[EUROEQ11] Saltos, o melhor e o pior…

Sexta, 17 Junho 2011
[EUROEQ11] Saltos, o melhor e o pior…

Naide Gomes e Nelson Évora limitados.

Portugal parte para esta Superliga melhor que há um ano, mas ainda assim longe da capacidade que teve há dois anos em Leiria… 

Poderiam até ser as principais armas portuguesas, mas os saltos têm este ano na Superliga dificuldades maiores, não só pelos adversários, mas também por alguma limitação na capacidade das principais peças portuguesas. Nelson Évora recomeça o seu ritmo competitivo após paragens por lesão e Naide Gomes ainda cura as mazelas do Inverno, o que nem sempre a impede de saltar longe. Nos saltos verticais o maior destaque é Edi Maia, no salto com vara, mas o salto em altura português é um dos calcanhares desta comitiva…

NELSON É UMA INCÓGNITA…EDI MAIA PODE TENTAR RECORDE NACIONAL

Face à ausência de Philips Idowu (Grã-Bretanha) e Teddy Tamgho (França), é mais fácil para Nelson Évora tentar ter uma boa classificação, mesmo estando longe do seu melhor momento. São três os atletas acima dos 17 metros este ano, nomeadamente Fabrizio Schembri (Itália), Viktor Kuznyetsov (Ucrânia) e Aleksey Fyodorov (Rússia). Nelson Évora ainda possui apenas 16.42 metros, uma marca longe dos 17.74 metros que tem como recorde pessoal. A tentativa de um dos três primeiros lugares apenas parece possível com uma aproximação séria aos 17 metros…

No salto em comprimento a tarefa cabe a Marcos Chuva, que já representou Portugal há um ano e que pode fazer melhor que os 7.65 metros desta época. Uma melhoria desta marca deverá poder dar-lhe um dos seis primeiros lugares, mas a manutenção ou diminuição desta marca dificilmente o colocarão no top-10. Os principais candidatos à vitória são aqui Aleksandr Menkov (Rússia) e Kafétien Gomis (França), além da incóngita que é o italiano Andrew Howe, que já foi vice-campeão mundial da disciplina.

Edi Maia poderá fazer história em Estocolmo, na prova de salto com vara, a avaliar pela sua prestação no meeting de Lisboa, onde quase conseguia ultrapassar essa fasquia, que faz parte do acordo de cavalheiros com o seu treinador. Essa marca, com certeza, daria para uma das melhores prestações individuais da equipa nacional, dentro do top-5, numa prova onde o candidato é obviamente o francês Renaud Lavillenie, que até não se dá mal com este tipo de provas colectivas…

No salto em altura é penosa a tarefa de Paulo Gonçalves que com 2.15 metros como melhor nesta época, fica ainda a cinco centímetro da segunda pior marca entre os inscritos, que pertence ao francês Abdoulaye Diarra (2.20 metros). Assim, tentar 2 ou 3 pontos, seria já um grande feito do português, que provavelmente significaria uma melhoria da sua marca desta época. Aleksey Dmitrik (Rússia) é o atleta com melhor marca desta época, com 2.35 metros, mas é Jaroslav Bába (Rep. Checa) que tem o melhor recorde pessoal entre inscritos.

NAIDE GOMES NA CONQUISTA DE IMPORTANTES PONTOS

No salto em comprimento Naide Gomes é sempre a natural candidata a muitos pontos para Portugal, caso tudo corra dentro do esperado e as suas limitações não a impeçam de saltos longos. Numa época onde já saltou 6.74 metros, a portuguesa tem quatro atletas na sua frente, onde se destaca a bielorrussa Veranika Shutkova (6.95 metros), a ucraniana Inna Ahkozova (6.83 metros), a russa Darya Klishina (6.82 metros) e a francesa Éloyse Lesuer (6.78 metros). Apesar da alguma desvantagem, Naide já provou várias vezes que passa de possível candidata a uma grande candidata ao melhor posto, que neste caso significaria 12 pontos para Portugal…

Leonor Tavares também deverá tentar em Estocolmo um bom resultado, até porque ainda persegue os mínimos para o Mundial de Ar Livre. Entre as inscritas é para já a décima, mas a espanhola Anna Pinero e a sueca Malin Dahlstrom são alvos possíveis de alcançar. Aqui a candidata à vitória é Anna Rogowska (Polónia), com Silke Spiegelburg (Alemanha) à espreita da oportunidade de dar o máximo de pontos a uma das selecções candidatas à vitória.

O triplo salto tem na motivada Patrícia Mamona, acabada de ser bicampeã universitária nos EUA, a representante portuguesa. Os mínimos para o Mundial de Ar Livre estão a meros 5 centímetros, após os 14.05 metros alcançados na final dos NCAA. Mas essa marca valiosa terá difícil capacidade de entrar na primeira metade classificativa do evento. A ucraniana Olha Saladuha é candidata à vitória, que também pode ser importante para a possibilidade da Ucrânia integrar o pódio colectivo.

Tal como no sector masculino, Marisa Anselmo tem a ingrata missão de tentar retirar Portugal do mais que provável 12º lugar, equivalente a um único ponto para as contas nacionais. A sua marca fica a mais de cinco centímetros da 11ª melhor marca presente em Estocolmo, pertencente à britânica Emma Perkins (1.82 metro). Sem a líder mundial do ano, a disputa pela vitória é uma incógnita, já que as seis primeiras do ranking têm marcas compreendidas entre o 1.93 e 1.95 metro.

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