As restrições aéreas europeias levaram a um investimento extra.
Prova irá para a estrada no próximo dia 25 de Abril e manterá nível competitivo, à custa de um esforço financeiro alargado.
Os prejuízos provocados pela nuvem de cinzas expelida num vulcão da Islândia, levou a avultados prejuízos em várias económicas europeias, afectando também provas de atletismo, que levaram a que Rui Silva e Luís Feiteira não participassem na Great Ireland Run, no passado fim-de-semana, por exemplo.
Para a Maratona de Londres, apesar do tráfego aéreo estar quase normalizado, a organização teve um gasto extra de cerca de 200 mil euros, para garantir que os atletas de elite marcariam presença, num ano em que podem ocorrer marcas de bom nível na capital da Grã-Bretanha.
O campeão olímpico da Maratona, Samuel Wanjiru (Quénia), chegou hoje a Londres depois de ter passado por locais intermédios como Eritreia, Egipto e Espanha, usando dois voos charter, custeados pela organização. Candidato à vitória na prova, Wanjiru veio acompanhado de outros atletas africanos, que assim marcarão presença em Londres no próximo Domingo.
A atleta britânica Mara Yamauchi foi, curiosamente, quem teve maiores dificuldade para chegar a Londres. Vinda de Albuquerque (EUA), onde esteve num estágio de altitude, a atleta precisou de seis dias para chegar. Procurou nos EUA um Aeroporto que lhe permitisse voar para a Europa e o voo que conseguiu para a Irlanda fez escala em Portugal, de onde não saiu nos dias críticos da nuvem que afectou a Europa. Decidiu apanhar um taxi para Madrid, na esperança de conseguir um comboio, mas não apanhou lugares disponíveis, pelo que alugou um carro e demorou dois dias a chegar a Paris, onde ainda apanhou um outro taxi para Le Touquet, onde a organização da Maratona de Londre a ajudou com transporte num avião alugado.
Mais sorte teve a alemã Irina Mikitenko, que alcançou Londres pela via ferroviária, depois de ter viajado de comboio até Bruxelas e apanhado o Eurostar para passar no Canal da Mancha, rumo a Londres.
Tem sido assim um esforço extra para organizadores e atletas, que no próximo Domingo esperam tornar esta uma das mais rápidas maratonas de sempre, principalmente ao nível do sector masculino, onde a aproximação ao recorde mundial não é posta de parte.
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