Usain Bolt retoma reinado nos 100 metros.
Com os relâmpagos a rimbombarem em Moscovo, o relâmpago da velocidade só poderia ambicionar lutar contra a chuva e contra o tartan molhado.
O mito continua a ser uma realidade dos dias de hoje, voltou a provar que não treme nos blocos, que a sua passada ainda é motivo de fanatismo do público, o que permitiu a mais encaixe financeiro com o público nas bancadas, mais compostas que no dia de ontem. A chuva fazia desta final uma incógnita para Bolt, principalmente com o norte-americano Justin Gatlin ao melhor nível, depois de 9,94 segundos na meia-final. Também o jamaicano Nickel Ashmade prometia, com os 9,90 segundos da meia-final.
E Bolt imaginou um chapéu de chuva para motivar o público moscovita, e olhou para a chuva com a naturalidade do seu relâmpago. A partida foi francamente melhor para Justin Gatlin, que continua a ser exímio nessa tarefa, mas a ponta final de Bolt não falhou e a naturalidade com que cruzou a meta foi a de quem sentiu a medalha de Ouro como naturalmente sua. Os 9,77 segundos com que terminou quase que são a parte mais irrelevante desta final, dada a importância do recuperar do título, que perdeu há dois anos para o seu colega, hoje ausente, Yoann Blake. Por seu turno Justin Gatlin regressou às medalhas, depois do Ouro de 2005, que antecedeu a sua suspensão por doping.
A vitória de Bolt trouxe os relâmpagos a Moscovo, depois de dois dias de intenso calor, um tempo abafado que foi queixa de marchadores e fundistas e que a Dulce Félix teria dado muito jeito hoje, na final de 10000 metros. O astro está vivo e até 2016 o seu objetivo já foi amplamente difundido: ser relembrado ao nível do que Pelé é para o público em geral. Como será lembrado Usain Bolt no futuro? Para já é astro do atletismo e nos próximos dias promete dar que falar, já que estará presente já na próxima sexta-feira estará nos 200 metros…
RESULTADOS (100 M Masc – Final):
1. Usain Bolt (Jamaica) – 9,77
2. Justin Gatlin (EUA) – 9,85
3. Nesta Carter (Jamaica) – 9,95
Enviados Especiais: Edgar Barreira (texto) e Filipe Oliveira (fotos)
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