Tiago Marto e Cláudia Rodrigues venceram em séniores.
Durante o fim-de-semana, no Luso, decorreu o Campeonato de Portugal de Provas Combinadas, prova onde até caiu um recorde juvenil e foram alcançados mínimos para provas internacionais.
Um bom balanço, é a principal conclusão que se pode tirar da edição deste ano do Campeonato de Portugal de Provas Combinadas, que incluiu a participação ainda dos escalões de Juvenis e Juniores. Durante dois dias o Luso acolheu estas provas, que há um ano haviam sido disputadas em Lisboa, demonstrando uma progressão da qualidade dos resultados, embora menor participação.
TIAGO MARTO E PEDRO SANTOS GARANTEM TAÇA DA EUROPA NO DECATLO
Para Tiago Marto (GA Fátima) este campeonato trouxe mais uma vitória, com menor pontuação do que há um ano e muito longe do seu recorde pessoal. Totalizou 7291 pontos, uma vitória destacada e à vontade sobre os dois oponentes da Casa do Povo de Alcanena, os irmãos Pedro e Carlos Santos. Coube a Pedro Santos também alcançar os mínimos para a Taça da Europa de Provas Combinadas, onde Portugal integrará a 2ª Liga, que se disputa na Ribeira Brava (Madeira). Os 6921 pontos constituem-se como recorde pessoal para o atleta, que vem progredindo na prova do Decatlo. Fechou o pódio, também com recorde pessoal, Carlos Santos, com 6317 pontos, numa prova onde a maioria conseguiu recorde pessoal.
Em femininos, no Heptatlo, apenas duas atletas participaram e destas a vitória acabou por pertencer a Cláudia Rodrigues (Girasol), que depois de há um ano ter sido quarta classificada com 4209 pontos, foi desta vez a vencedora com 4791 pontos, ainda assim abaixo do seu recorde pessoal. A segunda classificada foi Tânia Caires (CS Marítimo), que concluiu com 4435 pontos, numa prova que teve uma participação aquém do desejável. Nenhuma das atletas alcançou o mínimo de participação para a Taça da Europa de Provas Combinadas, que estava colocado em 5100 pontos.
PROGRESSÃO DE REMÉDIOS E A VITÓRIA DE VERA CASTRO
Em Juniores assistiu-se também a uma melhoria global dos resultados, além de uma maior participação, contrariando a tendência observada nos séniores. A vitória em masculinos voltou a pertencer a Samuel Remédios (GA Fátima), mas com um progresso interessante ao nível do seu recorde pessoal, que no Decatlo para júniores passou a ser de 6437 pontos, onde se destaca a boa participação nos 100 metros, correndo em 11,19 segundos. Completaram o pódio Henrique Marques (Girasol) com 5758 pontos e Francisco Cordeiro (Escola do Movimento) com 5548 pontos.
No Heptatlo a atleta Vera Castro (EBPGS) foi a vencedora no sector feminino, com 3921 pontos, numa luta mais renhida com destaque para as restantes atletas do pódio : Verónika Zhukova (Juv. Vidigalense) com 3886 pontos e Elisabete Silva (COD) com 3707 pontos.
RAFAELA VITORINO COM RECORDE NACIONAL EM JUVENIS
Foi o sector feminino quem mais se destacou em juvenis, com duas boas prestações. Rafaela Vitorino (Benfica) acabou por ser o grande destaque, batendo o recorde nacional do Heptatlo neste escalão, com 5011 pontos. A anterior marca pertencia a Sónia Machado desde 1993, altura em que tinha obtido 4817 pontos. O segundo lugar foi também de enorme valia, conquistado por Ana Oliveira (GA Fátima), a recordista nacional de Iniciados, que obteve 4626 pontos. Desta forma, as duas atletas conseguiram mínimos para o Mundial de Juvenis, um feito pouco habitual no atletismo nacional, em provas combinadas. Em terceiro lugar concluiu Cláudia Oliveira (GRECAS), com 3825 pontos. Houve neste sector um acréscimo de participantes relativamente a há um ano, competindo nove atletas.
Foi vencedor no sector masculino, na prova do Octatlo, Henrique Água Doce (BNSC Atletismo), que quase conseguia também o feito de obter mínimos para o Mundial de Juvenis, ficando a somente 197 pontos, num total de 5358 pontos alcançados. Foi uma vitória tangencial, já que foi seguido de muito perto por Edgar Remédios (GA Fátima) com 5322 pontos, ficando no terceiro lugar João Raposo (EBA) com 5157 pontos.
Foto : Paulo Constantino
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PArabéns, estivemos todos bem Força na Taça Rapazes **
7291+6921+6317=20529 pontos...
Peço desculpa pelo lapso, pensei que a pontuação fosse por 2 elementos **
Para levar os atletas (das provas combinadas)que se dedicam diariamente para alcançar a honra de representar Portugal neste caso no próprio país não há dinheiro!!!!!!! No entanto, para ir a Estocolmo com uma comitiva "pesada", levando basicamente os treinadores de todos ou quase todos os atletas já há dinheiro. É que não se entende. Para não falar dos não treinadores que vão para lá basicamente fazer número, fiquem em casa que o atletismo agradece.
Para quando um modelo de competições (com prémios dignos) que ajude os clubes a manter uma modalidade que não tem retorno financeiro?
everia ser este o pensamento de uma federação obsoleta e sem inovação.
é preciso que "apareça" um campeão olimpico de provas combinadas para se apoiar este sector???