Apenas 14 portugueses, dos 42, estiveram em Europeus de Ar Livre.
Os números não enganam e apenas 14 atletas desta selecção competiram em edições passadas do Europeu de Ar Livre.
O Europeu de Ar Livre nem sempre se realizou com uma frequência de 4 anos, chegando a disputar-se de 3 em 3 anos na década de 70. Regressado a um formato ainda mais frequente (passou a ser de dois em dois anos), o Europeu de Ar Livre tenderá a ser um ponto de passagem para os atletas de Selecção Nacional, mais banalizado. Até à edição deste ano têm participado vastas comitivas, mas da comitiva deste ano, apenas 14 estiveram em Europeu de Ar Livre (Francis Obikwelu, Mário Teixeira, Luís Feiteira, Alberto Chaíça, João Vieira, António Pereira, Augusto Cardoso, Naide Gomes, Fernanda Ribeiro, Ana Dias, Mónica Rosa, Vera Santos, Inês Henriques e Ana Cabecinha).
Contudo alguns dos estreantes em Europeus de Ar Livre deste ano, não são estreantes em competições internacionais pelas cores lusas, mas representam o atletismo português rejuvenescido, que ainda não tinha tido hipótese de brilhar em Europeus. Casos como os de Jéssica Augusto ou Sara Moreira, são bons exemplos de atletas que até já conquistaram medalhas noutras grandes competições internacionais e que nunca foram colocadas à prova em Europeus de Ar Livre.
Desta comitiva, Fernanda Ribeiro é a mais experientes. Com 41 anos, a fundistas que já arrecadou até medalhas em Europeus, seguirá para a sexta participação no evento e, assim, jutar-se-à ao topo da lista dos atletas que mais participaram em Europeus de Ar Livre (também com seis participações). Abdon Pamich (Itália), Ludvik Danek (Rep. Checa), Nenad Stekic (Jugos lávia), Helena Fibingerova (Rep. Checa) e Heike Drechsler (Alemanha), encontram-se todos com seis vitórias, um grupo restrito.
A mais nova estreante em Europeus de Ar Livre, por Portugal, é Patrícia Mamona, campeã universitária norte-americana, que disputará o triplo salto. A portuguesa terá dificuldade na qualificação, mas poderá querer superar-se e, quem sabe, vir de Barcelona com novo recorde de Portugal.
De resto, Portugal apresenta uma comitiva que transporta ainda consigo atletas com medalhas importantes para o atletismo português. Casos de Fernanda Ribeiro e Francis Obikwelu permitem transmitir alguma experiência nesse capitulo aos restantes atletas de comitiva, num ano de lesões, onde alguns dos bons atletas portugueses acabaram por decidir pela não ida ao Europeu de Ar Livre, casos de Nelson Évora, Marcos Chuva, Inês Monteiro, entre outros.
|