Stanislav Emelyanov é estrela da competição.
Os 20 Km marcha masculinos poderão ser uma das provas principais da competição, com atletas de nível elevado, entre eles o campeão europeu.
Novamente a Rússia apresenta uma equipa jovem e fortíssima, com os quatro atletas com tempos abaixo da 1:20 hora, o que torna esta equipa uma clara candidata às principais medalhas colectivas. O melhor atleta russo convocado para esta Taça da Europa é Sergey Morozov (1:16.43 hora), não esquecendo os restantes : Vladimir Kanaykin (1:17.16 hora), Andrey Krikov (1:19.06 hora) e Stanislav Emelyanov (1:19.33 hora). De referir que esta é uma das equipas mais jovens presentes em Olhão, com idades inferiores a 25 anos. O elemento com maior historial acaba mesmo por ser Emelyanov, campeão europeu e mundial de juniores e campeão europeu na distância em Barcelona.
Também a Polónia naturalmente é candidata à vitória, tentando melhorar o terceiro lugar colectivo de há dois anos. Grzegorz Sudol (1:20.50 hora) e Rafal Sikora (1:21.04 hora) são os dois atletas mais credenciados da equipa e com boas marcas nos últimos dois anos, abaixo da 1:22 hora. O veterano Sudol é mesmo um dos candidatos à medalha individual, embora tenha uma vasta gama de adversários.
A Ucrânia tem uma equipa muito estável na 1:21 hora, com três atletas candidatos a marcas desse calibre. Ruslan Dmytrenko (1:21.21 hora), Nazar Kovalenko (1:21.34 hora) e Andriy Kovenko (1:21.44 hora) são os mais credenciados desta equipa que pode tentar o top-5 da classificação colectiva final.
Vitoriosa em 2009, a equipa italiana recorre-se fundamentalmente de dois atletas com cartas dadas em competições internacionais. Giorgio Rubino (1:19.37 hora) vem a Olhão defender a vitória de 2009, sendo que teve boas participações no último Mundial (4º) e Europeu (5º). É por isso um atleta a temer, tal como Mateo Giupponi (1:22.36 hora), bronze no último europeu de sub-23.
Outras equipas com possibilidades pela luta pelas medalhas são Espanha, que tem apesar de tudo uma equipa muito heterogénea, mas também um atleta histórico, Francisco Javier Fernandez (1:17.22 hora). França apresenta este ano uma equipa em que o melhor presente é Bertrand Moulinet (1:21.50 hora), longe dos seus melhores tempos. A Irlanda, apesar da presença de Robert Heffernan (1:19.22 hora), tem apenas três presentes, com os restantes dois atletas com pouca possibilidade de bom resultado individual.
Individualmente destaques para os juniores que subiram a sénior. O espanhol Miguel Ángel Lopes foi 2º júnior na edição de 2007 desta competição, enquanto que o finlandês Velli-Mati Partanen foi 3º júnior na edição de 2009.
JOÃO VIEIRA, À PROCURA DA MEDALHA QUE NUNCA ALCANÇOU…
Portugal apresenta nesta competição apenas três atletas, jogando no limite para tentar uma boa classificação colectiva, já que bastará que um dos atletas desista para que a equipa não conte. Pelo historial mais recente, João Vieira, totalista na Taça da Europa de Marcha, é obviamente o melhor colocado para um bom resultado individual. A sua melhor classificação ocorreu em 2003, em Cheboksary (Rússia), onde alcançou o 4º lugar. Depois dos dois bronzes em Europeus (Gotemburgo e Barcelona), a moral do atleta português deverá ser maior, ele que tem como recorde pessoal de 1:20.09 hora. Não muito longe no recorde pessoal está o seu irmão, Sérgio Vieira (1:20.58 hora), mas este sem uma regularidade nos últimos anos, pelo que o seu resultado pode ser uma surpresa. Ganhou espaço novamente nesta selecção Pedro Isidro, atleta com deficiência intelectual que tem progredido e que chega a Olhão com o registo de 1:25.22 hora, apesar de ainda não se ter chegado perto da marca nesta época.
As possibilidades de Portugal chegar às medalhas ou até ao top-5 são, assim, reduzidas face ao poderio de outras selecções que se encontram em Portugal, não só a defender a sua posição nesta Taça da Europa, mas também com alguns dos atletas a tentarem agarrar o seu lugar para o Mundial de Ar Livre deste ano.
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