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Damião Freitas foi o representante português em Zurique.
Paralelamente ao Europeu de Atletismo, costuma realizar-se uma conferência, de jovens líderes europeus que promovem e desenvolvem novas ideias para a modalidade.
Há quatro anos foi Marta Onofre, há dois anos Diogo Ferreira, ambos participantes na edição deste ano do Europeu de Atletismo, enquanto atletas. Este ano a Federação Portuguesa de Atletismo decidiu escolher Damião Freitas para a presença np Fórum de Jovem Líderes, evento promovido com apoio da UNESCO, entre os dias 11 e 14 de agosto.
O evento promove sempre a capacidade operacional de jovens, com workshops e palestras que inspirem novas práticas ou que ajudem a promover novas ideias dentro dos grupos de trabalho. Entre outras preocupações, a gestão de projetos, a capacidade de busca de patrocínios e os planos de marketing fazem deste evento uma espécie de formação transversal a todos os países europeus aderente sobre como erguer um evento. Apesar da prática portuguesa ser de participação unica, não havendo repetentes, a verdade é que alguns repetem a presença neste fórum, que está mais direcionado para elementos entre os 18 e os 25 anos de idade, apesar de alguns elementos serem mais velhos.
”Éramos cerca de 60 elementos durante o Fórum”, explicou Damião ao Atleta-Digital, ele que tem sido já parte ativa nos eventos nacionais organizados pela Federação Portuguesa de Atletismo, até pela sua ligação familiar à modalidade. A cada elemento era solicitado que fosse construido um projeto e Damião apresentou a parte mais técnica, com o título ”Athletics behind the scenes”. A apresentação apontava para a relevância da estruturação organizativa de um evento e levava os participantes até a um jogo onde, com as fotografias individualizadas, cada participante teria de corresponder a cara certa ao cargo certo, relativo ao Europeu deste ano. Damião refere que normalmente os participantes acertavam nas caras relativas aos seus países, ”mas nem sempre”.
Os temas dos workshops deste ano foram focados na captação de jovens talentos para a modalidade e nas estratégias necessárias para manter os talentos sub-23 na carreira sénior, temas sempre atuais face à competição que a modalidade enfrenta, não só com outros desportos, mas também com outras prioridades. Outra das prioridades foi o entendimento do papel dos voluntários numa organização da envergadura de um Europeu de atletismo.
”Aprendi muito sobre Organização e Liderança. Há realmente muitas coisas para se gerir e que nem sequer nos apercebemos quando estamos de fora”, evidenciou Damião, que aproveitou o tempo em que esteve em Zurique para estar nas bancadas a ver a prestação portuguesa. Aproveitou também algumas das “borlas” da Organização, na estratégia de encher o estádio e deu graças ao voluntário português que no dia anterior tinha estado em entrevista com o Atleta-Digital e lhe conseguiu facilitar uma credencial de acesso ao estádio.
Mais uma vez a dinâmica que foi promovida parece ser de real interesse para a modalidade, principalmente no levantamento dos requisitos de promoção que a sociedade vai absorvendo, em função da sua mudança. A Associação Europeia de Atletismo tem tido dificuldade de promover público para as grandes competições, além de ter de lidar com as fortes restrições orçamentais em espaço europeu, um dos motivos pelos quais as duas próximas edições do Europeu, além da que se realizou agora em Zurique, se realizarem também no centro da Europa: Amesterdão 2016 e Berlim 2018.
O próximo Fórum de Jovens Líderes irá realizar-se dentro de dois anos, em Amesterdão (Holanda), em figurino semelhante ao dos últimos anos, decorrendo em paralelo com os Europeus de Ar Livre.
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