A Cerimónia da Lusofonia |
| Domingo, 12 Julho 2009 | |||||||
![]() Foi numa enorme azáfama o dia de começo destes Jogos da Lusofonia. Saídos à pressa do Estádio Universitário de Lisboa, do Nacional de Juniores, deslocámo-nos ao Pavilhão Atlântico, com uma paragem intermédia somente para que a fome não tomasse de assalto até final da noite. A cerimónia de abertura destes Jogos da Lusofonia foi modesta, mas simbólica e mostrou-se que com poucos ovos, se podem até fazer omeletas bem comestíveis e aqui o comestível deve-se entender como um bom alimento para os olhos. Sem a divulgação merecida e com algumas falhas organizativas, que só quem está mais por dentro se consegue aperceber, estes Jogos da Lusofonia correm o risco de não ser uma Organização tão dignificante como poderiam ser para os atletas que se esforçarão para tentar a sua superação. Contudo vale o espírito quase-olímpico e muito desportivo de todos os agentes das modalidades, que com toda a certeza tentarão fazer deste evento uma festa, a tal união que o Comité Olímpico de Portugal pede para estes Jogos da Lusofonia, que tem o lema: “A União é mais forte que a vitória”. Ontem, durante a cerimónia, viu-se bem a diferença entre os povos lusófonos e a diferença com que cada um deles encara esta competição. Enquanto que para as selecções portuguesa e brasileira esta é apenas mais uma competição, que embora tenha importância, não tem tanto aquele sentido de “especialidade”, vê-se uma atitude bem mais eufórica por partes de países como Angola, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Timor-Leste, Macau entre outros países. Ali vive-se e transpira-se emoção por estar em Lisboa e esse espírito que se nota nos atletas, nota-se também nos Media presentes. Na bancada destinada aos Media, a maioria eram jornalistas estrangeiros e que com emoção viram, comentaram, conversaram, uma atitude menos vista entre Media portugueses. ![]() Eu fiz parte do grupo dos poucos Media portugueses que se interessaram por este evento (além dos Media partner) e quis sentir aquela cerimónia, no meu lugar, enquanto o Filipe e a Joana fotografavam o momento com fotografias que com toda a certeza ficarão para a nossa posteridade. De destacar negativamente a presença de pouco público para esta cerimónia, principalmente aquele público que comprou o seu bilhete para estar presente. Metade dos presentes ou eram voluntários, ou Media, ou representantes de selecções ou entidades oficiais, ficando os restantes lugares para o pouco público presente. É pena que o povo português ainda não aceda a um espírito desportivo que se precisa urgentemente. É igualmente pena que o Comité Olímpico de Portugal não tenha promovido o evento de forma mais incidente, como por exemplo foi feito para o Campeonato da Europa das Nações, esse sim bem promovido e que deu oportunidade de ser falado com uma grande frequência. Agora é ver como correm os restantes Jogos da Lusofonia. A avaliar pelo preço de 10 euros para assistir às provas de atletismo, parece-me ser complicado que o Estádio Universitário de Lisboa tenha muita gente a assistir, porque embora concorde com o pagamento de um bilhete de entrada, julgo que deveria ter um preço bem mais simbólico, e a presença de um campeão olímpico não justifica tamanho preço… Por: Edgar Barreira Fotos: Joana Oliveira / Atleta-Digital
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