Mínimos ‘B’ para Leonor Tavares, que esteve certinha.
O sector de saltos, neste primeiro dia, cumpriu e até se superou em algumas ocasiões, como foram os casos de Leonor Tavares e Marcos Chuva.
Um bom dia para os saltos nacionais, mas nem por isso se reflectiu nas reacções dos atletas portugueses. Os mínimos para o Mundial de Ar Livre ocorreram para Leonor Tavares, no salto com vara, mas num dia melhor poderiam ainda ter ocorrido para Patrícia Mamona ou mesmo para Marcos Chuva.
MARCOS CHUVA FOI LONGE, MAS FALTOU UM QUARTO SALTO…
Os 7.90 metros alcançados hoje por Marcos Chuva foram muito interessantes, principalmente se considerado que foram obtidos logo a abrir o concurso. Ao segundo ensaio o português alcançou 7,84 metros, marca que também fica acima do seu melhor antes destes campeonatos, mas ao terceiro ensaio um problema na corrida, que o atleta não consegue explicar, não permitiu melhorar e tentar alcançar o grupo dos quatro atletas com direito a um quarto ensaio, tarefa que seria difícil. “Os 7.90 metros não me deixam satisfeito”, disse o português no final, que ainda lamenta não ter conseguido o salto que pretende e que no seu conjunto resulte em mínimo para o Mundial de Ar Livre que assumiu como objectivo, mas com uma ressalva : “não seria um insucesso se não conseguir”. O atleta já tem o Europeu de Sub-23 garantido e aí poderá tentar um bom resultado. Venceu esta prova, com recorde dos campeonatos, o russo Aleksandr Menkov, com 8.20 metros.
Sem brilhar esteve Paulo Gonçalves no salto em altura, que foi o primeiro a começar o concurso e também o primeiro a sair. Na primeira fasquia, a 2.05 metros, ultrapassou à segunda tentativa, a mesma tendência observada na fasquia 2.10 metros, a última altura que passou com sucesso. Os 2.15 metros ficaram assim por bater e continuarão a ser o seu melhor da temporada. A prova teve um bom nível competitivo e a vitória sorriu ao ucraniano Dmytro Demyanyuk (Ucrânia), que obteve 2.35 metros, máximo mundial e recorde destes campeonatos.
O MÍNIMO DE LEONOR TAVARES QUE COLOCA CARIMBO PARA DAEGU
A portuguesa Leonor Tavares foi uma das boas surpresas da tarde, com a sua participação no salto com vara a resultar na segunda marca de sempre, 4.40 metros. Esta marca foi obtida com passagens sem erros entre a altura de 4 e 4.25 metros. A 4.35 e a 4.40 metros a portuguesa conseguiu a passagem à segunda tentativa e acabou por não ter capacidade de realizar os 4.45 metros, numa altura em que o sexto lugar já não lhe fugia, nem melhorava. Venceu esta prova a polaca Anna Rogowska, que contudo igualou a sua marca com a alemã Silke Spielgelburg, ambas com melhor marca mundial do ano e recorde dos campeonatos.
Patrícia Mamona foi a outra representante dos saltos nacionais, na prova do triplo salto, apenas quatro dias após chegar a Portugal e dois dias após chegar a Estocolmo. O desgaste das viagens acabou por prejudicar a sua marca, que ainda assim foi semelhante à de um ano, quando a portuguesa teve o seu melhor desempenho da carreira. Após o título dos NCAA, a portuguesa alcançou um único salto válido a 13.55 metros, com dois nulos, um deles quase milimétrico e que teria “atirado” a portuguesa para perto dos 14 metros. Acreditando este ano na possibilidade do Mundial de Ar Livre, Patrícia Mamona considerou que “os saltos podiam ter sido melhores”, logo o oitavo lugar também poderia ter sido melhor. Venceu a favorita, a ucraniana Olha Saladuha que saltou muito perto do seu melhor da época, com 14.85 metros, também esta marca recorde dos campeonatos.
RESULTADOS :
Masculinos:
Altura – Paulo Gonçalves (12º) – 2.10
Comprimento – Marcos Chuva (7º) – 7.90
Femininos :
Vara – Leonor Tavares (6º) – 4.40
Triplo – Patrícia Mamona (8º) – 13.55
Enviados Especiais : Edgar Barreira (texto) e Filipe Oliveira (fotos)
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