Dublin agradou, não convenceu |
Terça, 15 Dezembro 2009 | |
No passado fim-de-semana uma equipa do Atleta-Digital, composta por mim e pelo Bruno Araújo, deslocou-se à capital irlandesa para a cobertura do Europeu de Corta-Mato. Para o Bruno foi a segunda presença como elemento deste portal, em Europeus de Corta-Mato e para mim a primeira. Fui o primeiro a chegar e junto de mais dois portugueses (o Hugo e a Tânia da HMS Sports) fomos transportados para o hotel VIP, onde foram dadas as acreditações para livre acesso ao percurso no dia seguinte. Uma voluntária irlandesa, de seu nome Fiona (será assim que se escreve?!), muito simpática e extremamente faladora, conduziu-nos e animou a viagem, que para o Hugo e para a Tânia terminou no hotel das selecções, mas que para mim iria continuar, já que o Team Leader da selecção portuguesa precisava de se deslocar urgentemente para o Castelo de Dublin, para um jantar oferecido pelo LOC, e eu precisava ainda de ir para o meu hotel. Isto aconteceu, sem antes ter existido uma pequena confusão, já que achavam que eu tinha cara de fome e perguntaram-me pelos vouchers para jantar naquele hotel, o que não era de todo a minha intenção, já que somente pretendia ir para o meu hotel. Depois de termos levado o Norberto ao Castelo de Dublin, onde até deu para termos um pequeno acidente de carro (apenas uma batidela numa mesa de restaurante), foi vez da Fiona me levar ao hotel, só que com dois inconvenientes: ela não sabia onde era ; ela nem sequer era de Dublin, logo também não conhecia as ruas. Foi por isso uma extrema luta em busca do hotel, com paragem pelo meio para jantar qualquer coisa e por fim lá apareceu o Travelodge, o local onde iria pernoitar. A Fiona foi simpática porque esteve sempre com o seu sorriso e com muita conversa, num estranho sotaque irlandês, que torna pouco perceptível algumas frases ditas em inglês. Melhor do que isto foi perceber que os carros da organização afinal não eram da organização, mas sim dos próprios voluntários… No hotel um conjunto enorme de regras de segurança, já que precisávamos de passar o cartão em tudo o que era portas e elevador. Felizmente o hotel tinha condições relativamente confortáveis, com o inconveniente da internet não ser de borla. Mais tarde chegou o meu colega Bruno, que apanhou outro avião e fomos jantar ali ao lado, para descansar de seguida para o dia seguinte, o dia da competição. No Domingo tivemos de levantar cedo, já que foi necessário ir de novo ao centro de acreditações, agora para levantar a acreditação do Bruno e só depois fomos para o percurso. O pequeno-almoço estava por tomar e, por isso, fomos à roulotte de serviço ao Europeu e indubitavelmente fomos os primeiros clientes (mal atendidos já que a máquina do café não tinha água ainda e por isso tivemos de aguardar ao frio). Visitado o percurso, com o estômago “forrado”, foi meter mãos ao trabalho : eu (reportagem) no gelo de uma arrecadação do Estádio Nacional de Atletimo, o Bruno (fotógrafo de serviço) ao gelo do frio que se fazia lá fora. As competições decorreram com alguma naturalidade, com um trabalho que globalmente até correu bem e com uma excelente parceria com os Media portugueses presentes (a Sofia e o Norberto). Vibrámos todos com as competições e não tanto pelas condições fornecidas, mas também não se pode querer tudo… De visita à cidade, após as competições, só foi possível vê-la de noite (às 17 horas é noite em Dublin, assim como só às 8 horas está a amanhecer) , aproveitámos para conhecer o rio, a zona dos bares nocturnos (o famoso Temple Bar) e outros locais habituais dos costumes irlandeses. Diria que é uma cidade bonita até (na zona baixa), mas mal disposta… Os condutores dos autocarros são mal educados, os jovens são indisciplinados, o habitual cheiro a droga nos autocarros dão má vizinhança, junto ao hotel um conjunto de pessoas nocturnas faziam muito barulho durante a noite e até uma das recepcionistas do hotel olhava para nós com um ar desconfiado (e nós ali com tão bom aspecto…) No regresso a casa, a companhia transportadora, a Aer Lingus, não permitiu que a minha bagagem de mão (no limite das dimensões para ir no avião) fosse comigo, em vez do porão, o que obrigou que fosse sem cadeado e com peças frágeis no porão. O mais irritante é o tentar conversar e explicar a situação e uma não resposta da pessoa que fazia a triagem no Aeroporto de Dublin, mostrando novamente a arrogância irlandesa. Restou-me uma hospedeira de bordo da companhia Aer Lingus, que tentou resolver a situação ou pelo menos acautelar para haver maior cuidado com a minha bagagem… Conclusão, Dublin é uma cidade que tem parte daquele aspecto britânico, apimentado com aquele género céltico característico desta região. Infelizmente as pessoas não são tão simpáticas quanto deviam, ou pelo menos não o foram comigo, na maioria das vezes. Talvez tenha sido azar, em tão pouco tempo e que um retorno à cidade noutro momento possa anular esta má imagem. Sem ressentimentos e colocando de parte a boa ou má disposição dos irlandeses, fazer a cobertura deste Europeu de Corta-Mato foi um prazer, tal como conhecer mais uma das capitais europeias, em mais um trabalho internacional feito pelo Atleta-Digital, em prol da modalidade que todos abraçamos. Esperamos que tenham gostado do trabalho que foi realizado… Por: Edgar Barreira / Atleta-Digital.com |
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As pessoas realmente não pareciam muito simpáticas e afáveis mas essa imagem limpou quando me enganei no autocarro e 2 motoristas foram muito simpáticos a tentar ajudar-nos.
Gostei de Dublin, gostei de visitar a cidade, o que mais gostei foi do castelo de Malahide. Eu gostei e tenciono voltar um dia!!! Volta também para limpares essa imagem