Algum dia tinha de ser…(dia -2 e -1)

Sexta, 07 Dezembro 2012
Ao longo da vida de qualquer profissional há imprevistos que podem acontecer quando menos esperamos. Durante o acompanhamento das representações nacionais no estrangeiro, por certo, já aconteceram vários imprevistos, mas nenhum com esta dimensão. Cheguei a Eindhoven na passada quinta-feira e decidi no primeiro dia não escrever qualquer diário porque, por um lado não tinha essa motivação, por outro estava numa mini-viagem pessoal que considerava não ser retractável…Esperei que viesse a despedida de Eindhoven, à espera de boas histórias e à espera de estar em Budapeste para falar de tudo a partir do local onde domingo se disputará mais um Europeu de corta-mato.

A viagem começou, de facto, na madrugada de quinta-feira, em direcção a Amesterdão, onde passei por 4 horas. Viajei de comboio até Eindhoven com o objectivo de aqui ficar até hoje, para apanhar o avião para a cidade de Budapeste, ao final da tarde. A história, que já tinha contornos de viajante à procura da Europa estava a correr nos seus conformes, chegando a neve pela manhã de hoje, um nevão relativamente forte que cobriu de branco as ruas de Eindhoven. Julgo que nos países vizinhos esta é uma situação em muito parecida à desta bela cidade. Depois de uma manhã passada na neve, em busca de um hobbie que alimento com muito gozo, a fotografia, fui em busca do Aeroporto. Menos de uma hora de viagem, atendendo à neve e estava à porta do Aeroporto. Confesso que parti com o receio de não ter voo, mas ao ter visitado a página do aeroporto a maioria dos voos encontravam-se atrasados, a minoria deles cancelado. Porque iria calhar “a fava” no meu voo?

Chegado ao Aeroporto, muitas pessoas de telemóvel ou portátil na mão, uma fila maior do que seria de esperar para o balcão das informações e no quadro electrónico dos voos a palavra “cancelado” era maioritária. Obviamente tinha o meu voo cancelado…Enquanto estava na fila recebemos o comunicado da companhia aérea, fui dar uma olhada em voos alternativos e a única solução momentânea que se arranjou, a tempo de estar no Europeu de Corta-Mato, foi mesmo ir para Budapeste, mas apanhando o avião em Charleroi, no país vizinho, a Bélgica. Há dois motivos que globalmente não me agradam nesta troca : a cidade e o facto de não chegar a tempo de cobrir todo o Europeu de Corta-Mato. Infelizmente tenho de considerar que não vai ser a melhor cobertura e contribuição, dentro daquilo que o Atleta-Digital tem procurado oferecer aos seus visitantes, mas os motivos são de força muito maior. Entretanto percebi o real problema, o aeroporto de Budapeste está encerrado e só abre na manhã de amanhã, mas existe também a possibilidade de não abrir.

Claro que isto obrigou a várias medidas, como marcar uma noite extra em Eindhoven, marcar uma noite em Charleroi e aqui não houve hipótese de marcar a um preço aceitável, dentro dos parâmetros a que nos habituámos. A isto acresce a ida para Charleroi, porque não pode ser de avião, os autocarros encheram rapidamente e a única solução passa por apanhar um comboio, com duas “escalas”, em Maastricht e em Liége. Além disto a desmarcação de duas noites em Budapeste, não tendo hipótese de fazer uma pré-cobertura nas condições ideais.

Apesar de estar tudo bem e do ponto de vista turístico este ser um mal menor, sinto obviamente que não irei conseguir dar-vos a cobertura que pessoalmente gostaria de dar. Se não fosse o Europeu de corta-mato por certo estaria de regresso a Portugal mais cedo ou eventualmente iria a Budapeste só apanhar o avião de volta, já marcado. Mas o dever de informar a partir de Budapeste é muito mais forte e prometo fazer o meu melhor para nada vos escapar…São histórias para mais tarde recordar e provavelmente as histórias ainda não terminaram…Não percam os próximos diários…

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