[EUROEQ11] O fundo, a eterna arma lusa

Quarta, 15 Junho 2011
[EUROEQ11] O fundo, a eterna arma lusa

Participação dos fundistas é um dos trunfos nacionais.

Na antevisão do Campeonato da Europa de Equipas, Portugal apresenta nos fundistas algumas das principais armas para tentar manutenção na Superliga. 

Dos 1500 aos 5000 metros, Portugal apresenta algumas alternativas que podem animar as cores nacionais em Estocolmo, no próximo fim-de-semana. Desde há muitos anos que o fundo nacional tem sido fundamental em momentos-chave e o actual momento do fundo nacional ainda é o que dá garantias mais fortes de resultados nesta Superliga, contra países mais habituados às disciplinas técnicas.

SARA MOREIRA E DULCE FÉLIX COBREM AS NECESSIDADES TODAS…

É talvez demasiada responsabilidade para duas atletas só, mas são actualmente as duas atletas que apresentam mais garantias de sucesso em Estocolmo, após a ausência forçada de atletas como Jéssica Augusto e Inês Monteiro, atletas que habitualmente ajudam a selecção nacional nestes momentos e que no caso de Jéssica Augusto foi um dos garantes da subida de Portugal para a Superliga, há um ano.

Sara Moreira terá responsabilidades nos 1500 metros, prova em que acabou forçada a participar no passado Europeu de Pista Coberta e que nunca mais correu desde aí. Apresenta este ano 4.10,65 minutos em pista coberta e se correr ao mais alto nível não é de duvidar que se pode aproximar ou até bater o seu recorde pessoal (4.07,11 minutos), o que face às suas adversárias poderá dar um importante terceiro ou quarto lugar. Nesta prova a grande favorita à vitória acaba por ser a espanhola Nuria Fernandez, que possui o melhor recorde pessoal (4.00,20 minutos), sem esquecer a melhor deste ano, a ucraniana Anna Mishchenko, que é uma das armas da equipa de leste para tentar o assalto ao pódio colectivo.

Nos 3000 metros obstáculos, Sara Moreira voltará a uma distância que por mais do que uma vez já tentou “largar”, mas que acaba por voltar como objectivo para Estocolmo. Ficaram de lado opções como Clarisse Cruz ou Salomé Rocha, atletas que esta época correram na casa dos 9.57 minutos, longe do recorde pessoal de Sara Moreira, colocado em 9.28,64 minutos. A concorrência para Sara Moreira não é demasiado forte, o que pode levar a portuguesa ao pódio individual, em prova que deverá ser dominada pela russa Gulnara Galkina, sem esquecer a francesa Sophie Duarte, que também aqui vem dar uma “perninha” para tentar uma boa classificação para França.

Já Dulce Félix terá a missão de dobrar nos 3000 e 5000 metros, provas que ocorrem em dias diferentes e onde a atleta deverá ter de fazer alguma gestão de esforço. Deverá ser mais preponderante nos 5000 metros, até pela sua preparação para distâncias superiores, onde a grande opositora deverá ser a espanhola Dolores Checa, que este ano correu no seu recorde pessoal em 14.46,30 minutos. Já nos 3000 metros não deverá ter um papel tão activo, ainda que importante, dado que a concorrência é aqui mais forte face à sua preparação. Novamente a Espanha surge como candidata nesta distância, através de Natalia Rodriguez, sem esquecer os bons registos obtidos em pista coberta da russa Olesya Syreva e da polaca Lidia Chojecka. Dulce Félix poderá aqui um resultado no top-5, que teria muito interesse para as cores nacionais.

DO JOVEM RUI PINTO, AO EXPERIENTE RUI SILVA

Uma das maiores controvérsias da convocatória para este evento ocorre exactamente nos 1500 metros, onde a decisão pelo jovem Rui Pinto, ao invés do mais experiente Hélio Gomes provocou alguns desacordos. Rui Pinto, que entretanto foi ultrapassado no ranking nacional por Hélio Gomes numa prova francesa, apresenta a seu favor uma progressão na distância e uma preparação importante para o Europeu de Juniores, para o qual tem mínimos. Rui Pinto tem a décima marca da época entre os presentes, sendo de difícil execução a tentativa de um resultado melhor que essa décima marca, sem que haja qualquer situação anómala.

Nos 3000 metros Rui Silva é um dos atletas mais experientes e com mais reputação internacional, presentes na equipa portuguesa. Não sendo a distância mais corrida por Rui Silva, ficará por saber qual o seu comportamento, numa prova onde é novamente a Espanha a candidata aos 12 pontos, por intermédio de Juan Carlos Higuero e onde mais seis atletas apresentam marcas inferiores a 8 minutos. O sucesso nesta prova dependerá fundamentalmente do sentido táctico de Rui Silva, dado que terá adversários de peso para alcançar, num momento onde ainda não estará no seu melhor momento de forma.

Os 5000 metros estarão a cargo de Youssef el Kalai que terá muitos atletas na luta pelo resultado, numa luta de topo que integra Chris Thompson (Grã-Bretanha), Jesus España (Espanha) e Serhiy Lebid (Ucrânia). Não se sabe se Youssef estará à altura do acontecimento, mas não será de espantar se os seus objectivos se ficarem pelo meio da tabela classificativa.

Alberto Paulo deverá em Estocolmo tentar os mínimos para o Mundial nos 3000 metros obstáculos e será essa motivação extra que poderá levar o português a uma boa classificação individual, espera-se, dentro da primeira metade classificativa. A presença do francês Vincent Dandrieux e do espanhol Abdelaziz Merzoughi serão obstáculos difíceis de ultrapassar, mas os ucraniano Vadym Slobodenyuk (8.26,21 minutos) e o polaco Tomasz Szymkowiak (8.25,52 minutos) são atletas possíveis de ultrapassar, se forem tomadas as marcas de época, com Alberto Paulo a possuir o registo de 8.29,38 minutos.

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