[DAEGU11] Saltos só sem altura

Quarta, 24 Agosto 2011
[DAEGU11] Saltos só sem altura

Maior comitiva portuguesa de saltos de sempre.

Salto com vara, em comprimento e triplo salto são as especialidades em que Portugal apresenta atletas em ambos os géneros. 

Os seis atletas portugueses convocados (Edi Maia, Marcos Chuva, Nelson Évora, Leonor Tavares, Naide Gomes e Patrícia Mamona) é o conjunto com mais “poder de fogo” de sempre em comitivas nacionais, não só porque o sector de saltos apresenta os dois mais conhecidos atletas portugueses (Nelson Évora e Naide Gomes), como apresenta atletas todos em ascensão de forma.

No salto com vara estarão Edi Maia (5.60 metros) e Leonor Tavares (4.50 metros). No caso de Edi Maia as possibilidades de uma fase seguinte dependem do seu momento, já que 5.60 metros são provavelmente uma boa marca para passar na qualificação. Este recorde pessoal já foi alcançado por duas vezes nesta época e o atleta ainda persegue o recorde nacional, do qual já se aproximou mais do que uma vez. Já a residente francesa Leonor Tavares, que brilhou este ano no Campeonato de França com 4.50 metros, um novo recorde português, deverá ter de se superar para tentar a final, o que seria um feito importante para esta atleta cujas grandes competições nem sempre são para si um sucesso.

Sorte diferente parece destinada aos dois representantes do salto em comprimento : Marcos Chuva (8.34 metros) e Naide Gomes (6.79i metros). A surpresa que é Marcos Chuva nesta época, ultrapassando pela primeira vez os 8 metros e chegando a sexto mundial do ano, pode não condizer totalmente com o seu estatuto de um resultado de topo, até porque ainda não apresentou a devida consistência a esta distância. É no entanto de esperar uma qualificação para a final e essa presença seria já importante para um atleta que se estreia em Mundiais. Pelo seu estatuto, Naide Gomes é uma favorita à final e pela sua superação é obviamente uma candidata às medalhas, embora tenha tido alguns problemas nesta época e a sua especialidade se encontre forte, com 17 atletas com melhores de época acima dos 6.80 metros, marca que a portuguesa ainda não atingiu. Ultrapassar o 4º lugar de há um ano será, por isso, uma tarefa de “leoa”, que Naide Gomes já provou várias vezes ser possível.

Já no triplo salto a selecção apresenta um forte candidato pelo seu estatuto (Nelson Évora) e uma revelação (Patrícia Mamona). Nas Universíadas o campeão olímpico e vice-campeão mundial do triplo salto mostrou que ainda sabe saltar acima dos 17 metros e passou de uma época que estava a ser apagada, para um ânimo que o pode levar de novo a lutar pelos lugares cimeiros, apesar do mesmo colocar água na fervura e colocar o objectivo apenas na presença na final. Contudo são seis os atletas acima dos 17.50 metros o que pode tornar as contas pela medalha muito difíceis, principalmente se for tomado em conta que o português veio de uma época de recuperação. Para Patrícia Mamona a tarefa da presença na final é um pedido mais exigente, apesar de ter uma marca perfeitamente possível para encarar uma final, mas para isso tem de estar ao mais alto nível, apesar de ter perto dos 12 melhores registos relativamente às atletas inscritas. Os 14.42 metros que conseguiu esta época são já de top mundial e a sua melhoria, além de recorde nacional, seria um importante indicativo para a profissionalização.

SALTOS VERTICAIS MAIS IMPROVÁVEIS QUE SALTOS HORIZONTAIS

O salto em altura masculino tem no actual campeão mundial, o russo Yaroslav Rybakov, um improvável vencedor, já que não foi além dos 2.30 metros nesta época. Contudo é muito provável que o título continue a ser russo, já que Ivan Ukhov (2.38i metros) e Aleksey Dmitrik (2.36 metros) aparecem como prováveis substitutos, sem esquecer o norte-americano Jesse Williams (2.37 metros). Também no salto com vara é muito pouco provável contar com Stever Hooker para renovar o título e aqui aparece um favorito claro, o francês Renaud Lavillenie, o único que esta época já ultrapassou os 6 metros. No salto em comprimento é duvidoso que Dwight Philips (EUA) apareça de novo como campeão, apesar do seu estatuto em grandes momentos. Contudo a lista de adversários no salto em comprimento é muito duvidosa e tudo fica em aberto nesta especialidade, embora a experiência de grandes momento de Irving Saladino possa prevalecer. No triplo salto o britânico Philips Idowu aparece como candidato às medalhas, face à ausência do líder Tedy Tamgho e também a uma época atribulada do português Nelson Évora. Deve contar, contudo, com uma boa oposição do cubano Alexis Copello e do norte-americano Christian Taylor, ambos com 17.68 metros ao ar livre, não se devendo também dispensar as duas sensações da pista coberta (o italiano Fabrizio Donato e o romeno Marian Oprea).

Tal como no sector masculino, o sector feminino apresenta no salto em altura a sua campeã Blanka Vlasic (Croácia) mais enfraquecida que noutras épocas e aqui talvez possa perfeitamente ser equacionada a presença de Antonietta Di Martino (Itália) e fundamentalmente de Anna Chicherova (Rússia), embora esteja ausente a alemã Ariane Friedrich. No salto com vara a russa Elena Isinbayeva regressa depois de há dois anos ter falhado todos os saltos na final, o que a levou a um processo de desmotivação com pausa na carreira. Este ano Isinbayeva está longe de estar brilhante e entre as inscritas a melhor é sem dúvida a norte-americana Jennifer Suhr (4.91 metros), o que faz prever que a actual campeã, a polaca Anna Rogowska, tenha poucas hipóteses de revalidação do título. Tal como há dois anos, no salto em comprimento, a norte-americana Brittney Reese é a mais favorita ao Ouro, apesar de várias atletas a saltar perto dos 7 metros, que podem variar as previsões. O mesmo ocorre para a cubana Yargeris Savigne, que no triplo salto detém uma capacidade para saltar perto ou acima dos 15 metros, como a edição de 2009 onde venceu com 14.95 metros, embora tenha de contar com a oposição da ucraniana Olha Saladuha, muito capaz de marcas perto dos 15 metros.

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Comentarios (2)add feed
Nacionalidades : Ricardo08
Não procuro corrigir de forma presunçosa mas sim criticar construtivamente
Marian Oprea- Romeno
Anna Rogowska- Polaca
Agosto 25, 2011
Agradeço! : Edgar Barreira
Enganos de vizinhança smilies/wink.gif Obrigado!
Agosto 26, 2011
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