Uma dezena com capacidade para menos de 4 horas.
Nos 50 Km Marcha, em Olhão, poderá esperar-se uma boa prova, com o campeão de 2009 e o 2º de 2007.
Rússia voltará, com toda a certeza, a ser favorita à vitória colectiva dos 50 Km Marcha, onde os nomes de Denis Nizhegorodov (vencedor da prova em 2009) e Igor Yerokhin parecem ser os mais fortes desta equipa. Mas esta poderá também ser uma prova para ser disputada pela Polónia, equipa que apresenta os seus três atletas abaixo das 4 horas, dois deles com potencial para baixar das 3:50 horas, nomeadamente Rafal Augustyn (3:46.56 horas) e Artur Brzozowski. O facto de marchar no limite dos elementos para pontuar, poderá ser condicionante para esta equipa que nas últimas edições não figurou no top-5 colectivo do evento.
Também os italianos poderão ter algo a dizer, principalmente individualmente, com presença de Marco de Luca (3:46.31 horas). Colectivamente a Itália deverá, em condições normais, tentar o pódio colectivo, esperando-se pela estreia de Jean-Jacques Nkouloukidi, mais habituado a provas de 20 Km. A grande ausência desta equipa é mesmo Alex Schwazer, certamente por preparação do Mundial de Ar Livre.
De resto selecções como Bielorrússia, que tem como melhor Ivan Trotski (3:50.04 horas), Espanha, embora com todos os atletas acima das 4 horas e Ucrânia, dois atletas abaixo das 4 horas, com Oleksiy Kazanin (3:50.30 horas) como melhor elemento, podem também discutir lugares colectivos.
Individualmente o destaque ainda para as presenças dos gémeos sérvios Nenad Filipovic (3:59.17 horas) e Predrag Filipovic (3:57.22 horas), do jovem alemão Christopher Linke (3:53.24 horas), do no norueguês ,segundo classificado em 2007, de seu nome Trond Nymark (3:41.16 horas), do irlandês Colin Griffin (3:51.32 horas) e do sueco Andreas Gustafsson (3:57.53 horas).
ANTÓNIO PEREIRA LIDERA PORTUGAL QUE ALMEJA O PÓDIO
O melhor português entre a equipa portuguesa de 50 Km Marcha é António Pereira, que depois do desaire de Barcelona, encontra-se a recuperar psicologicamente para tentar uma boa presença no Mundial de Ar Livre. É ele o dono do recorde nacional da distância, com 3:48.12 horas e o que parece mais capaz de alcançar um bom resultado, se não for fustigado pelas habituais faltas, que o desclassificaram já este ano em Dundice (Eslováquia).
De resto a equipa é sensivelmente a mesma que competiu por Portugal em 2007, quando Portugal alcançou o 4º lugar, a mesma classificação de há dois anos. A melhor prestação colectiva nacional ocorreu em 2003, quando o conjunto de portugueses obteve o 3º lugar, estando na equipa deste ano, dois desses elementos, Jorge Costa e Pedro Martins. Ambos os atletas deverão competir já em final de carreira, um facto já assumido por Jorge Costa que se despedirá na região onde vive. Pedro Martins deverá tentar contrariar alguma desistência e qualquer um dos dois será fundamental para o fecho da equipa, na tentativa de uma medalha colectiva. O espírito combativo de Augusto Cardoso poderá ser igualmente relevante para a equipa e se os recordes pessoais dos portugueses poderão ser interessantes, será difícil que marchem nesses ritmos em Olhão.
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