Miguel Marques (em 14º) foi o melhor português.
Apesar dos Mundiais de Juniores ainda decorrerem em Eugene (EUA) e terem mais dois dias e meio de competição, Portugal já esgotou a sua presença no evento.
Os melhores atletas juniores portugueses da atualidades estiveram desta vez longe, a competir em Eugene (Estados Unidos da América), mas também longe de classificações de outros tempos, apesar de em média os resultados terem ficado dentro do que se tem registado nos últimos anos. Ficou a faltar a exceção de um resultado de “ponta” e o melhor português em prova foi mesmo Miguel Marques, na prova dos 10 mil metros, eclipsando a grande esperança portuguesa na competição, Teresa Carvalho, que não passou da qualificação do salto em comprimento.
O primeiro dia começou com quatro presenças portuguesas, onde aconteceu o melhor resultado nacional e, ao mesmo tempo, o maior revés da comitiva, que tinha em Teresa Carvalho a atleta com mais aspirações, no salto em comprimento. A participar no grupo B e só com três saltos disponíveis, a atleta abriu com 5.78 metros, melhorando ao terceiro ensaio para 5.97 metros, depois de um ensaio nulo. Numa prova muito competitiva, onde a portuguesa era candidata à final, ficaria a seis centímetros da entrada na final, que foi triada numa qualificação a dois grupos que separou os extremos das 12 melhores por menos de 40 centímetros. Lucinda Gomes, portuguesa que competiu no grupo A, ficou com 5.61 metros, a 30ª marca entre as presentes. Ricardo Pereira ficou longe da ronda seguinte, nos 100 metros, depois de correr em 10,72 segundos, longe da final que Carlos Nascimento alcançou em 2012. Miguel Marques participou nos 10000 metros, prova onde estiveram 38 atletas e onde o português arrecadaria a melhor participação portuguesa, com o 14º lugar e o registo de 30.23,50 minutos. Este foi o novo recorde pessoal deste jovem atleta.
Ao segundo dia os resultados acabariam por ser mais homogéneos, no que à classificação diz respeito. Nos 400 metros barreiras Diogo Mestre quase sonhou com a passagem à ronda seguinte, com os 53,16 segundos obtidos à sexta série das eliminatórias, ficando a 10 centésimos da repescagem, classificando-se no resumo de todas as séries no 27º lugar. Curiosamente melhor estariam os seus colegas de equipa que participaram no segundo dia. Foi o caso de Victor Korst, que na estreia com as cores da seleção alcançou 2.10 metros, uma marca que tornou possível que outros dois atletas alcançassem a final, dos seis que alcançaram a mesma fasquia. O 15º lugar é um bom prémio para o atleta português, que se evidenciou nesta época. Nos 10000 metros marcha duas portuguesas competiam, entre elas Mara Ribeiro, repetente depois de ter estado no Mundial de 2012. E foi mesmo ela a melhor das duas atletas presentes, com a marca de 47.48,33 minutos e com o 16º lugar. Mais atrás chegaria Mariana Mota, com 49.07,82, no 23º lugar.
Com as várias impossibilidades de chegar a rondas seguintes, a participação portuguesa ao terceiro dia foi marcada por somente dois atletas. Ricardo Pereira voltou a entrar em ação, agora nos 200 metros, mas aqui com menor sucesso. Os 21,88 segundos alcançados, constituem superação para o atleta em causa, que terá tido um pequeno problema físico. Acabaria por não ir além do 57º lugar. Juliana Pereira, no lançamento do disco, foi 28ª classificada, com 43.97 metros, ficando distante da qualificação para a final.
Hoje André Pereira acabaria por sentenciar a presença portuguesa em Eugene, com a participação nas eliminatórias dos 3000 metros obstáculos. O fundista nacional percorreu a distância em 9.22,56 minutos e com o 25º melhor tempo não alcançando a final.
Ficou longe do melhor a participação portuguesa no tartan do Hayward Field, palco que tem acolhido muitas das grandes provas universitárias norte-americanas e que tem servido de palco para os melhores atletas juniores mundiais. A seleção portuguesa regressará após o término da competição.
RESULTADOS
Dia 1: (23/07)
100 – Ricardo Pereira – 10,72 (34º)
10000 – Miguel Marques - 30.23,50 (14º)
Comprimento – Lucinda Gomes – 5.61 (30º) | Teresa Carvalho – 5.97 (16º)
Dia 2: (24/07)
400 Barr – Diogo Mestre – 53,16 (27º)
Altura – Victor Korst – 2.10 (15º)
10000 m Marcha – Mara Ribeiro – 47.48,33 (16º) | Mariana Mota – 49.07,82 (23º)
Dia 3: (25/07)
200 – Ricardo Pereira – 21,88 (57º)
Disco – Juliana Pereira – 43.97 (28º)
Dia 4: (26/07)
3000 Obstaculos – André Pereira – 9.22,56 (25º)
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Não deixa, no entanto, de existir um conjunto de jovens com muito futuro sendo o caso mais evidente Teresa Carvalho.
Correu mal, mas não quer dizer nada de mais. A Espanha teve uma júnior campeã do mundo no comprimento- Concha Montaner, que pouco se superou como sénior. Quem sabe com a nossa Teresinha ocorre o contrário.
As perspetivas para os europeus de sub-23 do próximo ano é que são bem mais animadoras.
Ainda sobre os juniores. Se evoluírem de forma consistente ainda poderemos ter 2 atletas que darão que falar futuramente.
Ricardo Pereira-que poderá vir a ser um grande quatrocentista.
Victor Korst-que naturalmente saltará bem acima dos 2,20
Saudações atléticas
Fez ontem um salto a 6,09, já leva 6,20 esta época e pelo que apreciei vai ser uma sub-23 de nível europeu.
Possuidora de grande humildade, ademais.
Saudações atléticas