Pódio é possível na Taça dos 10000

Quarta, 01 Junho 2011
Pódio é possível na Taça dos 10000

Filomena Costa irá substituir Jéssica Augusto.

São dez atletas que tentarão em Oslo (Noruega) uma continuação de prestações seguras dos últimos dois anos, na Taça da Europa de 10000 metros.. 

Depois da Ribeira Brava (2009) e de Marselha (2010), em 2011 será a cidade de Oslo (Noruega), no Bisllet Stadium, a acolher a Taça da Europa de 10000 metros, que terá lugar no próximo Sábado, com Portugal a apresentar a apresentar 10 atletas. Em ambos os géneros a equipa portuguesa tem hipóteses de um pódio, semelhante aos alcançados nas duas últimas épocas. A classificação colectiva é realizada com a soma dos tempos dos três primeiros atletas da equipa.

MESMO COM AUSÊNCIA DE JÉSSICA, EQUIPA FEMININA É CANDIDATA

Este ano Portugal apresentou na convocatória inicial uma baixa anunciada, a ausência de Inês Monteiro, que foi vencedora nos dois últimos anos. Além de Inês Monteiro, estará também ausente Jéssica Augusto, que apesar de estar na convocatória inicial, estará ausente por morte recente do seu pai, além de ter estado parada cerca de três semanas, momentos em que lhe prestou assistência. A substituição de Jéssica Augusto por Filomena Costa, é justificada pela boa estreia na Maratona de Praga, onde Filomena correu em 2:33.34 horas.

De resto, a equipa é pouco experiente neste evento, onde apenas Dulce Félix (3ª em 2009) e Sara Moreira (3ª em 2010) já participaram por uma única vez, apesar de boas prestações internacionais na distância. Estas duas atletas são as melhores candidatas portugueses a um bom resultado individual, possuindo recordes pessoais semelhantes, em torno da casa dos 31.30 minutos. As adversárias de maior respeito, deverão ser Christelle Daunay (França), Helen Clitheroe (Grã-Bretanha), Krisztina Papp (Hungria) e Alemitu Bekele (Turquia). De resto a equipa portuguesa contará com as presenças de Mónica Silva e Doroteia Peixoto, além de Filomena Costa. Uma delas fechará a equipa, onde presumivelmente Félix e Moreira serão as duas primeiras chegadas da equipa nacional. Portugal tentará, assim, defender o título de há um ano, que seria mais fácil com a presença de Jéssica Augusto. Contra Portugal participarão com equipas pontuáveis, a Bielorrússia, Espanha, Itália e Turquia, onde Espanha e Itália serão as selecções mais fortes além da portuguesa.

À PROCURA DO TÍTULO COLECTIVO E, QUEM SABE, DA PRIMEIRA VITÓRIA INDIVIUAL...

A equipa masculina parte para Oslo com uma equipa potencialmente forte para atacar o título colectivo que lhe escapou há um ano, depois da conquista em 2009. Neste particular um trio português pode tentar este feito, com alguma segurança, nomeadamente Rui Pedro Silva (28.01,63 minutos), José Rocha (28.15,44 minutos) e Youssef el Kalai (28.39,60 minutos). Entre os três, qualquer um poderá tentar até uma vitória individual, sendo que Rui Pedro Silva possa até ser mais candidato, até pela sua experiência na distância e neste competição, onde competirá pela quinta ocasião. Serão os principais adversários José Martinez (Espanha), Driss el Himer e Abdellatif Meftah (França) e Andre Pollmacher (Alemanha). Falta a Portugal, na história do evento, uma vitória individual em masculinos, apesar dos 11 pódios colectivos que já alcançou. Além destes, Portugal terá ainda a presença do jovem Tiago Costa e também de Luís Pinto.

Este ano, a luta colectiva será feita entre sete equipas, onde além de Portugal estão República Checa, Espanha, França, Holanda, Noruega e Turquia. Destas, as selecções sulistas de Portugal, Espanha e França, parecem as mais candidatas ao pódio do que as restantes, embora desistências nas equipas possa provocar alterações significativas.

A HISTÓRIA DO EVENTO É MUITO MARCADA POR PORTUGAL

Este é um evento que nasceu da parceria ibérica da realização de uma competição que impulsionasse o fundo de Espanha e Portugal, que entretanto foi ampliada ao resto da Europa. Desde 1997 que Portugal e Espanha fazem deste um objectivo importante da época e Portugal tem muita da história neste evento.

A história tem até pertencido mais às atletas femininas, que aos atletas masculinos. Os quatro primeiros anos do evento tiveram vitória colectiva de Portugal, onde em 1998 ocorreu a melhor vitória individual de Portugal, com Fernanda Ribeiro a ganhar a Paula Radcliffe (Grã-Bretanha) com o tempo de 30.48,06 minutos, numa prova disputada em Lisboa e onde a terceira classificada foi Marina Bastos. Anos mais tarde, em 2003, Fernanda Ribeiro voltaria a vencer e desde aí apenas Inês Monteiro conseguiu igual feito (em 2009 e 2010). Foi em 2009 que Portugal teve o melhor trio de sempre, com a soma dos três tempos a ser de 1:34.57,17 hora, numa equipa que foi composta por Inês Monteiro (1ª com 31.34,17 minutos), Dulce Félix (3ª com 31.40,60 minutos), Ana Dias (4ª com 31.42,94 minutos), Fernanda Ribeiro (6ª com 32.20,08 minutos), Marisa Barros (8ª com 33.04,58 minutos) e Leonor Carneiro (13ª com 33.38,11 minutos). Apenas em cinco edições Portugal não esteve em qualquer pódio individual (1999, 2000, 2006, 2007 e 2008) e somente em 2007 e 2008, em que Portugal não apresentou uma equipa completa classificada, não houve ocupação de um lugar do pódio colectivo.

Em masculinos a história não apresenta tanto brilhantismo como em femininos e uma das principais falhas é Portugal nunca ter ocupado o lugar mais alto do pódio individual. Se nas duas primeiras edições somaram-se duas vitórias colectivas, nas três edições seguintes a selecção nacional ocuparia o segundo lugar, culminando num desastroso 4º lugar em 2002. Desde aí a equipa ocupou seis vezes o pódio, onde se nota uma recuperação nos dois últimos anos. A melhor equipa portuguesa participou em 1998, num momento em que o fundo nacional estava num dos seus auges. A equipa era composta por António Pinto (foi 2º com 27.15,76 minutos, a melhor marca portuguesa de sempre nesta Taça da Europa), Domingos Castro (4º com 27.40,33 minutos), Paulo Guerra (8º com 27.50,17 minutos) e José Regalo (21º com 28.35,01 minutos), numa altura em que o fundo europeu era muito mais disputado. Mas foram muitos os anos em que Portugal esteve fora do pódio individual (1999, 2000, 2002, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008 e 2010), num percurso menos certo que o efectuado pelas atletas femininas, que sempre tiveram alguma continuidade, à excepção dos anos de 2007 e 2008. O atleta que mais marcou continuidade, com 11 presenças deste evento que vai para a sua 15ª edição, foi José Ramos, que ainda em actividade tem focado a sua preparação para momentos muito específicos.

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Comentarios (2)add feed
... : A. R.
" Rui Pedro Silva (27.53,55 minutos)" O melhor tempo do Rui Pedro Silva aos 10.000 metros é 28:01'69, marca que já perdura desde o ano de 2009. Os 27:53'55 é a marca do Rui Silva alcançada no dia 2 Abril no Torneiro Ibérico de 10.000.
Junho 03, 2011
Corrigido! : Edgar Barreira
Aqui fomos completamente enganados pela start-list! Ainda assim fui verificar, é 28.01,63 e não 28.01,69. Obrigado pelo alerta! Está corrigido!
Junho 03, 2011
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