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Portugal ainda longe dos 28 atletas de Berlim.
A menos de dois meses do fim do período para obtenção de mínimos, Portugal arrisca-se a interromper progressão no número de participantes...
Desde a edição de 2003, em Paris, que Portugal vem recuperando a sua participação em Mundiais de Ar Livre, após a edição de 2001, em Edmonton, quando estiveram 20 atletas. Paris 2003 (14 atletas), Helsínquia 2005 (19 atletas), Osaka (23 atletas) e Berlim (28 atletas) têm marcado uma boa progressão.
É pouco provável que este ano Portugal apresente atletas na prova de Maratona, o que a acontecer será a primeira vez que nenhum português correrá a distância mítica, rompendo com a tradição portuguesa em provas de Maratona. Os mínimos de 2:13.00 horas para o sector masculino excluem qualquer atleta português, enquanto que os mínimos de 2:32.30 horas incluem as marcas de Dulce Félix, Jéssica Augusto e Marisa Barros. Dulce e Jéssica não deverão optar ainda pela distância, que foi corrida já a pensar nos Jogos Olímpicos de Londres, enquanto que Marisa Barros ainda está a tentar debelar uma lesão contraída após a Maratona de Yokohama.
Apesar do mínimo ‘A’ alcançado em Dundice em 2010, António Pereira também não consta na lista de pré-seleccionados para os 50 Km Marcha, que reduz ainda mais o lote de atletas disponíveis para Daegu, a acrescentar à não convocatória de Vera Santos, por excedência das três atletas com mínimo ‘A’ para os 20 Km Marcha femininos e ainda a desvantagem de Sérgio Vieira nos 20 Km Marcha masculinos, já que dois possuem mínimos ‘B’ e o seu irmão João Vieira é, para já, quem tem mais condições de estar presente.
Em Estocolmo, no Campeonato da Europa de Equipas, a estafeta de 4x100 metros falhou os mínimos para o Mundial de Ar Livre e terá agora de correr atrás do prejuízo se quiser estar presente em Daegu, o que acrescentaria mais três ou quatro atletas à comitiva portuguesa, sendo que Arnaldo Abrantes e Yazaldes Nascimento ainda não alcançaram mínimos nas suas provas individuais.
Feitas as contas são para já 17 atletas seleccionáveis, ainda que se deva atender à possibilidade da não participação de Jéssica Augusto, que ainda é uma incógnita após a morte do seu pai e ainda de Marisa Barros, que pode não recuperar a tempo da sua lesão.
Em masculinos apenas possuí mínimos ‘A’ o atleta Francis Obikwelu (100 metros), já que António Pereira (50 Km Marcha) não foi pré-seleccionado para Daegu, apesar de ter mínimo ‘A’, numa época em que esteve longe do melhor. Os mínimos ‘A’ ocorrem em femininos para Dulce Félix (10000 metros e Maratona), Sara Moreira (10000 metros e 3000 metros obstáculos), Marisa Barros (Maratona), Jéssica Augusto (Maratona), Naide Gomes (Comprimento), Inês Henriques (20 Km Marcha), Ana Cabecinha (20 Km Marcha) e Susana Feitor (20 Km Marcha), exceptuando-se aqui Vera Santos, que não foi pré-seleccionada.
A restante equipa está nos mínimos ‘B’ que invalidam a presença de mais do que um atleta nestas condições, por prova. Em masculinos estão nesta condição Rui Silva (3000 e 5000 metros), Edi Maia (Vara), Marco Fortes (Peso), João Vieira (20 Km Marcha), Sérgio Vieira (20 Km Marcha), enquanto que em masculinos estão nesta situação Leonor Tavares (Vara), Vânia Silva (Martelo) e Sílvia Cruz (Dardo).
CERCA DE UMA DEZENA AINDA PODE CHEGAR AOS MÍNIMOS
Até 14 de Agosto, data limite para a obtenção de mínimos, cerca de uma dezena de atletas podem consegui-lo, uns com mais probabilidade do que outros. Arnaldo Abrantes e Yazaldes Nascimento fazem os dois apostas nos 200 metros, onde só um poderá participar se ambos obtiverem mínimo ‘B’ (20,70 segundos), estando mais próximo, neste particular, Arnaldo Abrantes (20,90 segundos nesta época). Ambos podem tentar os mínimos aos 100 metros e aqui é Yazaldes Nascimento que está mais próximo dos mínimos ‘B’, com 10,39 segundos, numa altura onde Francis Obikwelu até já tem mínimo ‘A’.
Também muito próximo está Alberto Paulo, nos 3000 metros obstáculos, após ter corrido esta época em 8.29,38 minutos, a escassos 38 centésimos dos mínimos ‘B’, que dificilmente outro português deverá alcançar. Mais longe, mas ainda assim acreditando-se possível, é a obtenção de mínimos de Nelson Évora (Triplo), que terá de alcançar 16.85 metros para o mínimo ‘B’. Youssef el Kalai (10000 metros), Jorge Paula (400 metros barreiras) e Marcos Chuva (comprimento) são outros atletas próximos dos mínimos...
A estafeta masculina de 4x100 metros, que correu em Estocolmo em 39,43 segundos, 23 centésimos abaixo do mínimo, terá ainda de encontrar um meeting competitivo e com a disponibilidade de todos para tentar os mínimos, que parecem prováveis se a equipa tiver a presença de Francis Obikwelu...
Em femininos, Sónia Tavares pode tentar mínimos ‘B’ tanto aos 100 metros (11,38 segundos) como aos 200 metros (23,30 segundos), num momento de forma ligeiramente acima do actual e num meeting competitivo. Muito próxima dos mínimos está Patrícia Mamona (triplo salto), depois de vencer os NCAA em 14.05 metros, a meros 5 centímetros dos mínimos para Daegu, esta também deverá tentar a presença em meetings competitivos. Vera Barbosa (400 metros barreiras) e Dulce Félix (10000 metros) são igualmente candidatas aos mínimos.
A prova deste fim-de-semana, a final do Nacional de Clubes, deverá permitir identificar mais algum outsider que possa entrar nestas contas, que mesmo a confirmarem-se não deverão permitir uma presença superior em número, relativamente a 2009. Faltam os resistentes maratonistas e marchadores que no passado ampliaram os números das presenças nacionais...
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Já repararam na diferença dos vários mínimos exigidos pela FPA para os atletas integrarem a comitiva? Isso que dizer alguma coisa, mas n interessa muito referir isso....