo – Sílvia Cruz (6º) – 53.85
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