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Campeonatos dos EUA e da Jamaica já realizados.
Melhores que os campeonatos nacionais da Jamaica, os campeonatos dos Estados Unidos da América trouxeram a lesão de Tyson Gay...
A excelente edição dos campeonatos norte-americanos trouxeram, para já, uma grande vantagem para a Jamaica e especificamente para o campeão Usain Bolt, que neste estatuto foi dispensado de estar nos campeonatos da Jamaica : a lesão de Tyson Gay. Aquele que era o melhor do ano, durante o aquecimento para a meia-final dos 100 metros acabaria por agravar um problema na anca que já o vem a afectar há algum tempo. O atleta até já tinha abdicado dos 200 metros, mas estes campeonatos foram fatais para Tyson Gay.
Na final dos 100 metros três atletas baixaram dos 10 segundos (Walter Dix – 9,94 ; Justin Gatlin – 9,95 ; Michael Rodgers – 9,99), uma boa indicação para a selecção dos EUA, que podem ter Justin Gatlin de volta, após vários anos suspenso por recurso ao doping. A Jamaica teve um fim-de-semana menos produtivo em termos de marcas, mas também por ter corrido uma final com vento contra. Ainda assim os cinco primeiros classificados ficaram separados no máximo por 11 centésimos nos 100 metros, tendo os cinco corrido abaixo dos 10 segundos nas meias finais, numa prova vencida por Asafa Powell.
Ainda em Oregon, onde se disputou a prova norte-americana, destaque para a melhor marca mundial do ano e novo recorde pessoal do atleta Ashton Eaton no Decatlo (8729 pontos), derrotando Bryan Clay. Um duelo surpreendente ocorreu também nos 400 metros, com o jovem Tony Mcquay a vencer Jeremy Wariner com o tempo de 44,68 segundos, trinta centésimos mais rápido. Na final dos 200 metros, Walter Dix (19,95) e Darvis Patton (19,98) correram abaixo dos 20 segundos, mas ventosos. O jovem Jeshua Anderson, nos 400 metros barreiros, derrotou o conceituado Bershawn Jackson, sendo uma das figuras surpreendentes dos campeonatos. Com melhor marca mundial do ano e também recorde pessoal, Jesse Williams saltou 2.37 metros na prova de salto em altura.
Allyson Felix fez em femininos história, como sendo a primeira a obter na carreira os títulos nacionais de 100, 200 e 400 metros, nesta última especialidade alcançando a vitória este ano. Na final de 100 metros, correram três atletas abaixo dos 11 segundos, embora ventosos (Carmelita Jeter – 10,74 ; Marshevet Myers – 10,83 ; Mikele Barber – 10,96), enquanto que nos 200 metros, cinco atletas ficaram abaixo dos 22,50 segundos, com vitória para Shalonda Solomon (22,15 segundos). Cairam dois máximos mundiais do ano, com vitórias de Kellie Wells nos 100 metros barreiras (12,50 segundos), numa prova onde Lolo Jones nem alcançou a final e ainda no salto em comprimento, com Brittney Reese com 7.19 metros, marca acima da já alcançada pela portuguesa Naide Gomes.
Já na Jamaica, em Kingston, além dos 100 metros, destaque também para a vitória de Steve Mullings nos 200 metros, em 20,11 segundos, o que poderá querer dizer que o jamaicano pode optar pelos 100 e 200 metros para o Mundial deste ano. Destaque ainda para a dupla vitória de Veronica Campbell-Brown, nos 100 e 200 metros, alcançando 10,84 e 22,44 segundos, respectivamente, com garantias de bons resultados próximas das norte-americanas que competiram neste fim-de-semana.
O Mundial deste ano parece, assim, destinado a mais um combate titânico entre EUA e Jamaica nas provas de velocidade fundamentalmente, com raras intromissões de outros países nesta luta. A lesão de Tyson Gay poderá também agudizar a capacidade da velocidade norte-americana vingar em Daegu, não se podendo nunca esquecer que Usain Bolt ainda mal entrou em acção...
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