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Portugal falhou pódio colectivo e terminou em 5º.
Jéssica Augusto (21º) e Sara Moreira (27º) foram as melhores portuguesas, numa prova onde Tirunesh Dibaba não atingiu pódio.
As esperanças da prestação portuguesa neste Mundial de Corta-Mato estavam depositadas na selecção sénior feminina, que em Bydgoszcz defendia a sua medalha de Bronze, uma missão que não se afigurava fácil, depois de Dulce Félix ter ficado em Portugal, lesionada, sendo substituída por Vanessa Fernandes, muito em baixo de forma relativamente a anos anteriores.
A corrida foi lançada em bases rápidas desde bastante cedo, com as atletas africanas a tomarem a responsabilidade da corrida, face também ao natural favoritismo. Poucas não africanas tiveram capacidade de aguentar o ritmo inicial e apenas uma europeia se mantinha no grupo da frente à passagem da primeira volta, a naturalizada holandesa, campeã europeia de corta-mato em 2008, Hilda Kibet. Sara Moreira (20ª) e Anália Rosa (26ª) eram as portuguesas mais bem posicionadas, numa altura em que Jéssica Augusto se atrasou. À segunda volta Jéssica Augusto voltou a encontrar o seu ritmo e foi liderando a equipa portuguesa, até final, onde concluiu 21º lugar, segunda melhor europeia, apenas batida por Kibet (10º lugar). "Nao me encontrei no inicio, parti muito lento. Elas partiram muito rapido e depois ja nao consegui recuperar”, considerou Jéssica Augusto no final ao Atleta-Digital.
As restantes atletas portuguesas tiveram, também elas, uma prestacao que, para quem esteve a assistir, pareceu de enorme nível mas que as deixou desiludidas pois o objectivo era medalhar. Sara Moreira, depois de um começo rápido, perdeu algumas posições e acabou no 27º lugar. O quarteto que pontuaria para a classificação colectiva acabaria por ser composto ainda por Anália Rosa (35ª) e Ana Dias (44ª), não sendo suficiente nem para a medalha de Bronze, nem sequer para o quarto lugar colectivo, depois da igualdade pontual entre Portugal e Marrocos se decidir a favor da equipa africana, que fechou a sua equipa mais cedo. A jovem Daniela Cunha (60ª) teve em Bydgoszcz uma boa estreia pela selecção senior, enquanto que a triatleta Vanessa Fernandes (62ª) fez o que pôde para ajudar a selecção nacional.
No final ficou o desânimo pelos objectivos colectivos não alcançados pela equipa portuguesa, ainda que a melhor equipa europeia, numa prova dominada pelas atletas africanas, que teve a vitória individual por parte de Emily Chebet (Quénia). A prova acabou por ter uma Tirunesh Dibaba (Etiópia) enfraquecida e sem poder para as atletas quenianas e também para a sua colega de equipa, Meselech Melkamu. Com um segundo, quinto e sexto lugares as quenianas arrecadaram a medalha de ouro à frente da equipa etíope. Excelente terceira classificada foi a equipa dos Estados Unidos da América, que tiveram uma equipa extremamente coesa, liderada pela recordista norte-americana Shalane Flanagan.
Classificação Individual:
1.Emily Chebet (Quénia) – 24.19
2. Linet Masai (Quénia) – 24.20
3. Meselech Melkamu (Etiópia) – 24.26
4. Tirunesh Dibaba (Etiópia) – 24.38
5. Linet Chepkurui (Quénia) – 24.40
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21. Jéssica Augusto (Portugal) – 26.02
27. Sara Moreira (Portugal) – 26.22
35. Anália Rosa (Portugal) – 26.43
44. Ana Dias (Portugal) – 26.58
60. Daniela Cunha (Portugal) – 27.34
62. Vanessa Fernandes (Portugal) – 27.42
Classificação Colectiva:
1. Quénia - 14 pontos
2. Etiópia - 30
3. Estados Unidos da América - 76
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5. Portugal - 127
A segunda melhor portuguesa, Sara Moreira, a cruzar a meta.
Bem nos momentos importantes, Anália Rosa voltou a ser pedra importante para o colectivo nacional.
A veterana Ana Dias voltou a ser importante, na sua 13ª presença em Mundiais de Corta-Mato.
Estreia de Daniela Cunha na selecção sénior, depois de consagradas boas presenças nas camadas jovens.
Triatleta Vanessa Fernandas a transpor um dos obstáculos artificiais colocados no percurso.
Enviados Especiais: Eunice Tavares, João Pateira e Rafael Lopes (fotos)
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![[BYDGOSZCZ10] Portugal não atinge pódio](/images/arquivo/2010/eventos/bydgoszcz10/jessica_augusto.jpg)
