[EUROEQ11] De novo ‘aquele’ Rui Silva..

Domingo, 19 Junho 2011
[EUROEQ11] De novo ‘aquele’ Rui Silva..

Dulce Félix esteve mais à vontade hoje…

Depois de um primeiro dia mau para o sector de meio-fundo e fundo, hoje os atletas deste sector até equilibraram alguns dos efeitos nefastos de ontem… 

Muito melhor hoje a prestação no sector de meio-fundo e fundo, de onde se destacam os 3000 metros de Rui Silva, numa luta até ao último metro e numa conquista de 10 importantes pontos, além dos 5000 metros de Dulce Félix, que definitivamente foi mais peixe dentro de água hoje…A coragem de Alberto Paulo foi o sinal claro de um querer colectivo, que até nem acabou mal neste sector…

RUI SILVA VOLTOU À SUA VELHA TÁCTICA…

Afinal a velocidade de ponta ainda conta e ainda existe em Rui Silva e hoje voltou à sua velha táctica que utilizou durante muitos anos nos 1500 metros. Apesar de ter chegado a puxar o ritmo, a duas voltas do fim refugiou-se a meio do grupo para desferir um ataque à entrada da última e derradeira volta. Conseguiu lutar até final pelo melhor resultado e surpreendeu pela sua classificação, uma das melhores prestações portuguesas, com o seu 3º lugar corrido em 8.03,88 minutos, o seu melhor de época, longe do seu recorde pessoal. Acabou batido por dois atletas apenas, onde o espanhol Juan Higuero venceu em 8.03,43 minutos. “Era difícil ganhar ao Higuero, mas também não esperava o russo tão forte”, dizia no final o português que considera ter feito a aposta certa, face à semelhança de marcas entre os presentes. A não duplicação de eventos em Estocolmo ocorreu pela necessidade de representar em duas provas o Sporting, no próximo fim-de-semana e também pelos objectivos futuros : “Sabia que estava bem mas que não teria capacidade para estar nos 1500 metros”. Os 5000 metros agora serão na Bélgica, dentro de três semanas, já que essa é a sua aposta nesta época.

A corrida de Alberto Paulo nos 3000 metros obstáculos foi corajosa, já que o atleta veio para a frente da corrida desde início. Ainda correu cerca de duas voltas isolado, mas acabaria por ser engolido pelo grupo, sem nunca ter sido acompanhado no ritmo forte que imprimia. O português terminou com o registo de 8.44,17 minutos, uma marca longe do mínimo para os Mundiais de Ar Livre. “Ir para a frente é uma das minhas características”, indicou Alberto Paulo que tem crença na obtenção dos mínimos para o Mundial de Ar Livre. Dentro de três semanas o português deverá tentar um meeting e assim melhorar a sua prestação ao nível da marca. Hoje venceu o francês Vincent Dandrieux, o responsável por perseguir o português durante a prova, com o tempo de 8.30,85 minutos.

António Rodrigues era uma das peças portuguesas que dificilmente seriam jogadas para muitos pontos e nos 800 metros o português acabou no 11º lugar, com o tempo de 1.50,45 minuto. Não desiludindo, até porque ficou à frente do checo Milan Kocourek, António Rodrigues terminou em 1.50,45 minuto, com dificuldades de chegar à disputa no grupo de 12 atletas. O mais rápido foi o polaco Adam Kszczot, com o tempo de 1.46,50 minuto.

Dulce Félix

DULCE FÉLIX MAIS CONFORTÁVEL NOS 5000 METROS

Abismal a diferença entre a capacidade de Dulce Félix correr ontem os 3000 metros e hoje correr os 5000 metros. Desenvolvida em ritmos mais lentos, esta prova esteve mais adaptada às actuais capacidade da portuguesa que esteve durante a maior parte da prova na discussão da corrida. A duas voltas do fim a portuguesa já lutava pelo quarto lugar, que acabou por perder na recta da meta para a alemã Sabrina Mockenhaupt (15.35,02 minutos). Dulce Félix (15.36,99 minutos) ficou assim num bom quinto lugar, face à fase da sua preparação na época. “Espero que a partir de agora entre nos ritmos”, disse a portuguesa que em Julho terá um meeting em Paris para fazer os 5000 metros e outro na Bélgica para fazer os 3000 metros. A melhor nesta prova de hoje foi Dolores Checa (Espanha) que festejou isolada enquanto dobrava ainda atletas, com o tempo de 15.16,89 minutos.

Já Sara Moreira dificilmente competiria ao nível de ontem e nos 1500 metros fez o que conseguiu pela selecção nacional, sendo uma das atletas com pior tempo entre as inscritas. Tentou desde logo impor um ritmo forte na frente, “para tentar desgastar”, tendo em conta que “depois da prova de obstáculos era difícil recuperar”. Ainda assim a portuguesa concluiu com o registo de 4.12,63 minutos, uma marca que não envergonha a sua prestação, que ainda assim terá ficado ligeiramente abaixo do esperado, concluindo no 9º lugar. A disputa final foi bastante emocionante, com a vitória a tender para a britânica Charlene Thomas (4.06,85 minutos), entre a luta com as atletas Yekaterina Martynova (Rússia) e Anna Mishchenko (Ucrânia).

RESULTADOS:

Masculinos :

800 m – António Rodrigues (11º) – 1.50,45
3000 m – Rui Silva (3º) – 8.03,88
3000 m Obstáculos – Alberto Paulo (8º) – 8.44,17

Femininos :
1500 m – Sara Moreira (9º) – 4.12,63
5000 m – Dulce Félix (5º) – 15.36,99

Alberto Paulo

António Rodrigues

Sara Moreira

Enviados Especiais : Edgar Barreira (texto) e Filipe Oliveira (fotos)

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