Portuguesa conquista 11ª medalha.
A surpresa foi positiva e Naide Gomes foi pioneira nas medalhas portuguesas neste Europeu de Pista Coberta. Revolta foi ajuda da medalha…
A final do salto em comprimento foi a primeira da tarde de competições e Naide Gomes foi imperial na sua actuação. Abriu com 6.67 metros, marca que viria só a ser ultrapassada pelas duas russas (Darya Klishina e Yuliya Pidluzhnaya) presentes no quarto ensaio. No entanto a portuguesa fez no seu quarto ensaio o melhor resultado, de 6.79 metros, resposta exímia às suas adversárias. Ao quinto ensaio Darya Klishina obteve o seu melhor salto, de 6.80 metros, com Naide Gomes a não conseguir responder da melhor forma.
Depois de uma qualificação difícil, onde terminou no 8º lugar, Naide Gomes teve uma final brilhante, que segundo a mesma responde a um conjunto de notícias que saíram no dia de ontem em alguns órgãos de Comunicação Social. Isso terá dado força a uma grande prova da portuguesa, que fez quatro saltos válidos, quatro acima dos 6.60 metros e dois acima dos 6.70 metros. Mas para saltar bem, Naide Gomes teve de esquecer as dores que restavam após a aplicação de um analgésico pelo departamento médico português, permitindo saltar sem ligadura, que ontem quase custava a Naide Gomes a não qualificação para esta final.
“Sei que podia chegar lá”, começou por dizer Naide Gomes, que tinha uma réstia de esperança de alcançar uma medalha e aí o melhor conselho do seu treinador, Abreu Matos, foi a chave do sucesso. Naide chegou a ponderar não vir, tendo decidido estar presente após a opinião positiva de Abreu Matos, que novamente acreditou na capacidade da atleta : “ele sabe das minhas condições. Estou realmente a treinar bem”. Mas à pergunta do que representa esta medalha, Naide não tem dúvidas : “representa realmente que sou uma lutadoura”.
Naide Gomes irá agora descansar e tratar das suas dores, aterrando amanhã em Lisboa, mas partindo no dia seguinte para Londres, para visitar a sua irmã, durante uma semana que será de regeneração. Daegu, onde decorrerá o Mundial de Ar Livre, deverá ser a sua próxima “estação” no currículo de grandes competições e, quem sabe, a luta pela 12ª medalha internacional da sua carreira, numa competição onde lhe falta essa medalha. Neste momento, Naide Gomes conta no currículo com quatro medalhas nos Mundiais de pista coberta (Ouros em 2004 e 2008, Prata em 2010 e Bronze em 2006), duas medalhas em Europeus de pista coberta (Prata em 2006 e 2010), quatro medalhas em Europeus de pista coberta (Ouro em 2005 e 2007 e Prata em 2002 e 2011) e uma medalha nas Universíadas (Prata em 2005).
Ficou a faltar o hino nacional nesta competição, onde Naide Gomes fez pela medalha e deu uma forte alegria aos portugueses.
RESULTADOS:
1. Darya Klishina (Rússia) – 6.80
2. Naide Gomes (Portugal) – 6.79
3. Yuliya Pidluzhnaya (Rússia) – 6.75
Enviados Especiais : Edgar Barreira (texto), Filipe Oliveira (foto), Marcelo Silva e Telmo Rocha
|