Dois anos de sanção, após recurso do CSD.
Após a absolvição do caso, que ocorreu após as investigações no processo da Operação Galgo, Alemayehu Bezabeh volta a estar condenado.
O caso começou em Dezembro do ano passado, quando o espanhol vinha de um estágio na Etiópia, que serviu de preparação para o Europeu de Corta-Mato. Ao chegar a Madrid com o seu treinador, o espanhol seria detido, no momento antes de se submeter a uma autotransfusão, segundo a polícia. Acabaria por ser colocado fora da convocatória para o Europeu de Corta-Mato por parte da federação espanhola (RFEA) que abriu um inquérito a este caso.
Após semanas de especulação, o caso acabaria arquivado pela RFEA, considerando esta a ausência de provas que levassem a considerar o espanhol como condenado por doping. Esta medida levantou a controvérsia em Espanha, com muitos dos fundistas espanhóis em protesto com a decisão, que chegou a levantar processos disciplinares.
Agora é o Conselho Superior de Desporto (CSD) espanhol que apresentou e venceu parcialmente um recurso colocado. Este conselho propunha que o espanhol fosse sancionado com 4 anos de paragem e uma multa de 12 mil euros. Com as alegações do CSD, a federação espanhola considerou ter provas suficientes para sancionar Bezabeh por dois anos e 3001 euros de multa, uma pena menos agravada. Esta pena resulta da consulta dos regulamentos internacionais, avaliados por uma comissão técnica.
Segundo imprensa espanhola, não é previsível que Bezabeh apresente recurso, numa altura em que está na Etiópia, desde que foi expulso da residência de treino e ficou sem a sua bolsa desportiva. Neste momento constroi a sua casa na Etiópia e o atleta pensava regressar agora para o resto da época de Verão, onde previa a sua participação no Mundial de Ar Livre. Com este revés, resta saber quando o caso fica definitivamente encerrado, num país onde o combate ao doping tem deixado dúvidas à comunidade do desporto espanhol e internacional...
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