Atleta terá de esperar pelos resultados dos testes sobre o seu género.
A "novela" de Caster Semenya não terminou e poderá ir parar aos tribunais, embora o treinador da sul africana defenda o esperar até Junho.
Em Berlim, durante o Mundial de Ar Livre, já tinha ficado a impressão que esta seria uma situação de difícil resolução e assim está a ser o caso de Caster Semenya. Físicamente não se faz parecer com uma mulher e os resultados nos 800 metros apareceram de repente, com o pico no título mundial da atleta, o que fez a IAAF desconfiar do seu género sexual.
A medalha de Ouro para Semenya, foi mantida e será mantida na história do atletismo mundial, o mesmo não se podendo dizer da sua continuidade na modalidade, já que se for provado que a atleta contém demasiadas propriedades masculinas, esta deverá ser impedida de competir pela IAAF, medida que a Federação Sul-Africana de Atletismo deverá seguir.
A recomendação, por agora, é que Semenya aguarde os resultados dos testes de género, mandados efectuar pela IAAF logo a seguir ao Mundial de Ar Livre, embora quer a atleta, quer os seus advogados não pretendam esperar até Junho para competir. Dentro das versões contrárias, aparece a do treinador da atleta, que apela à calma e à espera até Junho. A Federação Sul-Africana de Atletismo tem desaconselhado a participação da atleta e até proibido publicamente, medida que vem no seguimento das relações institucionais com a IAAF, que após o Mundial mostrou publicamente o desagrado com esta federação, pela atitude tida e premeditada, relativamente a Caster Semenya.
A polémica ainda continua instalada, num ano de Mundial de Futebol, onde a África do Sul, como primeiro país africano organizador da competição, deverá quer mostrar uma imagem desportiva de excelência, ajudando à pacificação desta polémica.
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