[DAEGU11] Fundistas lusos são incógnita

Sexta, 26 Agosto 2011
[DAEGU11] Fundistas lusos são incógnita

Marta Dominguez e Xue Bai campeãs ausentes.

Seis fundistas nacionais que pela incógnita das provas e dos seus momentos de forma são de difícil pré-análise... 

Rui Silva e Alberto Paulo, em masculinos e Jéssica Augusto, Ana Dulce Félix, Marisa Barros e Sara Moreira, em femininos, são os atletas que representarão as cores nacionais neste Mundial, longe dos tempos de Ouro do fundo nacional e também longe da sorte relativa a lesões e até a problemas familiares.

Um dos mais experientes, Rui Silva, abandona neste Mundial, em definitivo, a distância dos 1500 metros, para se dedicar aos 5000 e 10000 metros, apesar de já ter declarado que os 10000 metros serão a sua aposta. Será uma luta fundamentalmente com atletas africanos, salvo algumas excepções que podem também impedir o português de atingir a final nos 5000 metros ou entrar na primeira metade dos classificados nos 10000 metros, embora esta última tarefa pareça mais “espinhosa”. O empenho do fundista português é, de facto, um dos seus trunfos e apesar de menos tácticas, nestas provas esta característica pode ajudar a fazer a diferença. O seu colega, Alberto Paulo, estará exclusivamente nos 3000 metros obstáculos, um dos muitos atletas com mínimos ‘B’, embora por mais do que uma vez Alberto Paulo tenha corrido nesta época em torno dos 8.30 minutos. A presença na final seria muito exigente para o português, mas a subida da sua forma poderá levar a que esta possa ser uma realidade, mas sempre difícil.

Nos 5000 metros femininos estão inscritas Ana Dulce Félix e Sara Moreira, embora no caso de Sara Moreira a principal aposta seja nos 3000 metros obstáculos. Já Ana Dulce Félix está inscrita nesta prova, mas também nos 10000 metros, podendo igualmente ocorrer a opção por apenas uma delas. Entre as 28 inscritas, um lugar na final pode até ser uma possibilidade, a olhar para as marcas mais possível para Sara Moreira, que para Ana Dulce Félix... Nos 10000 metros Dulce Félix acompanha a sua amiga Jéssica Augusto na lista de inscritos, com Jéssica Augusto numa forma que é uma incógnita, após o tempo de paragem pela morte do seu pai. O seu recorde pessoal de 31.19,15 minutos deverá permitir-lhe um fácil acesso à final, embora falte apurar se o seu momento de forma o permita, o mesmo acontecendo com Dulce Félix que esta época fez 31.33,42 minutos. Marisa Barros, já nesta madrugada, será a primeira a entrar em acção na prova da Maratona e aí depende da reacção do seu joelho após a lesão que ocorreu a seguir à Maratona de Yokohama, onde estabeleceu uma das melhores marcas portuguesas de sempre (2:25.04 horas).

MUITAS INCÓGNITAS INTERNACIONAIS E DUAS CAMPEÃS AUSENTES

Existem sortes diferentes relativamente aos actuais campeões dos 800 metros (o sul-africano Mbulaeni Mulaudsi) e 1500 metros (Yusuf Kamel). O primeiro será dificilmente o candidato à vitória, estando o queniano David Rudisha (1.42,61 minuto) muito mais em condições para uma vitória na distância, apesar de esta ser sempre uma prova onde muito pode acontecer, enquanto o segundo está é uma incógnita e atletas como Mekkonen Gebremedhin (3.31,90), Asbel Kiprop (3.31,76), Abubaker Kaki (3.31,76) podem muito bem tomar de assalto a medalha de Ouro. O cenário dos 5000 e 10000 metros que ocorreu em Berlim, há dois anos, com a dupla vitória do etíope Kenenisa Bekele é algo que é uma incógnita, com o atleta a regressar após um calvário de lesões. Em ambos os casos o atleta terá a companhia do eritreu Zersenay Tadese, do etíope Imane Merga ou do britânico Mo Farah, embora se devam destacar outras excepções como o norte-americano Bernard Lagat no 5000 metros ou o queniano Paul Tanui nos 10000 metros. O domínio queniano parece mais óbvio nos 5000 metros que nos 10000 metros e ninguém sabe em que forma se encontrára Kenenisa Bekele. O queniano Ezekiel Kemboi é grande candidato a nova vitória nos 3000 metros obstáculos, devendo o seu congénere Brimin Kipruto (7.53,64 minutos) fazer a devida frente, na luta pelo resultado individual. Na distância raínha, no último dia, a Maratona terá várias incógnitas, onde o campeão Abel Kirui não é garantido que volte às vitórias e onde o melhor colocado é Vincent Kipruto (02:05.33 horas).

Depois da polémica de há dois anos, a sul-africana Caster Semenya voltará a estar num Mundial, agora já com a regra relativa ao género sexual regulamentada. Mas desta vez terá duas fortes russas que deverão ser as reais candidatas à vitória nos 800 metros : Yuliya Rusanova (1.56,99) e Mariya Savinova (1.56,95). Nos 1500 metros a actual campeã Maryam Jamal (Bahrain), apresenta-se como grande candidata à vitória (seria a terceira), tal como a queniana Vivian Cheruiyot nos 5000 metros, mas neste caso sempre com Meseret Defar como tremenda possibilidade de ser também ela campeã, já tendo registado 14.29.52 minutos este ano. Nos 10000 metros a queniana Linet Masai é uma dúvida no que toca à renovação do título e para o seu lugar podem muito bem ir a queniana Sally Kipyego (30.38,35) ou mesmo a norte-americana Shalane Flanagan (30.39,57). Sem presenças das actuais campeãs mundiais, a Maratona feminina e os 3000 metros obstáculos terão uma disputa aberta entre as principais atletas da época. Nos 3000 metros obstáculos à espanhola Marta Dominguez, a luta pode ser perfeitamente africana, entre a etíope Sofia Assefa (9.15,04) e a queniana Milcah Cheywa (9.12,89). Já na prova da Maratona, face à sua enorme dispersão de resultados, várias são as candidatas ao lugar cimeiro, onde novamente as africanas se assumem como candidatas, embora muitas vezes falhem nos grandes momentos no que toca a esta distância. A Maratona será a competição que abrirá este Mundial, já nesta próxima madrugada.

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