Carimbo para Paris ficou a 1 centésimo.
Em Lievin o português alcançou a final com mérito, mas acabou por não confirmar os mínimos perante os atletas mais rápidos do meeting.
A Arnaldo Abrantes apenas faltou a estrelinha da sorte, num meeting onde até estava o campeão europeu de 100 e 200 metros, o francês Cristophe Lemaitre. Na eliminatória o português foi terceiro classificado, com o tempo de 6,71 segundos, marca que fica a um centésimo dos mínimos nacionais para Paris e que já foi atingida por Francis Obikwelu, embora tangencialmente (6,69). Lemaitre não foi muito melhor, dado que correu a distância em 6,68 segundos, a menos de um mês do Europeu de Pista Coberta.
Na final Arnaldo até competiu com os melhores, mas como a maioria nesta final, os tempos pioraram e o português acabou em 6,73 segundos, ainda assim uma marca de maior valia que as anteriores que alcançou nesta época. A tarefa de Arnaldo Abrantes é agora mais espinhosa, dado que para alcançar mínimos terá de tentar outro meeting de bom nível, ou jogar todas as cartas no Campeonato de Portugal de Pista Coberta, a última oportunidade. Pelo meio existirá uma Prova de Preparação na Nave do Jamor, o meeting de Pombal e o Nacional Universitário, momentos em que pode tentar correr contra o relógio, ou esperar por um duelo com Francis Obikwelu.
Este meeting teve ainda alguns momentos de interesse, como a prova de 800 metros, rápida e com uma vitória esclarecedora do queniano Richard Kiplagat (1.46,99 minuto), mas ainda mais esclarecedora foi a marca do etíope Mohammed Geleto, que com apenas 17 anos correu em 1.48,12 minuto, impondo-se sobre o sudanês Ismail Ismail. Nos 1500 metros, foi o queniano Nixon Chepseba (3.34,98 minutos) a obter a melhor marca mundial do ano. Nos 60 metros barreiras masculinos, um espectacular despique entre Dayron Robles (Cuba) e Jeff Porter (EUA), deu na mesma marca de 7,57 segundos e o primeiro lugar para ambos. Em grande forma parece estar o francês Renaud Lavillenie, que alcançou bons 5.90 metros no salto com vara, tal como o seu compatriota Teddy Tamho, no triplo salto, voltou a voar, com impressionantes 17.64 metros. Em femininos, nos 60 metros barreiras, Kellie Wells (EUA), correu para melhor da época em todo o mundo (7,85 segundos).
ISINBAYEVA COM REGRESSO PROMISSOR
No passado dia 6 de Fevereiro, em Moscovo, Yelena Isinbayeva, a recordista mundial de salto com vara regressou bem e logo com promissores 4.81 metros. A varista russa admitiu estar num momento de forma inferior ao que tinha, além de uma motivação diferente, mas o resultado foi um bom teste para atacar próximos objectivos e deixar as suas adversárias em sentido.
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