Youssef el Kalai desistiu.
Na última prova deste Mundial de Corta-Mato os portugueses cumpriram com três atletas dentro do top-50. Colectivamente Portugal concluiu em 9º lugar.
A prova masculina era muito aguardada, pelo embate entre os grandes favoritos que deixavam a corrida suficientemente aberta para uma discussão final alargada. Depois de muitas voltas corridas em pelotão a disputa final trouxe algum interesse extra à prova, onde apenas um etíope (Imana Marga) lutava contra três quenianos (Paul Tanui, Vincent Chepkok e Mathew Kisorio). Quem acabou por se dar melhor foi Imana Marga, uma vitória individual importante para Etiópia, já que em todas as outras provas a vitória individual tinha ido para o Quénia. O melhor europeu em competição foi o espanhol Ayad Lamdassem (Espanha), que chegou a aventurar-se na frente do pelotão a meio da corrida.
Para a selecção nacional portuguesa, o importante seria a conquista de um bom lugar colectivo, tentando apagar a imagem de há um ano, quando os atletas portugueses não foram além do 13º lugar. Na primeira volta parecia ser Youssef el Kalai o homem que Portugal precisava para o alcance da boa classificação colectiva, mas a sua queda na classificação e consequente abandono acabaram por submeter a restante equipa a um esforço adicional. José Rocha tentou assumir esse papel, arriscando numa melhor classificação, mas ao longo da corrida quem viria a ser o melhor português era Nuno Costa. O jovem que esteve sempre estável dentro do top-50, foi subindo na classificação e à quinta volta já estava com José Rocha no 33º lugar, acabando no final em 34º lugar, com Rocha a cair para a 41ª posição.
“Estou muito satisfeito com a minha prova, foi o meu segundo mundial e hoje ao contrário da primeira vez sai-me muito bem. Se houvesse mais dois quilómetros ainda chegava uns lugares mais à frente”, disse Nuno Costa no final, visivelmente feliz pela sua prestação. Já José Rocha confessou algum exagero, embora contente pela classificação final: “Penso que exagerei um pouco no inicio. Tinha os espanhóis como referência mas na última volta já estava sem forças e este calor não ajudou nada. Mas estou muito contente, o meu objectivo era ficar entre os 50 primeiros e assim o fiz”.
Quanto aos restantes portugueses, uns melhores que outros, conseguiram garantir o 9º lugar, com 189 pontos, menos 10 que os Estados Unidos da América, que ficaram atrás de Portugal. Manuel Damião (48º), Marco Morgado (66º) e Licínio Pimentel (67º) ajudaram a suprir a desistência de Kalai. A vitória colectiva foi para o Quénia (14 pontos), seguido da Etiópia (38 pontos) e do Uganda (49 pontos). A melhor selecção europeia foi a Espanha, no 8º lugar, mas com Portugal a ficar distante desta, a 39 pontos.
RESULTADOS:
1. Imana Marga (Etiópia) – 33.50
2. Paul Tanui (Quénia) – 33.52
3. Vincent Chepkok (Quénia) – 33.53
4. Mathew Kisorio (Quénia) – 33.55
5. Geoffrey Mutai (Quénia) – 34.03
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34. Nuno Costa (Portugal) – 35.54
41. José Rocha (Portugal) – 36.05
48. Manuel Damião (Portugal) – 36.17
66. Marco Morgado (Portugal) – 36.48
67. Licínio Pimentel (Portugal) – 36.50
Youssef el Kalai (Portugal) - desistente
Enviados Especiais : André Araújo e Bruno Araújo (foto)
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O José Rocha já mostrou que o pior já passou, depois de algumas prestações para esquecer no fim da ultima epoca/inicio desta... mostrou que está aí para as curvas... e rectas.
Parabéns a todos, Portugal ficou orgulhoso de todos os PORTUGUESES presentes que concluíram a prova.