Atletismo com sete nomeados para Laureus

Terça, 11 Janeiro 2011
Atletismo com sete nomeados para Laureus

Conseguirá o atletismo manter o protagonismo?.

Os Laureus são o mais importante prémio internacional, para o desporto mundial, onde a luta costuma ser renhida. Para este ano são sete os nomeados. 

Os Laureus deste ano não têm Usain Bolt, vencedor masculino das últimas edições, como nomeado, face a uma época apagada do jamaicano. Por outro lado, para melhor atleta masculino do ano, o Atletismo não apresenta qualquer nomeado, estando nomeados o norte-americano Kobe Bryant (Basquetebol), os espanhóis Andres Iniesta (Futebol) e Rafael Nadal (Ténis), o argentino Lionel Messi (Futebol) , o filipino Manny Pacquiao (Boxe) e o alemão Sebastian Vettel (Fórmula 1).

Tendência diferente ocorre para melhor atleta feminina do ano, onde o atletismo possui duas nomeadas : Blanka Vlasic (Croácia) e Jessica Ennis (Grã-Bretanha). Para Vlasic, saltadora em altura, a nomeação acaba por ser mais que justa, após se ter sagrado campeã mundial em pista coberta e campeã europeia ao Ar Livre, tendo estado ainda em destaque na Liga Diamante e na Final Mundial. Foram alguuns destes motivos que levaram que a IAAF a promovesse como a melhor atleta mundial do ano. Já Jessica Ennis mostrou que o Heptatlo tem uma nova referência, após Carolina Kluft e tal como Blanka Vlasic, sagrou-se campeã mundial em pista coberta e campeã europeia de Ar Livre. As atletas terão de enfrentar nomes fortes do desporto mundial, como a belga Kim Clijsters (Ténis), as norte-americanas Lindsey Vonn (Ski alpino) e Serena Williams (Ténis) e a dinamarquesa Caroline Wozniacki (Ténis).

De resto, o atletismo apresenta outros nomes, para outras categorias dos Laureus. Casos de Carolina Kluft (Suécia), Tyson Gay (EUA) e Marlene Ottey (Eslovénia), para o prémio de melhor regresso do ano. Kluft foi aqui considerada por ter alcançado a final europeia no salto em comprimento, após fractura de esforço. Gay por alcançar a melhor marca mundial do ano no hectómetro, tendo sido o responsável pela derrota de Usain Bolt. Ottey por se ter tornado na atleta com mais idade a participar em Europeus de Ar Livre, aos 50 anos (!). Noutra categoria, de novidade do ano, aparecem os nomes de Christophe Lemaitre (França), pelos três títulos no Europeu de Ar Livre (100, 200 e 4x100 metros), tendo sido o primeiro caucasiano abaixo dos 10 segundos aos 100 metros. Também aparece nomeado o atleta Teddy Tamgho (França), pelo recorde mundial, em pista coberta, no triplo salto, além do desempenho exímio na Liga Diamante.

Apesar destes prémios nem sempre apresentarem os nomeados mais justos, muitas vezes uma decisão quase de carisma, os Laureus são sempre uma referência. Os vencedores serão conhecidos a 7 de Fevereiro, em Abu Dhabi. Este ano o desporto em maior evidência acaba por ser o Ténis, conseguirá o atletismo sobrepor-se a este favoritismo?

ATLETISMO TEM FEITO HISTÓRIA NOS LAUREUS

O Atletismo tem, aos poucos, assumido um pouco da história destes Laureus que desde o ano de 2000 coroam os melhores atletas mundiais, embora a Fundação Laureus seja muito mais que estes prémios, já que tem contribuído para causas. Edwin Moses, antigo e destacado barreirista norte-americano, teve já um papel fulcral nesta Fundação.

No ano de 2000, o atletismo conquistou o prémio para melhor desportista feminina, por intermédio de Marion Jones (EUA). A atleta entretanto acabou suspensa, por caso de doping, embora a Fundação ainda não tenha substituído o nome da norte-americana na lista oficial. Nessa edição, para o prémio de desportista com deficiência, venceu Louise Sauvage (Austrália), pelas suas prestações em cadeiras de rodas.

Em 2001, o protagonismo do atletismo ficou restrito ao prémio carreira, conquistado pelo queniano Kip Keino, pelo trabalho desenvolvido no Comité Olímpico Queniano. Keino foi atleta de prestígio, com duas medalhas de Ouro e duas de Prata em Jogos Olímpicos (Mexico 68 e Munique 72).

Em 2002 e 2003, o atletismo não recebeu qualquer distinção Laureus, um jejum que acabaria por se quebrado em 2004, através do desporto para deficientes, com o atleta Earle Connor (Canadá), embora o atleta acabasse, também ele, suspenso por doping.

Em 2005 voltou o protagonismo do atletismo, com três prémios. O mais importante deles todos, o de melhor desportista, neste caso feminina, coube a Kelly Holmes (Grã-Bretanha) pelas duas medalhas de Ouro obtidas nos Jogos Olímpicos de 2004 (1500 e 3000 metros). Liu Xiang (China) foi distinguido pelo prémio de novidade do ano, numa altura em que o barreirista era destaque na especialidade de 110 metros barreiras. Novamente com um atleta canadiano, o atletismo acabaria por arrecadar também prémio para melhor desportista com deficiência, multi-medalhado em jogos paralímpicos, em especialidades que vão dos 100 aos 1500 metros. Em 2006, voltou a não haver qualquer prémio para o atletismo.

Em 2007 era o ano de Yelena Isinbayeva (Rússia), pela estrondosa participação no salto com vara ao longo da época que culminou em 2006, tendo-se realçado as suas prestações a 4.80 metros, que chegaram aos 4.91 metros em pista coberta.

Em 2008, Paula Radcliffe (Grã-Bretanha) foi coroada pelo sucesso da sua participação na Maratona de Nova Iorque de 2007, após ter optado por uma pausa na carreira para ser mãe. Esta imagem correu mundo e a recordista mundial da Maratona acabou com o prémio de Regresso do Ano. Também em 2008 era coroada a carreira de Sergey Bubka (Ucrânia), prestigiado saltador com vara, que ainda hoje conserva o seu recorde mundial. Bubka ia ascendendo na carreira do dirigismo desportivo, que faz dele uma das figuras da IAAF, nos dias de hoje.

Em 2009 o atletismo acabaria por atingir o auge nestes prémios Laureus, pela dupla vitória nos prémios principais, de desportista do ano. Assim, em masculinos, Usain Bolt (Jamaica) colhia os frutos de uma presença nos Jogos Olímpicos de Pequim ao mais alto nível, com a conquista de três recordes mundiais (100, 200 e 4x100 metros). Yelena Isinbayeva (Rússia) voltava a conquistar em femininos, depois de em 2008 ter conquistado o título mundial em pista coberta e o Ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, acabando a época com o seu 24º recorde mundial.

Em 2010, Usain Bolt (Jamaica) sagrou-se o segundo atleta da modalidade a obter a segunda vitória nos prémios Laureus, para melhor desportista do ano, desta feita pelo triplo Ouro nos Mundiais de Atletismo de 2009, onde saiu novamente como grande figura da competição. Mas também na categoria do prémio carreira o atletismo saiu a ganhar, com a distinção da marroquina Nawal el Moutawakel, que chegou a ser Ouro em Jogos Olímpicos, nos 400 metros barreiras (Los Angeles 84) e que fez carreira de dirigismo na IAAF e é actualmente membro do Comité Olímpico Internacional.

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Comentarios (1)add feed
. : .
Quem merecia o prémio carreira este ano era o Serhiy Lebid, com 35 anos voltou a ganhar e já quase não lhe cabem na mão o nº de vitórias em Europeus de Corta-Mato (9). Sendo que participou EM TODAS AS EDIÇÕES (17!!!)
Janeiro 14, 2011
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