As rotinas todas ao lado…(dia 0)

Sexta, 09 Agosto 2013

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Hoje o dia foi atípico, muito atípico para os nossos hábitos enquanto equipa que precisa de estar habituada a outros sonos e a outra alimentação. Apesar da diferença horária ser de apenas três horas, relativamente a Portugal, sentimos na pele essa diferença de forma incomum nas coberturas que fazemos nos grandes eventos internacionais. Para dormirmos minimamente o recomendável acordámos às 13 horas locais, o que atendendo a que fomos dormir às 4 horas locais (1 da manhã em Portugal), até parece correto. Ou seja, ultrapassou-se o pequeno-almoço a dormir e a hora de almoçar a viajar de autocarro para o Estádio. E sim, passou de uma hora de viagem de autocarro, enfrentando o trânsito agreste de Moscovo, mesmo ressalvando que aqui também muitos russos se encontram de férias no exterior da cidade e que o autocarro utiliza as faixas BUS.

Chegados, foi tempo de ir até ao Centro de Acreditações onde fomos abordados em português, espanhol e italiano, com abundância. E sim, estou a falar de elementos da Organização, que pareciam treinados para nos fazerem felizes de ouvir a língua da nossa pátria, mesmo que com sotaques diferentes dos habituais. Por exemplo, uma das voluntárias (russa) fez questão de fazer tocar uma música no seu telemóvel, infelizmente em brasileiro, o que ao ter do meu lado a explicação de que aquilo era português do Brasil, rapidamente foi ressalvado com o toque da Portuguesa. Igual sensação teve o colega Eduardo Gonçalves, da Antena 1, percebemos mais tarde em conversa…

E no meio de tudo isto, das necessidades para se acompanhar um evento destes, na correria para se perceber os trajetos a efetuar nos dias seguintes, também perdemos a hora do lanche…Conclusão, a primeira refeição aconteceu ao jantar, numa festa dedicada à imprensa e oferecida pela Organização. Confesso que é estranho dar ao estômago uma salsicha como primeiro digestivo do dia, mas a fome era negra…Felizmente que a festa foi um momento de alimentação, mas também de relaxamento para entrarmos em força nas coberturas nos próximos dias. Nada como uma boa cerveja russa a acompanhar umas salsichas pouco russas, apesar de um espectáculo musical com danças típicas deste país. Foi aí que reencontrámos um amigo sul-africano, com quem trabalhámos no ano passado em Luanda, encetando ainda conversas com um jornalista proveniente da Índia que conhecia Portugal por causa de …. Cristiano Ronaldo, pois claro. Depois quebrei o clima e falei-lhe dos Jogos da Lusofonia…e mudou-se de assunto. O Eduardo Gonçalves acabaria “raptado” por um russo motorista e uma russa voluntária, enquanto os restantes secaram à espera do “Big Bus”, que nos devolveria aos hóteis oficiais…

Agora é esperar por rotinas mais normais por terras moscovitas, onde finalmente já levantámos dinheiro numa máquina de multibanco sem qualquer tradução para inglês. Valeu-nos a simpatia russa, que tem sido imensa desde que aqui estamos. Mas também há péssimos exemplos de simpatia, que darei conta noutro qualquer diário…

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