Norte-americanos superiorizaram-se.
A edição inaugural não teve recordes mundiais, mas teve alguns dos melhores atletas mundiais do ano, num ano em que muitos estiveram em nítida regeneração, para preparar Mundial do próximo ano.
Foram 14 os meetings que pertenceram este ano ao calendário da Liga Diamante e 14 as nações que tiveram atletas com direito aos tão apetecíveis diamantes, que se destinarão aos vencedores de cada especialidade considerada nesta competição. Este novo evento, promovido este ano pela IAAF, visitou a Ásia em duas ocasiões, as mesmas que visitou o continente norte-americano, com as restantes 10 provas a realizarem no Velho Continente, o que não deixa de ser irónico, já que o domínio foi norte-americano.
Os Estados Unidos da América foi o país com mais vitórias alcançadas na classificação final da Liga Diamante com 11 vitórias (duas delas obtidas por uma só atleta, Allyson Felix nos 200 e 400 metros), seguido de Quénia (7 vitórias) e de dois países com duas vitórias cada (Bielorrúsia e França). Se a análise for alargada para cada continente, o continente norte-americano dominou com 12 vitórias no total (11 dos Estados Unidos da América e uma do Canadá), com Europa e África a obterem 8 vitórias cada.
Entre derrotados, se é que essa é uma análise totalmente justa, está a Jamaica, que depois de ter dominado a velocidade nos Jogos Olímpicos de Pequim e nos Mundiais de Ar Livre, em Berlim, só obtiveram uma vitória nesta competição, numa prova que nem é de velocidade, nos 400 metros barreiras, com a atleta Kaliese Spencer. Algumas lesões explicarão esse declínio, mas não será alheio o avanço que os atletas norte-americanos tiveram, depois do caso BALCO, arrecadando todas as vitórias possíveis. E entre estes atletas há que referir Tyson Gay, que teve mérito de triunfar sobre os jamaicanos mais poderosos, o actual recordista mundial e o anterior recordista, Usain Bolt e Asafa Powel, este último chegou a liderar esta competição.
Outro dos barómetros que sai desta competição refere-se exactamente à Taça Intercontinental, onde a América toda reunida poderá ser uma anunciada vencedora, não só por algumas das primeiras linhas que venceram a Liga Diamante, mas também porque possuem fortes argumentos além destes atletas, que estiveram muito fortes ao longo da época. Não fosse África ter pouca expressão ao nível das disciplinas técnicas e a Europa poderia até debater-se com dificuldades com os africanos, que há muito dominam o fundo longo e começam a atacar especialidades como os 800 metros.
A dúvida que fica será mesmo relativamente à próxima época, com todos os atletas a trabalharem para o objectivo máximo, o Mundial de Ar Livre, onde se poderá perceber melhor quais dos rostos desta Liga Diamante que mais brilharão na Coreia, sendo certo que dificilmente a Liga Diamante terá tantas participações dos melhores atletas como este ano, porque muitos irão concerteza poupar-se para Agosto. Por outro lado, as possibilidades de recorde mundial são mais elevadas.
A lista de vencedores pode ser vista abaixo:
Masculinos:
100 m – Tyson Gay (EUA)
200 m – Wallace Spearmon (EUA)
400 m – Jeremy Wariner (EUA)
800 m – David Rudisha (Quénia)
1500 m – Asbel Kiprop (Quénia)
5000 m – Imane Merga (Etiópia)
3000 m Obstáculos – Paul Koech (Quénia)
110 m Barreiras – David Oliver (EUA)
400 m Barreiras – Bershawn Jackson (EUA)
Altura – Ivan Ukhov (Rússia)
Vara – Renaud Lavillenie (França)
Comprimento – Dwight Philips (EUA)
Triplo – Teddy Tamgho (França)
Peso – Christian Cantwell (EUA)
Disco – Piotr Malachowski (Polónia)
Dardo – Andreas Thorkildsen (Noruega)
Femininos:
100 m – Carmelita Jeter (EUA)
200 m – Allyson Felix (EUA)
400 m – Allyson Felix (EUA)
800 m – Janeth Jepkosgei (Quénia)
1500 m – Nancy Lagat (Quénia)
5000 m – Vivian Cheruiyot (Quénia)
3000 m Obstáculos – Cheiywa Chemos (Quénia)
100 m barreiras – Priscilla Lopes-Schliep (Canadá)
400 m barreiras – Kaliese Spencer (Jamaica)
Altura – Blanka Vlasic (Croácia)
Vara – Fabiana Murer (Brasil)
Comprimento – Brittney Reese (EUA)
Triplo – Yargelis Savigne (Cuba)
Peso – Nadzeya Ostapchuk (Bielorrúsia)
Disco – Yarelis Barrios (Cuba)
Dardo – Barbora Spotáková (Rep. Checa)
Cada premiado, além dos 10 mil dólares que venceu em cada meeting ganho, levará para casa 40 mil euros, além de um diamante, criado por Beyer, um dos mais respeitados joelheiros em todo o mundo.
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