Fundistas continuam a agitar transferências.
Com a Taça dos Clubes Campeões Europeus, de estrada, à porta, Conforlimpa, Maratona e SC Braga movimentam-se para garantirem as suas equipas.
Inês Monteiro, que regressará ao Maratona Clube de Portugal e Luís Feiteira, que saiu do Maratona Clube de Portugal, para ingressar na Garmin, são as mais recentes confirmações no mercado das transferências.
Rafael Marques, director técnico do Maratona Clube de Portugal esclareceu algumas das situações de transferência relativas ao seu clube. No caso de Inês Monteiro, foi um regresso depois de uma zanga acontecida no mercado de transferências no ano passado, quando a atleta queria participar na Meia-Maratona de Ovar, não participando na Meia-Maratona de Portugal. A zanga foi até resolvida a meio desta época e Inês Monteiro, uma das principais fundistas nacionais, reforçará assim a equipa feminina. No grupo masculino, as saídas de Hermano Ferreira, que “decidiu sair”, naquela que para Rafael Marques foi uma saída normal, porque “no Maratona Clube de Portugal não queremos atletas descontentes.”. Já o caso de Luís Feiteira foi mais pacífico, porque o Maratona Clube de Portugal não conseguiu assumir uma verba semelhante à que o atleta receberá para participar na Maratona Dong-A Ilbo Gyeonhju, a 17 de Outubro, a mesma data em que se disputa a Taça dos Clubes Campeões Europeus de Estrada, em Torres Vedras. Assim o atleta optou por uma carreira mais virada para as provas comerciais e a selecção nacional, associando-se a uma equipa mais modesta, a Garmin, por quem fará algumas das provas nacionais, mas sem tantos compromissos. Estarão também de saída do Maratona Clube de Portugal, Marco Morgado e Ricardo Dias, atletas que haviam sido contratados há um ano.
FÉLIX, AUGUSTO, RIBAS, MBENGANI AINDA NÃO ESTÃO DEFINIDOS
Muitas são ainda as dúvidas ao nível dos fundistas. Dulce Félix (SC Braga) ainda “não assinou, mas está encaminhada”, disse Rafael Marques ao Atleta-Digital. Esta é uma versão confirmada pelo seu representante, que garante que deverá haver decisão oficial dentro de dias, até porque o SC Braga apresentou uma contra-proposta pela atleta. Amiga pessoal de Dulce Félix, Jéssica Augusto já não parece tão inclinada para regressar ao Maratona Clube de Portugal e é muito provável que continue a representar a Nike International, apesar de existirem propostas de diferentes clubes portugueses, entre eles também o FC Porto, que procura uma equipa feminina quase toda renovada, para se fazer representar na Taça dos Clubes Campeões Europeus de pista.
Com Ricardo Ribas, dispensado pelo Conforlimpa e eventualmente com o interesse de Eduardo Mbengani em trocar a equipa das limpezas, pelo Maratona Clube de Portugal, estão a decorrer neste momento diversos contactos com o sentido de reforçar as duas principais equipas de fundistas em Portugal, até porque o Maratona Clube de Portugal precisa de se reforçar para tentar melhorar em relação a esta época, onde a equipa masculina foi quase sempre mais fraca que a da Conforlimpa. Ainda assim, admite Rafael Marques, “gostávamos de ter uma equipa mais forte, mas lutaremos com o que temos”. Para já os objectivos do Maratona Clube de Portugal são claros: “esperamos revalidar o título na Taça dos Clubes Campeões Europeus de Estrada”.
FC PORTO AGITA MERCADO NA PISTA
Além do interesse em Jéssica Augusto e Patrícia Mamona, o FC Porto é quem mais está a proporcionar a agitação entre atletas da pista, fundamentalmente no sector feminino, onde terá de construir uma equipa para em Maio de 2011 estar na Taça dos Clubes Campeões Europeus, na pista. A tarefa ficou mais difícil com a mudança das regras de participação de atletas estrangeiras em campeonatos nacionais de equipas, exigindo que não tenham competido pelas selecções nacionais recentemente e tenham efectuado um conjunto alargado de provas em Portugal, exceptuando casos em que as atletas residam em solo português há dois anos ou mais.
Por isso muitas das atletas femininas portuguesas andam a ser sondadas no sentido de representarem o FC Porto na próxima época, além de eventualmente poder haver a tentativa de provar que alguma das estrangeiras que representaram esta época o FC Porto residem em Portugal, como chegou a admitir o Eng. Fernando Oliveira, responsável pelo atletismo portista.
Sporting e Benfica não deverão entrar em grandes contratações durante o período de transferências, sendo de prever que isso deva ocorrer mais ao nível do escalão de juniores e sub-23, que no escalão de séniores.
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O atletismo portuguê precisa e agradece.
O FCPorto está a fazer isso porque não tem outra hipótese e não porque quer apostar em atletas nacionais.Ou esqueceu o que sucedeu esta época no Nacional de Clubes?!9 estrangeiras!?
Precisamente à custa de terem ganho com essas estrangeiras (contratadas especialmente para a prova) é que agora se vêem em apuros,já que ficaram apurados para o Campeonato da Europa por Equipas,mas essa competição exige que a grande maioria dos atletas apresentados sejam efectivamente nacionais (ou com residência em Portugal,ou ainda que efectivamente compitam aqui).Ora como o inteligentíssimo Engenheiro talvez se tenha esquecido desse pequeno pormenor,o Porto agora arrisca-se a : ou apresenta uma equipa muito forte para conseguir permanecer na 1ª divisão (digámos,com um nivel semelhante á do Sporting...);ou apresenta uma equipa fraca para não não serem automaticamente desclassificados (isto é,a que porventura já terão...),sendo que neste segundo caso,descem de divisão,o que para além de ser um prejuízo para o clube é um prejuízo para o País.
Fez-la muito bonita...
Por isso este desespero em conseguir boas atletas,para ver se não dá cabo de tudo (o que a meu ver vai ser bem bem complicado).Mas não há crise,pode ser que o Sporting "alugue" a sua equipa feminina a peso de OURO para o Porto não passar a vergonha a que se deixou levar apenas para poder dizer que "tinha uma equipa feminina melhor que a do Sporting".Enfim...há Engenheiros e há Engenheiros.