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A primeira grande transferência está concretizada.
Em poucas horas soube-se do fim da equipa profissional do Maratona Clube de Portugal e a mudança de Dulce Félix para a equipa feminina do Benfica.
Depois de uma prestação menos conseguida nos Mundiais de Ar Livre, o atletismo viu hoje o anunciar do fim da equipa profissional do Maratona Clube de Portugal, menos de um ano depois do GDR Conforlimpa, clube rival, ter cessado as suas missões como um dos principais clubes portugueses em ação.
Foi uma decisão tomada, segundo Carlos Móia, presidente da equipa, também tendo em conta a condição financeira do atletismo português, mas contando com as muitas ausências de atletas, muitas por doping, outras por opções. Ao longo das entrevistas dadas à RTP e ao Jornal Record, parceiros de sempre deste clube, Móia refere a ida de um dos atletas para a camionagem, ao que o Atleta-Digital sabe tratar-se de Fernando Silva, que já abandonou os treinos há algum tempo. Sem nunca se referir a Youssef el Kalai, deixando um rasto de dúvida sobre este atleta, Carlos Móia contabilizou apenas Manuel Damião como disponível para a equipa masculina e ainda Dulce Félix e Sara Moreira, na equipa feminina. Findada a equipa profissional, os atletas ficarão livres para negociarem com outros clubes e a primeira a fazê-lo foi Dulce Félix.
O Benfica, clube onde Carlos Móia é presidente da Fundação Benfica, confirmou hoje Dulce Félix, com a atleta a revelar-se feliz com a mudança, que ocorre depois de há um ano Ricardo Ribas, que mantém uma relação com a atleta, ter-se mudado para o clube, ajudando a equipa masculina a sagrar-se campeã nacional de estrada e de corta-mato. ”Para mim é um orgulho representar o Benfica, sempre admiti publicamente, já com outras camisolas, que era benfiquista. Portanto, assinar contrato com o Clube e vestir a camisola do Benfica é um dos momentos mais felizes da minha carreira”, disse ao site do clube. A atleta soma à sua confirmação de apoio de semifinalista para a olimpíada de 2016, uma integração no projeto olímpico do clube. É, assim, a terceira grande transferência da sua carreira, depois de passar do FC Vizela para o SC Braga, do SC Braga para o Maratona CP e agora deste último clube para o Sport Lisboa e Benfica.
Desta forma o clube benfiquista poderá representar Portugal na principal competição europeia de clubes em estrada (onde a equipa feminina foi segunda classificada atrás do Maratona Clube de Portugal), enquanto o Sporting poderá levar a sua equipa feminina de corta-mato à Taça dos Clubes Campeões Europeus da especialidade, que se realiza em 2014 na cidade de Albufeira.
PROVAS ORGANIZADAS PELO MARATONA CLUBE DE PORTUGAL PROSSEGUEM...COM NOVIDADES
O desinvestimento na equipa do Maratona Clube de Portugal, que prosseguirá com jovens atletas, não parece acontecer ao nível dos eventos, vocacionando-se o clube para este papel que tem sido o mais visível de todos para a população portuguesa. E a nova Maratona de Lisboa vai afinal ser antecedida por uma prova de bicicletas, no dia anterior, uma novidade que será lançada amanhã em pormenor. Em entrevista à RTP o presidente do Maratona Clube de Portugal deixa em jeito de crítica o facto da Federação Portuguesa de Atletismo também se envolver em organização de eventos, com o apoio dado na Night Run, que acontecerá duas semanas após a Maratona de Lisboa, a 19 de outubro.
O ano, conforme adiantou à RTP, poderá ser “sabático”, o que pode significar o regresso do clube às lides do profissionalismo. Por confirmar fica a situação dos atletas que ficaram sem clube num momento de emergência, tendo em conta o desinvestimento que vem ocorrendo no atletismo português. Manuel Damião já vinha evidenciando dificuldades em estar na modalidade, com poucos apoios, Sara Moreira não deverá ter dificuldade em encontrar novo clube, face ao seu estatuto na modalidade, novidades que poderão aparecer mais tarde na época, após finalizado o momento de maternidade da atleta.
O clube foi fundado em 1989, entre Carlos Móia, Diamantino Silva e Reinaldo Gomes, auxiliados por Rafael Marques. Nasceu com fins competitivos mas, mais tarde, também com fins organizativos, dando origem à Meia-Maratona de Lisboa, à Meia-Maratona de Portugal e ao Crosse de Oeiras, este último abandonado há dois anos atrás. Com a intervenção do grupo Competitor nas provas do Maratona Clube de Portugal, estas foram projetadas para além fronteiras, sendo atualmente o principal ativo do clube.
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