Rússia de novo campeã, isolada.
Abaixo até do previsto, Portugal não teve hoje os mesmos argumentos de ontem. Mas provavelmente igualar ou ultrapassar previsão daria igualmente em despromoção…
Foi um segundo dia de competições marcado por fortes limitações atmosféricas, com a chuva a cair e o frio a ‘gelar’ os atletas e também os resultados, que foram inferiores ao esperado. O tombo acabou por não ser apenas português, mas também de outras selecções, como por exemplo a República Checa, que passou de agradável surpresa ontem, para uma enorme decepção hoje.
O Atleta-Digital havia previsto 83 pontos para Portugal, mas os atletas portugueses não conseguiram ir além dos 69.5 pontos, o que mostra bem a diferença entre a valia dos portugueses e o que acabaram por conseguir no terreno, no dia de hoje.
Os atletas que mais se destacaram positivamente, relativamente à previsão, foram Rui Silva nos 3000 metros (3º) e Sónia Tavares nos 200 metros (7º), estando aproximadamente na previsão alguns dos melhores resultados como os obtidos por Nelson Évora no triplo salto (6º), Dulce Félix nos 5000 metros (5º) e Naide Gomes no salto em comprimento (4º). Abaixo do esperado inicialmente estiveram Arnaldo Abrantes na prova de 200 metros (10º), Edi Maia no salto com vara (9º) e ainda Sara Moreira na prova de 1500 metros (9º).
RÚSSIA CAMPEÃ ISOLADA NOS PONTOS…E NO PÓDIO
Tal como no ano passado, mas agora com cerca de menos uma dezena de pontos do que há um ano, a Rússia (385 pontos) garantiu o título europeu, com uma vantagem abismal sobre a Alemanha (331.5 pontos) que subiu um lugar este ano, roubado à Grã-Bretanha (289 pontos), que perdeu o pódio para a Ucrânia (304 pontos), esta última a grande sensação da prova, que no entanto já tinha esse destino previsto antecipadamente como possível. A França (284 pontos) desceu para o 5º lugar e a Polónia (264 pontos) manteve o seu 6º lugar. Espanha (245 pontos), Itália (237 pontos) e Bielorrússia (220 pontos), foram ao longo da prova trocando de lugares, aqueles em que também competiram há um ano.
A descida pertenceu exactamente às mesmas equipas que protagonizaram a subida da I Liga em 2010, ou seja, a Bielorrússia (220 pontos), Portugal (176.5 pontos) e Suécia (158 pontos). Estas três equipas não tiveram argumentos para as restantes e em 2013, em Gateshead (Grã-Bretanha), já não marcarão presença na Superliga, mas sim na I Liga novamente. Em 2012 não existirá Campeonato Europeu de Equipas, dado que será ano de Campeonato da Europa de Ar Livre e também de Jogos Olímpicos de Verão.
Hoje a prova de salto com vara foi o maior insólito e que atrasou a elaboração das classificações finais por parte da Associação Europeia de Atletismo. Numa altura em que chovia no Estádio Olímpico de Estocolmo, praticamente centenário, o comité local decidiu transferir o salto com vara para um pavilhão coberto na cidade de Estocolmo. Foi providenciado o transporte de todos os atletas e técnicos responsáveis para esse pavilhão, obrigando a um novo aquecimento, preparação da infra-estrutura e levar a cabo uma competição que, por definição, já costuma ser demorada. Talvez aqui tenha havido alguma precipitação, já que não demorou muito para que existisse um longo período sem chuva no Estádio…Desta forma, na hora de atribuir os três primeiros lugares colectivos, apenas a Rússia subiu ao pódio, numa altura em que tinha a sua vitória assegurada, mas em que a disputa pelo segundo e terceiro lugares estava ainda em aberto. Este insólito acabou por ser um dos grandes episódios desta tarde, ficando para já para a história da competição.
ALEMANHA A MAIS EQUILIBRADA ENTRE GÉNEROS…PORTUGAL TEVE BOM EQUILÍBRIO
Na diferença entre géneros, uma selecção saiu claramente a ganhar no que toca ao equilíbrio de pontos entre o género masculino e feminino. A Alemanha ficaria no final deste segundo e último dia com meio ponto de diferença no somatório entre géneros e seria a seguir, com 3.5 pontos de diferença que surgiam Portugal e Itália. Não sendo esta uma análise de enorme relevância, permite acima de tudo perceber a evolução da participação dos países por cada um dos géneros.
A selecção mais desnivelada a este nível acabou por ser a equipa da casa, a Suécia que mostrou um melhor nível global em masculinos, do que em femininos, onde sem ser alguns sucessos pontuais, como Carolina Kluft (comprimento) ou Emma Green (altura), não existiram outros bons resultados. Este desnível observou-se em 58 pontos, contra os 43 pontos de diferença da Rússia, também melhor em masculinos e os 42 pontos da Polónia, melhor em femininos que em masculinos.
GRÉCIA, NORUEGA E TURQUIA ESTARÃO NA SUPERLIGA EM 2013
A competir em casa, em Izmir, a Turquia aproveitou esse factor e conseguiu a subida de divisão, logo com o primeiro lugar, obtido com 329 pontos, seguida pela selecção da Grécia (307.5 pontos) e da Noruega (290 pontos). A Finlândia, que há um ano desceu da Superliga, acabaria por ficar pelo 8º lugar nesta I Liga, um resultado muito abaixo do esperado. Desceram da I Liga a Irlanda, Eslovénia e Croácia.
Na II Liga, disputada em Novi Sad (Sérvia) , também a equipa da casa aproveitou o facto casa para subir de divisão, tal como Estónia e Bulgária. Na III Liga, em Reykjavik (Islândia) subiram as selecções de Israel, Chipre e Moldávia.
Enviados Especiais : Edgar Barreira (texto) e Filipe Oliveira (fotos)
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Não é so da da 1a liga para a super liga que sobem e descem 3 equipas e nas restantes ligas são apenas 2 equipas? e não e a republica checa a descer a 1a liga em vez da anunciada bielorússia?