Atletas de leste a dominar de novo.
Foram seis as finais deste segundo dia de provas, onde as russas nos 20 Km Marcha também foram dominadoras. Portugal segundo na tabela de classificações.
O segundo dia de competições reforçou o estatuto da selecção russa no topo da classificação de medalhas e esse domínio deveu-se, fundamentalmente, aos 20 Km Marcha. Com três das melhores do ano na especialidade, Olga Kaniskina, que se isolou das restantes marchadoras após o terceiro quilómetro, foi a campeã europeia com o tempo de 1:27.44 hora, muito superior a todas as restantes presentes. Anisya Kirdyapkina (1:28.55) e Vera Sokolova (1:29.32) completaram o pódio, totalmente russo, deixando algumas das principais marchadoras da actualidade de fora do pódio, entre elas as portuguesas.
O concurso de lançamento do disco teve emoção até final já que, depois de Nicoleta Grasu (Roménia) ter dominado todo o concurso foi batida no último ensaio por Sandra Perkovic (Croácia) que arremessou o engenho a 64.67 metros, contra os 63.48 metros da atleta croata.
Mas uma das surpresas do dia foi mesmo Ineta Radevica (Lituânia), que igualou a marca da portuguesa Naide Gomes, a 6.92 metros e estabeleceu novo recorde nacional, além da vitória no concurso, pelo critério de desempate. A atleta portista que fez quatro ensaios válidos, todos acima dos 6.73 metros, agradeceu ao seu filho, justificando com o resultado de hoje o porquê de ter abdicado da época de Inverno.
Já a final do lançamento do martelo masculino foi decidida bem cedo, com o eslovaco Libor Charfreitag a lançar 80.02 metros à segunda tentativa quase um metro de vantagem sobre Krisztián Pars (Hungria), que também lançou 79.06 metros no segundo ensaio, e sobre Nicola Vizzoni (Itália), que conquistou a Prata apenas no último lançamento, quando obteve 79.12 metros.
Uma das finais aguardadas, pela importância que costuma sempre ter, foi a dos 10000 metros femininos, onde as portuguesas partiram como favoritas, tal como as atletas turcas. E foi mesmo a turca Elvan Abeylegesse a vencer, depois de sair para a frente da prova isolada, a partir pouco antes dos 6000 metros. A turca conquistou a melhor marca europeia do ano com o tempo de 31.10,23 minutos. A portuguesa Jéssica Augusto (31.25,77) era uma das favoritas a medalha e acabou por conseguir a de Bronze depois de ser ultrapassada, a 500 metros do fim, pela russa Inga Abitova (31.22,83).
A final dos 100 metros, como é habitual, trazia várias emoções no momento anterior à sua realização, mas isso foi mais visível durante a final, onde Christophe Lemaitre (França) e Dwain Chambers (Grã-Bretanha) eram favoritos. Mas só o primeiro confirmou o favoritistmo numa prova emocionante de princípio ao fim, acabando com o Ouro com o tempo de 10,11 segundos. A disputa pelas restantes medalhas provocou a maior dor de cabeça e levantou uma série de dúvidas, já que quatro atletas completaram com 10,18 segundos (Mark Lewis-Francis, Martial Mbandjock, Francis Obikwelu e Dwain Chambers). Se Dwain Chambers nitidamente ficou atrás de Obikwelu, não foi tão óbvio que Lewis-Francis, Mbandjock e Obikwelu ficassem bem ordenados na classificação, despoletando protesto imediato por parte da selecção portuguesa. Em qualquer dos casos, a classificação oficial colocou o britânico Mark Lewis-Francis e o francês Martial Mbandjock, por esta ordem, nas restantes medalhas desta final.
Colectivamente a Rússia lidera a classificação por medalhas, com um total de sete medalhas alcançadas (2 de Ouro, 2 de Prata e 3 de Bronze), seguida por Grã-Bretanha (1 de Ouro e 2 de Prata) e pela Bielorrúsia (1 de Ouro e 1 de Prata). Portugal, nesta tabela por medalhas, aparece classificado em 10º lugar com três medalhas (1 de Prata e 2 de Bronze). Ao nível da tabela por classificação, até aos oito primeiros lugares, Rússia lidera com 67 pontos, seguida surpreendentemente por Portugal (29 pontos) e por outras duas selecções com 28 pontos (Bielorrúsia e Itália).
Enviados Especiais : Edgar Barreira (texto), Filipe Oliveira (foto) e Pedro Moreira
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