Tyson Gay foi um dos destaques em Bruxelas.
A queda de um recorde mundial de juniores e de um recorde do continente americano também foram destaque, nesta que foi a última prova da Liga Diamante.
Foi a prova final da Liga Diamante, competição que agregou neste seu ano inaugural 14 dos melhores meetings mundiais da actualidade.
Em Bruxelas, onde ontem se realizou o “Memorial Van Damme”, última prova desta Liga Diamante, quase todos os vencedores da Liga Diamante estavam encontrados, embora alguns precisassem de confirmar a sua supremacia com um bom resultado.
Mas o destaque acabou por ser mesmo Tyson Gay, o norte-americano mais rápido de sempre que continua a sua caminhada na luta contra a hegemonia jamaicana, algo que conseguiu este ano, até porque os jamaicanos Usain Bolt e Asafa Powell acabaram a época mais cedo, ambos com pequenas mazelas nas costas. Ontem a confirmação ficou dada e Gay terminou mesmo invencível este ano, ao correr os 100 metros em mais uma grande marca, 9,79 segundos. Na mesma prova, outros dois jamaicanos correram abaixo dos 10 segundos, com o segundo classificado, Nesta Carter, a obter mesmo um “perigoso” recorde pessoal (9,79 segundos).
Este meeting teve outros aliciantes e surpresas e uma delas foi a queda do único recorde do mundo batido em meetings da Liga Diamante este ano, mas um recorde junior. Ocorreu na prova de 3000 metros obstáculos feminino, ganha pela etíope Sofia Assefa (9.20,72 minutos), mas rapidamente o destaque iria para a terceira classificada, a sua homóloga Almaz Ayana, que correu a distância em 9.22,51 minutos, exactamente menos dois segundos que o anterior recorde que datava de 2007 e pertencia à queniana Ruth Nyangau (9.24,51 minutos).
Um recorde da América do Norte também caiu neste meeting, através de Molly Huddle (EUA), na prova de 5000 metros, que terminou apenas no 10º lugar com o tempo de 14.44,76 minutos. A anterior marca tinha sido obtida pela sua homóloga Shelan Flanagan (14.44,80 minutos), marca alcançada também em 2007. Nesta prova destaque ainda para a luta pelos diamantes, com a queniana Vivian Cheruiyot a conseguir a vitória na Liga Diamante, nesta especialidade, apenas neste meeting, já que venceu (14.34,13 minutos), com a anterior líder, a etíope Sentayehu Ejigu a não ir além do terceiro lugar. A turca Alemitu Bekele, quarta classificada, obteve um novo recorde pessoal (14.36,79 minutos), mostrando que estará em forma para representar a Europa na Taça Intercontinental.
Queda de recorde nacional também aconteceu no lançamento do disco feminino, onde a croata Sandra Perkovic arremessou o engenho a 66.93 metros, marca suficiente para triunfar neste concurso, frente a Yarelis Barrios (Cuba), que ainda assim não deixou fugir os diamantes para a mão da croata.
No lançamento do peso, onde o norte-americano Christian Catwell já tinha a vitória na Liga Diamante garantida, foi surpreendido pelo seu compatriota, Reese Hoffa, que apareceu com excelentes 22.16 metros, novo recorde do meeting, que foi só obtido no último ensaio. Cantwell, que também lançou acima do anterior recorde de meeting, com 21.62 metros, ficou na mesma com os diamantes.
A surpreender o dono final dos diamantes no salto com vara, esteve o alemão Malte Mohr, que realizou um concurso táctico com Renaud Lavillenie (França) a partir dos 5.75 metros. Ambos disputaram a fasquia de 5.90 metros, mas o alemão acabou por levar a melhor com os 5.85 metros, novo recorde pessoal, uma altura que Lavillenie prescindiu para tentar os 5.90 metros.
Em contra-relógio na parte final, altura em que o queniano Paulo Koech foi ficando para trás, esteve o também francês Mahiedine Benabbad, que produziu um novo recorde pessoal nos 3000 metros obstáculos, com o registo de 8.02,52 minutos, a menos de segundo e meio do recorde europeu do seu compatriota Bouabdallah Tahri.
Na sua primeira participação na Liga Diamante, a sul-africana Caster Semenya ficou em terceiro lugar nos 800 metros em Bruxelas, com o tempo de 1.59,65 minuto, em prova vencida por Janeth Jepkosgei (1.58,82 minuto).
A disputa pelos diamantes fez-se fundamentalmente sentir na prova de triplo salto feminino, onde Yargelis Savigne (Cuba), apesar do segundo lugar conseguiu aguentar com empate pontual com a vencedora do concurso, Olga Rypakova, que saltou muito bem, atingindo a marca de 14.80 metros, contra os 14.56 metros de Savigne.
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