Missão cumprida…acima dos serviços mínimos (dia 2 e 3)

Segunda, 01 Julho 2013


Durante esta Taça da Europa os atletas do Decatlo referiam várias vezes que alguns resultados foram dentro dos serviços mínimos. Também o Atleta-Digital tinha serviços mínimos a atingir e a cobertura de vídeo era composta pelo objetivo de acompanhar as sensações que os atletas das Provas Combinadas vivem ao longo de tantas provas e durante dois dias. Se conseguimos alcançar o resultado pretendido? Digo orgulhosamente que foi conquistado o objetivo de forma muito positiva, se a isso somarmos dificuldades com as conexões internet e ainda trabalhar com os timings próprios das publicações e dos eventos.

É óbvio que se o sucesso foi conseguido, ele deve-se também em primeira instância à equipa técnica da seleção presente, mas obviamente que se deve fundamentalmente aos atores, os atletas. Muitos dos atletas conhecemos pela primeira vez e a sua simpatia e abertura a esta experiência, que é além de jornalística, um produto de trabalho para técnicos de provas combinadas, tornou tudo mais fácil. Houve necessidade de se compreender o esforço dos atletas, com um forte comprometimento na concretização deste objetivo até final, fosse bom ou mau o resultado.

É agora a vez de, depois de cada atleta dar a sua avaliação para cada prova, dar eu a avaliação do que cada um constituiu para o trabalho produzido :

Tiago – Eficiente na comunicação, decidido na análise
Samuel – Tímido, mas cooperante em todas as análises
Carlos – A prova de que Decatlo pode significar ter felicidade no trabalho desenvolvido
Rafaela – Mede as suas palavras com cuidado, após profunda reflexão sobre os acontecimentos
Cláudia – Extrovertida e simpática, o motor do apoio à seleção (como se comprova nos vídeos)
Ana – Com análises escolares (“Bom +” ou “Satisfaz –“ fizeram parte das análises), mas sempre motivada

O convívio fora das competições juntou-nos ao espírito das Provas Combinadas, sempre sentindo que a nossa presença era de facto desejada, desde o apoio incontestável da AARAM, ao apoios da equipa da Federação Portuguesa de Atletismo. A total abertura de mundos de parte a parte terá feito a transferência necessária para os atletas de qual o objetivo da cobertura jornalística de um evento. Do nosso lado o entendimento foi a vivência das dificuldades a ultrapassar pelo atletas, do treino, à preparação da competição e à recuperação da competição. Digamos que se tratou de um autêntico workshop não programado, levado no sabor do vento, sem que houvesse necessidade de fugir de zonas de entrevistas, de haver barreiras entre comitiva e equipa do Atleta-Digital e sem grandes tabus do ponto vista pessoal.

Não diria que este tenha de ser um cenário sempre vivido em todas as competições, acho mesmo que este é um dos cenários quase únicos onde jornalismo e atletismo podem viver exatamente nos mesmos espaços, nas mesmas mesas, com as mesmas conversas e os mesmos momentos de descontração. Não se trata nunca de condicionamento nem de ausência de análise crítica, porque dos dois lado existiu sempre a consciência do papel de cada uma das partes.

O regresso a Portugal fez-se de forma separada, como aliás tinha acontecido na chegada à Madeira. De madrugada partiu o colega Marcelo, com o voo da TAP desta vez a chegar a horas a Lisboa. Eu aproveitaria o dia de segunda-feira para conhecer melhor a ilha, seguindo as indicações sugeridas por um dos elementos da Organização, que é guia de montanha, o Nélio, tão entusiasta de atletismo como nós próprios. E hoje a volta deu-se por Machico, Caniçal, Ponta de São Lourenço, Porto da Cruz, Santana, Ribeiro Frio, Poiso, Pico do Areeiro e por fim o regresso à zona de Machico, onde se localiza o Aeroporto da Madeira. Claramente que ver a Madeira é percorrê-la, sentir as diferentes paisagens, os diferentes costumes e não falhar hábitos gastronómicos como a Poncha, a Espetada e o Bolo do Caco. No regresso a Lisboa a fava calhou-me a mim e foi o meu voo a atrasar, atrasando algumas tarefas que ainda pretendia despachar. Faz parte nestas coisas e já não é propriamente uma novidade. A Madeira desgastou-nos fisicamente, mas foi sem dúvida uma das competições internacionais onde se sentiu mais a Organização e o atletismo, evitando o formalismo e a impessoalidade. Em Moscovo não será assim, mas gostaria de ver a Madeira a organizar a I Liga da Taça da Europa de Provas Combinadas, não só pelo que se viveu, mas porque a opinião generalizada é que organizativamente tudo foi perto da excelência.

| Mais
 
Seguinte >









facebook atleta-digital rss atleta-digital
 
SRV2