Queniano foi a figura do meeting de Rieti.
Em Itália, disputou-se um dos meetings que têm vindo a marcar posição e que voltou a dar um recorde do Mundo, o de David Rudisha, nos 800 metros.
Depois de no passado dia 22 de Agosto, David Rudisha (Quénia) ter terminado com um recorde que durava há 13 anos, com o tempo de 1.41,09 minuto, hoje Rudisha, que havia prometido tentar baixar de novo esse recorde, fê-lo. Os 800 metros foram hoje corridos num tempo canhão de 1.41,01 minuto, retirando oito centésimos ao anterior recorde e quase que se tornava no primeiro homem a baixar do 1.41 minuto nos 800 metros. Ganhou assim o Meeting de Rieti com supremacia, o mesmo meeting que deu um outro recorde do mundo em 2007, na altura com Asafa Powell a obter 9,74 segundos aos 100 metros.
Mas outro recorde importante foi obtido neste meeting, através de Bernard Lagat (EUA), que nos 3000 metros revirou o recorde norte-americano da distância, que já tinha 12 anos e pertencia a Bob Kenedy (7.30,84). A marca obtida hoje por Lagat foi de 7.29,00 minutos, que lhe permitiu ficar em segundo lugar, numa prova onde o etíope Tariku Bekele fez a melhor marca mundial do ano, com 7.28,70 minutos.
Outra grande prova foi a dos 100 metros masculinos, com sete atletas a correm exactamente a 10 segundos ou menos. O vitorioso foi Nesta Carter (Jamaica) que igualou a melhor marca mundial do ano de Tyson Gay (EUA) de 9,78 segundos e afirma-se como mais um para a luta no próximo ano pelos 100 metros. Mas além dos cinco recordes pessoais que foram alcançados nesta prova, dois deles resultaram em recordes nacionais. Foram os casos de Christophe Lemaitre (França), que depois de igualar na eliminatória o recorde de França, melhorou um centésimo na final para 9,97 segundos. E ainda o caso de Jaysuma Saidy Ndure (Noruega), que mesmo no sétimo lugar, conseguiu recorde norueguês com 10,00 segundos.
No lançamento do martelo, o japonês Koji Murofushi não conseguiu melhorar o seu recorde de meeting, mas conseguiu a melhor marca mundial do ano, com um bom lançamento de 80.99 metros, durante a qualificação que decorreu ontem, ganhando hoje com 80.96 metros, deixando o mais directo adversário a mais de um metro de diferença.
Foram ainda alcançados alguns recordes de meeting, que assim elevam este evento como de grande qualidade e um ponto de passagem dos melhores atletas mundiais. Os norte americanos David Oliver (13,01 nos 110 metros barreiras) e Wallace Spearmon (19,85 segundos nos 200 metros), não precisaram de grande esforço para o recorde do meeting, longe do que já fizeram nesta época. A russa Tatyana Lysenko (74.80 metros no Martelo) e a brasileira Fabiana Murer (4.74 metros na Vara), obtiveram também máximos de meeting.
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Está ai a diferença entre os portugueses e os africanos