Meeting de Londres com bons resultado.
O único meeting da Liga Diamante com dois dias de competição voltou a ser um dos meetings mais importantes da época.
Foram bons os resultados neste meeting que substitui um pouco a inexistência de Mundial de Ar Livre neste ano, já que muitos dos melhores atletas mundiais marcaram presença.
Tyson Gay (EUA) foi, porventura, o destaque do meeting, já que obteve a melhor marca mundial do ano nos 100 metros, a sua quinta melhor marca da carreira. Mostrou, assim, novamente as garras e que deverá ser “osso duro de roer” para os velocistas jamaicanos na próxima época, em ano de Mundial de Ar Livre. Correu em Londres com o tempo de 9,78 segundos, marca que também é recorde do meeting.
A canadiana Priscilla Lopes-Schliep obteve em Londres também a melhor marca mundial do ano, mas nos 100 metros barreiras (melhorou três centésimos, para 12,52 segundos), numa final onde teve de se bater com algumas das melhores atletas mundiais, entre elas a anterior detentora da melhor marca da época, a norte-americana Lolo Jones, com quem agora partilha a liderança na corrida aos diamantes.
Com recordes de meeting estiveram, além dos anteriores, outros atletas. Gerd Kanter (Estónia) foi um deles, no lançamento do disco, embora os 67.82 metros que lançou estejam longe do seu melhor. Também David Oliver (EUA) foi o melhor em Londres, correndo os 110 metros barreiras em 13,06 segundos, a 17 centésimos do que já obteve este ano, mas com recorde de meeting igualado ao de Colin Jackson, que assim ainda conservará o recorde que possui desde 1992, neste meeting. A prova de 3000 metros obstáculos feminina, não ficou marcada por ser muito rápida, mas aí foi estabelecido novo recorde de meeting por parte da queniana Milcah Chemos, com o tempo de 9.22,49 minutos, em prova disputada nos últimos metros.
ALGUMAS DESILUSÕES...
Algumas provas ficaram marcadas pelas desilusões. A começar nos 100 metros masculinos onde se esperava uma disputa entre os três homens mais rápidos de sempre, mas os jamaicanos Usain Bolt e Asafa Powell (ambos com problemas nas costas) declinaram a participação, deixando Tyson Gay “sozinho”.
No salto com vara masculino o campeão da Europa, Renaud Lavillenie (França) nem se chegou a classificar, depois de prescindir a altura de 5.31 metros e de ter falhado as três tentativas a 5.51 metros. Um concurso também muito abaixo foi o realizado pelo campeão do mundo Philips Idowu (Grã-Bretanha), no triplo salto, que não aproveitou o facto de estar a competir no seu país e ficou-se por modestos 16.54 metros, em prova ganha por Christian Olsson com 17.41 metros, que bateu o líder da Liga Diamante, Teddy Tamgho. Também Christian Cantwell (EUA) fez uma marca invulgar no lançamento do peso, não indo além dos 20.78 metros. Do lado feminino foi Nadine Muller (Disco) a ficar-se somente com 59.09 metros no lançamento do disco, marca atípica para a atleta alemã. O salto em comprimento feminino também esteve furos abaixo, com a campeã europeia a não ir além do 4º lugar, com 6.56 metros e Naide Gomes a ficar-se pelos 6.45 metros, 6º lugar na competição e um quase adeus aos diamantes.
LIGA DIAMANTE AO RUBRO, MAS COM 9 VENCEDORES QUASE GARANTIDOS
Num momento em que faltam disputar-se os Meetings de Zurique (19 de Agosto) e o Meeting de Bruxelas (27 de Agosto), joga-se tudo para obter o prémio final, dado em diamantes, com a última prova da Liga Diamante a valer o dobro dos pontos.
Ainda assim é de acreditar que os atletas que possuem 10 ou mais pontos de vantagem dificilmente deixarão escapar a vitória nesta Liga Diamante. São os casos dos norte-americanos Walter Dix (200 metros), Jeremy Wariner (400 metros), David Oliver (110 metros barreiras), Bershawn Jackson (400 metros barreiras), Christian Cantwell (Peso) e também do norueguês Andreas Thorkildsen (Dardo), da queniana Milcah Chemos (3000 metros obstáculos) e da croata Blanka Vlasic (Altura).
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Para quando as fotos do nacional de juniores?